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Campinas terá distrito para pesquisa e inovação tecnológica

Repro­dução: © Julia Koblitz/ Unsplash

Região integrará universidades, laboratórios e empresas


Publicado em 04/08/2024 — 11:00 Por Gilberto Costa — Repórter da Agência Brasil — Brasília

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A cidade de Camp­inas, no inte­ri­or paulista, a cer­ca de 110 quilômet­ros da cap­i­tal São Paulo, gan­hará uma nova região ded­i­ca­da à pesquisa e ao desen­volvi­men­to tec­nológi­co. Será o Hub Inter­na­cional para o Desen­volvi­men­to Sus­ten­táv­el (Hids), uma área de 11,3 mil­hões de met­ros quadra­dos, onde as pes­soas poderão residir e tra­bal­har em grandes empre­sas, star­tups, lab­o­ratórios e insti­tu­ições de ciên­cia, tec­nolo­gia e ino­vação.

De acor­do com o reitor da Uni­ver­si­dade Estad­ual de Camp­inas (Uni­camp), Anto­nio José de Almei­da Meirelles, o Hids será “um dis­tri­to de ino­vação, que ten­ha um con­jun­to de lab­o­ratórios e que pos­sa cri­ar, em escala razoáv­el, exper­i­men­tos asso­ci­a­dos à tran­sição ecológ­i­ca e à tran­sição energéti­ca”, além de cen­tro de pesquisa para pro­dução agrí­co­la, insumos da saúde e com­putação quân­ti­ca.

“A ideia é cri­ar um dis­tri­to de ino­vação que não seja aparta­do da vida cotid­i­ana das pes­soas, que as pes­soas se orga­nizem no local e ten­ham aces­so a todas as facil­i­dades da vida mod­er­na, mas que esse local gire em torno da cri­ação de con­hec­i­men­to e da ger­ação de ino­vação. Por trás dis­so, ter­e­mos difer­entes estru­turas uni­ver­sitárias, cen­tros de pesquisa, empre­sas e o poder públi­co tam­bém envolvi­do”, acres­cen­ta Meirelles, que na sem­ana par­ticipou da 5ª Con­fer­ên­cia Nacional de Ciên­cia, Tec­nolo­gia e Ino­vação (CNCTI), ocor­ri­da em Brasília.

O dis­tri­to tec­nológi­co abrangerá a Fazen­da Argenti­na, de pro­priedade da Uni­camp, e inte­grará áreas já em fun­ciona­men­to como o Cam­pus Zeferi­no Vaz da uni­ver­si­dade, o Cen­tro Nacional de Pesquisa em Ener­gia e Mate­ri­ais (CNPEM) – onde está o acel­er­ador de partícu­la Sir­ius, o Cen­tro de Pesquisa e Desen­volvi­men­to em Tele­co­mu­ni­cações (CPQD), a Pon­tif­í­cia Uni­ver­si­dade Católi­ca de Camp­inas (PUC-Camp­inas), o Insti­tu­to de Pesquisas Eldo­ra­do, o cen­tro de ino­vação da Cargill Agrí­co­la S.A., e con­domínio Glob­al Tech – onde estão insta­l­adas empre­sas como a HP, Ven­tu­rus, Hitts, Con­fi­dence e Braskem.

São Paulo (SP), 02.08.2024 - Área projetada para o Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (HIDS). Foto: Unicamp/Divulgação
Repro­dução: Área pro­je­ta­da para o Hub Inter­na­cional para o Desen­volvi­men­to Sus­ten­táv­el (Hids) — Unicamp/Divulgação

Excelência de Campinas

A disponi­bil­i­dade de mão de obra de alta qual­i­fi­cação, a con­cen­tração de empre­sas e de insti­tu­ições de pesquisa e ger­ação de tec­nolo­gia em Camp­inas são condições “que exis­tem em pou­cas regiões na Améri­ca Lati­na com um taman­ho enver­gadu­ra”, desta­ca Eduar­do Gurgel do Ama­r­al, pres­i­dente da Fun­dação Fórum Camp­inas e mem­bro da coor­de­nado­ria de implan­tação do Hids, lig­a­da ao gabi­nete do reitor da Uni­camp.

“O impor­tante é enten­der que esse é um pro­je­to que não é de Camp­inas, ele é um pro­je­to de inter­esse nacional, que reposi­ciona o país na ger­ação de con­hec­i­men­to e aumen­ta nos­sas pos­si­bil­i­dades de com­petição. Eu enx­er­go o Hids como um embrião, um proces­so catal­isador de uma ver­dadeira rev­olução”, defende.

O Hids ain­da não tem data para inau­gu­ração e para a con­strução de novas estru­turas. A imple­men­tação depende de aprovação de leg­is­lação munic­i­pal – o que dev­erá acon­te­cer depois das eleições de out­ubro ou mes­mo no próx­i­mo ano, após a ren­o­vação da Câmara de Vereadores. O futuro dis­tri­to tam­bém ain­da não tem crono­gra­ma de obras nem um orça­men­to final. Ape­nas a estru­tu­ra viária (grandes avenidas) tem o cus­to esti­ma­do em torno de R$ 200 mil­hões. A cri­ação do dis­tri­to exi­girá recur­sos públi­cos e pri­va­dos.

A cri­ação do Hids será basea­da em plane­ja­men­to elab­o­ra­do pelo Kore­an Research Insti­tute for Human Set­tle­ment (KRIHS), custea­do a fun­do per­di­do pelo Ban­co Inter­amer­i­cano de Desen­volvi­men­to (BID), que apoia o pro­je­to.

O reitor da Uni­camp prom­ete que o dis­tri­to será exem­p­lo de sus­tentabil­i­dade ambi­en­tal. “A primeira ini­cia­ti­va que a Uni­camp tomou foi recu­per­ar os corre­dores ecológi­cos da região. Nós temos [na área da anti­ga Fazen­da Argenti­na] ain­da fau­na, onça-par­da, lobo-guará e uma flo­ra bas­tante rica. Vamos com­pat­i­bi­lizar a preser­vação do ambi­ente com o desen­volvi­men­to de ino­vação com ciên­cia e tec­nolo­gia.”

Edição: Juliana Andrade

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