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Carnaval de Brasília: foliões buscam alegria, segurança e diversidade

Repro­dução: © Val­ter Campanato/Agência Brasil

Grupo de mulheres cria bloco acolhedor para mulheres e LGBTQIAP+


Pub­li­ca­do em 18/02/2023 — 18:33 Por Heloisa Cristal­do — Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

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Ale­gria, segu­rança e irreverên­cia mar­caram o cli­ma do Blo­co Rebu, neste sába­do (18), na Praça das Fontes do Par­que da Cidade Sarah Kubitschek, em Brasília. A pre­visão dos orga­ni­zadores é de reunir cer­ca de 15 mil pes­soas no even­to.

De acor­do com as pro­du­toras cul­tur­ais e ide­al­izado­ras do blo­co, Rafael­la Fer­rugem e Lol­ly Alves, a pre­mis­sa do blo­co é pro­mover um espaço diver­tido e acol­he­dor para mul­heres e para toda a comu­nidade LGBTQIAP+.

“Somos três lés­bi­cas que sen­tíamos fal­ta de entreten­i­men­to no car­naval do Dis­tri­to Fed­er­al e decidi­mos cri­ar, em 2019, um espaço que pudesse acol­her com segu­rança esse grupo de mul­heres lés­bi­cas, bis­sex­u­ais, pes­soas não-binárias e tran­sex­u­ais com toda segu­rança pos­sív­el”, disse Rafael­la Fer­rugem. “Nos­so obje­ti­vo tam­bém é inspi­rar que out­ros even­tos para esse públi­co pos­sam acon­te­cer com mais fre­quên­cia”, acres­cen­tou.

Brasília (DF) 18/02/2023 - Ráfa Ferrugem (e), Loli (d participam da festa de rua do do Bloco de carnaval REBU. Foto Valter Campanato/Agência Brasil.
Repro­dução: Rafael­la Fer­rugem e Lol­ly Alves, ide­al­izado­ras do Blo­co Rebu, por Val­ter Campanato/Agência Brasil

Nos qua­tro dias de car­naval, o Gov­er­no do Dis­tri­to Fed­er­al (GDF) espera que cer­ca de 1,5 mil­hão de pes­soas vão às ruas para aproveitar a folia brasiliense em mais de 100 blo­cos. Neste ano, o efe­ti­vo poli­cial foi reforça­do para garan­tir a segu­rança dos foliões na cap­i­tal.

Animação

Para a per­son­al train­er Lílian Almei­da, 46 anos, o blo­co foi a mel­hor alter­na­ti­va para cel­e­brar 20 anos de amizade sem se pre­ocu­par com o risco de sofr­er assé­dio sex­u­al em out­ros even­tos.

“Escol­he­mos esse blo­co porque acred­i­to que em um espaço com maior diver­si­dade, a segu­rança é mel­hor e não vai ter con­fusão. Acho que os even­tos de car­naval mel­ho­raram muito em Brasília, temos mais segu­rança para nos diver­tir sem assaltos ou assé­dios”, disse.

A fun­cionária públi­ca Janaí­na Maia, de 41 anos, reit­er­ou que a escol­ha do grupo se baseou na segu­rança do blo­co.

“Essa é a min­ha primeira vez no car­naval do DF e opta­mos por esse blo­co para nos diver­tir­mos sem assé­dio sex­u­al, impor­tu­nações ou abor­da­gens agres­si­vas. A segu­rança fez difer­ença e aqui esta­mos ven­do um ambi­ente acol­he­dor, com muitas cri­anças e um poli­ci­a­men­to maior”, afir­mou.

Já o anal­ista de sis­temas Rubens Oliveira, de 42 anos, desta­cou que o car­naval deste ano mar­ca o retorno dos even­tos com mais públi­co em Brasília após o perío­do de dis­tan­ci­a­men­to social provo­ca­do pela pan­demia de covid-19.

“Ten­ho saí­do mais de casa, já que estou com a vaci­na [con­tra a covid-19] em dia e eu me sin­to seguro para par­tic­i­par dess­es even­tos. Vejo que as coisas estão real­mente voltan­do ao nor­mal”, desabafou.

A artesã Elvi­ra Lira, de 41 anos, tem a mes­ma sen­sação de Rubens. Para ela, este Car­naval mar­ca o retorno à folia de rua na cap­i­tal.

“Acho que todos nós está­va­mos pre­cisan­do deste momen­to. É bom para mostrar­mos que Brasília tem car­naval nova­mente, com ale­gria e segu­rança depois do perío­do de pan­demia que vive­mos até pouco tem­po”, disse.

Edição: Aline Leal

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