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Caravana do Patrimônio Cultural percorre cidades do interior

Repro­dução: © Bum­ba Meu Boi

Estreia será no dia 20 no município maranhense de Pindaré Mirim


Pub­li­ca­do em 18/06/2022 — 15:26 Por Alana Gan­dra — Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

Espé­cie de cir­co cul­tur­al, o pro­je­to Car­a­vana do Patrimônio Cul­tur­al Brasileiro faz sua estreia no próx­i­mo dia 20, na cidade de Pin­daré Mir­im, no Maran­hão, onde será mon­ta­do no históri­co Engen­ho Cen­tral de São Pedro, edifí­cio tomba­do pelo Insti­tu­to do Patrimônio Históri­co e Artís­ti­co Nacional (Iphan).

Pen­sa­do para ser desen­volvi­do em cidades do inte­ri­or, o pro­je­to per­cor­rerá ain­da os municí­pios maran­hens­es de Alto Ale­gre do Pin­daré, Buritic­upu e Açailân­dia. Em segui­da, a car­a­vana vai para Bom Jesus do Tocan­tins, Marabá, Parauape­bas e Ourilân­dia do Norte, no Pará, soman­do sete meses de ativi­dades. Todas as atrações ofer­e­ci­das são gra­tu­itas.

O ide­al­izador e curador da car­a­vana, Luiz Pra­do, disse que o obje­ti­vo do even­to é apre­sen­tar, de for­ma mais cria­ti­va e dinâmi­ca, a diver­si­dade do patrimônio cul­tur­al brasileiro para o públi­co, em espe­cial, o públi­co infan­to­ju­ve­nil. “A exposição não é para você olhar quadros, fotos. É para você exper­i­men­tar”, define.

“O públi­co é con­vi­da­do a dançar as danças típi­cas do Brasil e vai con­hecer quais são os ofí­cios que fazem parte da cul­tura brasileira. Depois, ele vai em uma viagem de balão para con­hecer os 16 patrimônios cul­tur­ais que a Unesco [Orga­ni­za­ção das Nações Unidas para a Edu­cação, a Ciên­cia e a Cul­tura] recon­heceu no Brasil”, expli­ca Pra­do.

Segun­do o curador, a “viagem” de balão é fei­ta por meio de uma pro­jeção mapea­da imer­si­va em 360 graus. “As cri­anças e os adul­tos poderão ver as cidades de cima com suas ruas e os patrimônios — des­de o con­jun­to urbano de São Luís, no Maran­hão, até as ruí­nas de São Miguel das Mis­sões, no Rio Grande do Sul. Vai do Nordeste ao Sul, lit­eral­mente”.

Há ain­da uma área de pro­dução de con­teú­do, em que o vis­i­tante vai poder pin­tar, escr­ev­er, desen­har, faz­er xilo­gravuras. Tam­bém há a sim­u­lação de uma cav­er­na onde será pos­sív­el desco­brir con­teú­do arque­ológi­co. Em out­ra área, o vis­i­tante poderá exper­i­men­tar o som imer­si­vo para enten­der a sonori­dade, os sons que fazem parte do patrimônio. “É uma jor­na­da mes­mo, que dura entre 40 e 50 min­u­tos, em que ele con­segue ter essa visão do que é o patrimônio cul­tur­al brasileiro”, com­ple­ta o curador.

Quem par­tic­i­par da car­a­vana desco­brirá quais são os bens mate­ri­ais do patrimônio brasileiro, como doc­u­men­tos históri­cos e bens tomba­dos; os bens ima­te­ri­ais, que são as cel­e­brações, os saberes, as for­mas de expressão; e os bens arque­ológi­cos, rela­ciona­dos aos povos orig­i­nais. A car­a­vana abor­da tam­bém os patrimônios mundi­ais, como cidades ou bens recon­heci­dos pela Unesco em todo o Brasil.

Equipe

O pro­je­to per­manece de 12 a 15 dias em cada cidade e as atrações são aber­tas diari­a­mente. Para essa empre­ita­da, uma equipe de 15 pes­soas per­corre os municí­pios com dois cam­in­hões reple­tos de mate­r­i­al. Em cada local, a car­a­vana mon­ta um espaço de 520 met­ros quadra­dos, com capaci­dade para rece­ber até 400 pes­soas diari­a­mente

“Pos­si­bil­i­tan­do que cen­te­nas de cri­anças e jovens, a par­tir de 5 anos de idade, alunos da edu­cação bási­ca, ten­ham a opor­tu­nidade de con­hecer, inter­a­gir e viven­ciar difer­entes exper­iên­cias sen­so­ri­ais sobre o patrimônio cul­tur­al, obje­ti­van­do o des­per­tar das novas ger­ações para a importân­cia do recon­hec­i­men­to e da preser­vação dess­es bens”, anal­isa Pra­do.

Ao lon­go do seu tra­je­to, a car­a­vana tam­bém con­vi­dará out­ras man­i­fes­tações cul­tur­ais locais, envol­ven­do a comu­nidade para par­tic­i­par dessas exper­iên­cias e mostran­do ao públi­co que elas tam­bém inte­gram o patrimônio cul­tur­al nacional.

O lança­men­to em Pin­daré Mir­im, por exem­p­lo, vai con­tar com apre­sen­tação do grupo Bum­ba Meu Boi Capri­cho de São João.

“Muitas das man­i­fes­tações cul­tur­ais acon­te­cem nos inte­ri­ores e as pes­soas não têm dimen­são da importân­cia dis­so para os brasileiros”, obser­va Pra­do.

Escolas

Está pre­vista ain­da a real­iza­ção de um work­shop de capac­i­tação de 100 pro­fes­sores e edu­cadores em cada cidade. O obje­ti­vo é apre­sen­tar for­mas dinâmi­cas de intro­duzir o tema que pos­sam ser poten­cial­izadas depois em ativi­dades nas salas de aula ou até mes­mo extracur­ric­u­lares.

“As esco­las par­tic­i­pantes serão, assim, uma espé­cie de base cen­tral de difusão de con­hec­i­men­to para out­ras insti­tu­ições de ensi­no da cidade e dos municí­pios viz­in­hos.”

Ao lon­go dess­es sete meses de pro­je­to, a car­a­vana pre­tende alcançar 40 mil pes­soas dire­ta­mente, abrangen­do mais de 120 esco­las.

Em algu­mas cidades, a car­a­vana será mon­ta­da em quadras polies­porti­vas de esco­las, aprovei­tan­do para reforçar que esco­la tam­bém é um lugar de cul­tura.

Em todas as atrações, haverá mon­i­tores para acom­pan­har o públi­co.

Diari­a­mente, serão disponi­bi­liza­dos ônibus gra­tu­itos para o trans­porte de ida e vol­ta dos estu­dantes, com capaci­dade média para 40 pes­soas.

O pro­je­to tam­bém pro­move condições de aces­si­bil­i­dade, com disponi­bi­liza­ção de intér­pretes de Libras (Lín­gua Brasileira de Sinais), pro­dução de con­teú­do em Braille (sis­tema de escri­ta tátil uti­liza­do por pes­soas cegas ou com baixa visão) e espaços para cadeirantes.

Edição: Lílian Beral­do

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