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Cármen Lúcia promete pesquisa sobre motivos de abstenção

Ausências subiram de 21,68% no primeiro turno para 29,26% no segundo

Well­ton Máx­i­mo — Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 27/10/2024 — 21:53
 — Atu­al­iza­do em 27/10/2024 — 22:16
Brasília
Brasília (DF), 27/10/2024 - Presidente do TSE Carmem Lúcia faz pronunciamento no CDE 2024 - 2º turno das eleições 2024. Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE
Repro­dução: © Ale­jan­dro Zambrana/Secom/TSE
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A Justiça Eleitoral fará uma pesquisa para desco­brir as causas das abstenções e ten­tar reduzir o não com­parec­i­men­to nas próx­i­mas eleições, em 2026, disse nes­ta noite a pres­i­den­ta do Tri­bunal Supe­ri­or Eleitoral (TSE), min­is­tra Cár­men Lúcia. As ausên­cias subi­ram de 21,68% no primeiro turno para 29,26% no segun­do.

“Há um aumen­to de abstenção no segun­do turno. Tive­mos casos climáti­cos, out­ros prob­le­mas. Vamos ver­i­ficar e ver o que podemos aper­feiçoar. Vamos ter que apu­rar em cada local e tra­bal­har com os dados”, afir­mou Cár­men Lúcia em entre­vista cole­ti­va para faz­er o bal­anço do segun­do turno das eleições munic­i­pais deste ano.

Segun­do a min­is­tra, o TSE fará uma pesquisa com os Tri­bunais Region­ais Eleitorais para iden­ti­ficar os prin­ci­pais entrav­es ao com­parec­i­men­to de eleitores em cada local­i­dade. Ela prom­e­teu apre­sen­tar um relatório antes da diplo­mação dos can­didatos eleitos, em dezem­bro.

Tradi­cional­mente, a abstenção aumen­ta entre o primeiro e o segun­do turno, prin­ci­pal­mente por causa de eleitores descon­tentes com os dois can­didatos. As eleições de 2024 reg­is­traram o segun­do maior vol­ume de ausên­cias da história, só per­den­do para 2020, no auge da pan­demia de covid-19, quan­do 23,2% deixaram de votar no primeiro turno e 29,5% no segun­do turno.

A min­is­tra adver­tiu que o TSE pre­cis­ará tratar local­mente as var­iáveis que influ­en­ci­am a abstenção. “Hou­ve municí­pio em que teve 16% de abstenção e hou­ve municí­pio com 30%”, jus­ti­fi­cou.

No Ama­zonas, afe­ta­do pela baixa dos rios que impacta o trans­porte, a abstenção, infor­mou Cár­men Lúcia, ficou menor que a média nacional. Úni­ca cidade a ter segun­do turno no esta­do, a cap­i­tal Man­aus reg­istrou 23,61% de abstenções no segun­do turno, con­tra 19,94% no primeiro turno deste ano e 22,23% no segun­do turno de 2020.

“No Ama­zonas, onde tín­hamos uma pre­ocu­pação em relação à esti­agem, tive­mos o menor índice de abstenção do que a gente tin­ha apu­ra­do [na média nacional]. Ali fun­cio­nou esse reca­do dado [pela Justiça Eleitoral] talvez porque a nos­sa pre­ocu­pação fos­se maior”, declar­ou.

Segun­do Cár­men Lúcia, o tem­po­ral que caiu nes­ta man­hã em Por­to Vel­ho aumen­tou a abstenção, prin­ci­pal­mente de eleitores idosos não obri­ga­dos a votar. A cap­i­tal ron­doniense reg­istrou 30,63% de abstenções, con­tra 19,37% no primeiro turno deste ano. O número, no entan­to, caiu em relação ao segun­do turno de 2020, quan­do as ausên­cias chegaram a 34,18%.

Estatísticas

O TSE forneceu mais estatís­ti­cas das eleições deste ano. O primeiro local com resul­ta­do definido foi Belém, com a procla­mação do can­dida­to matem­ati­ca­mente eleito às 17h30.

Em relação às urnas sub­sti­tuí­das, hou­ve 171 nos dois turnos, de um total de 97.392. O per­centu­al chega a 0,12% no segun­do turno e 0,63% no primeiro turno. Tocan­tins não teve nen­hu­ma urna sub­sti­tuí­da, e nen­hu­ma seção teve votação man­u­al nos dois turnos.

Em relação às jus­ti­fica­ti­vas pelo aplica­ti­vo e‑Título, o segun­do turno reg­istrou 740.388 jus­ti­fica­ti­vas por geor­ref­er­en­ci­a­men­to (eleitores fora do municí­pio de votação) e 83.363 jus­ti­fica­ti­vas de eleitores no exte­ri­or.

A min­is­tra afir­mou que a democ­ra­cia é o espaço no qual todos podem e devem con­viv­er com civil­i­dade. Ela ressaltou que o TSE con­tin­uará a tra­bal­har para garan­tir a tran­quil­i­dade e a lisura do proces­so eleitoral. “Aman­hã recomeçamos os tra­bal­hos até porque os tra­bal­hos são inces­santes e as eleições sigam sendo ser­e­nas”, disse.

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