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Candidatos contam dificuldades do segundo dia de provas do Enem

Número de questões e final da Copa do Brasil desafiaram concentração

Ana Cristi­na Cam­pos e Alex Rodrigues — Repórteres da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 10/11/2024 — 18:26
Rio de Janeiro e Brasília
Rio de Janeiro(RJ), 10/11/2024 - Primeiros estudantes deixam o local de prova no segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024, na universidade UNINASSAU, no Flamengo, zona sul da cidade. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Repro­dução: © Tânia Rêgo/Agência Brasil

Vários estu­dantes que prestaram, neste domin­go (10), o segun­do dia do Exame Nacional do Ensi­no Médio (Enem), deixaram o local de apli­cação de provas assim que os fis­cais avis­aram que já se havia pas­sa­do duas horas, às 15h30, tem­po mín­i­mo para os can­didatos deix­as­sem o local sem levar o cader­no de questões. Foram 90 questões sobre matemáti­ca e ciên­cias da natureza (quími­ca, físi­ca e biolo­gia). A pro­va ter­mi­na às 18h30. 

Os primeiros can­didatos que saíram do Enem na Fac­ul­dade Uni­nas­sau, no Fla­men­go, na zona sul do Rio de Janeiro, con­sid­er­aram difí­cil as questões de ciên­cias da natureza (quími­ca, físi­ca e biolo­gia) e de matemáti­ca.

Rio de Janeiro(RJ), 10/11/2024 - O estudante Vinicius Augusto sai do local de prova. Primeiros estudantes deixam o local de prova no segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024, na universidade UNINASSAU, no Flamengo, zona sul da cidade. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Repro­dução: Rio de Janeiro(RJ), 10/11/2024 — O estu­dante Vini­cius Augus­to é um dos primeiros a deixar local de pro­va do Enem. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

“Ciên­cias da natureza eu já esper­a­va que fos­se algo mais com­pli­ca­do até porque não é a área que eu ten­ha mais apro­fun­da­men­to. Mas esta­va tran­qui­lo de faz­er. Matemáti­ca foi mais difí­cil. Eu quero estu­dar humanas, então sem­ana pas­sa­da foi mais fácil do que hoje. A de hoje como eu não sabia muito da matéria eu acabei fazen­do de qual­quer jeito”, disse Vini­cius Augus­to, de 17 anos, que, com sua jaque­ta fla­men­guista, admi­tiu que a final da Copa do Brasil entre Fla­men­go e Atléti­co-MG, que foi dis­puta­da durante a apli­cação da pro­va, acabou pesan­do um pouco para sair mais cedo.

Mery Cristi­na Rosa, de 24 anos, está em seu ter­ceiro Enem. Ela quer cur­sar psi­colo­gia.

“Eu achei difí­cil a pro­va hoje, ape­sar de ter estu­da­do. Fui mel­hor na sem­ana pas­sa­da, quan­do fui uma das últi­mas a entre­gar a pro­va na min­ha sala. Mas estou esper­ançosa. Estou mel­hor prepara­da”.

Rio de Janeiro(RJ), 10/11/2024 - Mery Cristina Rosa, sai do local de prova. Primeiros estudantes deixam o local de prova no segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024, na universidade UNINASSAU, no Flamengo, zona sul da cidade. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Repro­dução: Rio de Janeiro(RJ), 10/11/2024 — Mery Cristi­na Rosa quer cur­sar psi­colo­gia. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Em Brasília, a Agên­cia Brasil con­ver­sou com alguns dos estu­dantes que encer­raram a pro­va em uma uni­ver­si­dade da Asa Norte, bair­ro cen­tral da cap­i­tal fed­er­al. As expli­cações para a rapi­dez vari­aram.

Hou­ve quem disse que, por ain­da não ter con­cluí­do o ensi­no médio e estar fazen­do a pro­va ape­nas para con­hecer o teste, não tin­ha o com­pro­mis­so de respon­der todas as questões. E tam­bém quem admi­tiu que, por não saber as respostas, “chutou”.

A primeira pes­soa a deixar o local e con­ver­sar com a reportagem foi Pedro Hen­rique Lima Car­doso, 27 anos. Pro­fes­sor de lín­gua por­tugue­sa, ele con­tou que há qua­tro anos se colo­ca à pro­va ape­nas para sen­tir, em algum grau, o que os estu­dantes exper­i­men­tam.

“Elas exi­giam con­hec­i­men­to de áreas do saber que eu não domi­no. O que demon­stra que não é ver­dade que o Enem é uma pro­va pura­mente inter­pre­ta­ti­va. Não é. É uma pro­va exi­gente e que exige uma série de com­petên­cias e habil­i­dades. E é tam­bém uma pro­va de resistên­cia”, acres­cen­tou, dizen­do ter acha­do a pro­va deste ano “um pouco mais com­plexa” que as ante­ri­ores.

“E acho que o segun­do dia [hoje] é sem­pre mais ten­so para a maio­r­ia dos can­didatos, por envolver questões de exatas. A maio­r­ia dos estu­dantes tem mais difi­cul­dade em dis­ci­plinas como matemáti­ca, físi­ca, quími­ca”, desta­cou.

Estu­dante da rede públi­ca de ensi­no, Kris Rian, 18 anos, achou que a pro­va seria mais difí­cil.

“Algu­mas das questões eu achei fáceis. Físi­ca e matemáti­ca pega mais, são um pouco mais difí­ceis. Na primeira pro­va, eu acho que fui mel­hor. Ago­ra é esper­ar [pelos resul­ta­dos]”, disse o jovem, que deixou a sala ansioso para chegar em casa a tem­po de assi­s­tir à par­ti­da entre Fla­men­go e Atléti­co-MG, pela final da Copa do Brasil. “Ago­ra é ver o jogo. Eu esta­va lá, fazen­do a pro­va, e aí vin­ha o Fla­men­go à mente. E eu pen­sa­va: “Não! Foco na pro­va. Foca!”, brin­cou Rian.

Já a ter­apeu­ta Rebe­ca Lac­er­da, 25 anos, avaliou que a pro­va está mais difí­cil em com­para­ção aos proces­sos sele­tivos de anos atrás. “Vim sem pressão. Se con­seguir uma boa nota, vou ten­tar obter um bom descon­to em uma uni­ver­si­dade par­tic­u­lar, mas como já ten­ho min­ha profis­são; o priv­ilé­gio de poder pagar uma fac­ul­dade par­tic­u­lar e estou deci­di­da a estu­dar ped­a­gogia porque gos­to muito de estu­dar e isso será um plus para o meu tra­bal­ho. Vim mais para me tes­tar, ver como estão meus con­hec­i­men­tos e como é a pro­va hoje em dia. E vi que ela é muito difer­ente de quan­do eu ter­minei o ensi­no bási­co, mais com­plexa”, afir­mou.

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