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Cartilha auxilia profissionais de saúde no combate ao tabagismo

Repro­dução: © Divulgação/Banco Mundial/ONU

Dia Nacional de Combate ao Fumo é lembrado neste domingo (29)


Pub­li­ca­do em 29/08/2021 — 12:56 Por Agên­cia Brasil — Brasília

“A mel­hor escol­ha é não fumar”. A frase mar­ca a cam­pan­ha de com­bate ao tabag­is­mo real­iza­da pelo Min­istério da Saúde em parce­ria com a Orga­ni­za­ção Pan-Amer­i­cana de Saúde (Opas) deste ano. No Dia Nacional de Com­bate ao Fumo, lem­bra­do neste domin­go (29), a ação dá con­tinuidade à cam­pan­ha Com­pro­meta-se a parar de fumar, cujo obje­ti­vo é reforçar as ações nacionais de con­sci­en­ti­za­ção sobre os danos soci­ais, de saúde, econômi­cos e ambi­en­tais cau­sa­dos pelo taba­co.

Na cam­pan­ha de com­bate ao tabag­is­mo deste ano, o Insti­tu­to Nacional do Câncer (Inca) preparou car­til­has para profis­sion­ais de saúde, que incluem um ques­tionário bási­co a ser respon­di­do pelos pacientes com per­gun­tas rel­a­ti­vas ao hábito de fumar.

O doc­u­men­to é parte das ações estratég­i­cas recomen­dadas pela Orga­ni­za­ção Mundi­al da Saúde (OMS) para estim­u­lar o cidadão a deixar o cig­a­r­ro. Na  car­til­ha estão incluí­das ori­en­tações para o profis­sion­al de saúde sobre como ori­en­tar um paciente fumante a parar com o hábito. A abor­dagem pode ser fei­ta em poucos min­u­tos e em qual­quer atendi­men­to — seja em uma con­sul­ta médi­ca, psi­cológ­i­ca, nutri­cional, assis­ten­cial, odon­tológ­i­ca, de ativi­dade físi­ca ou estéti­ca. Acesse a car­til­ha.

Dados da OMS indicam que cer­ca de 60% dos usuários de taba­co em todo o mun­do querem parar, mas ape­nas 30% da pop­u­lação mundi­al tem aces­so a serviços apro­pri­a­dos para deixar o vício.

“Quan­do com­para­das com as situ­ações em que nen­hum acon­sel­hamen­to é dado ao fumante, abor­da­gens com, no máx­i­mo, três min­u­tos podem aumen­tar as chances de ces­sação de fumar” expli­ca a car­til­ha.

Razões para largar o cigarro

De acor­do com Inca, todos os pro­du­tos deriva­dos do taba­co, incluin­do os dis­pos­i­tivos eletrôni­cos para fumar, são nocivos à saúde. A fumaça do taba­co con­tém mais de 7 mil com­pos­tos quími­cos. Estu­dos indicam que no mín­i­mo 69 dessas sub­stân­cias provo­cam câncer.

Os fumantes têm até 22 vezes mais prob­a­bil­i­dade de desen­volver câncer de pul­mão ao lon­go da vida do que os não fumantes. O tabag­is­mo é a prin­ci­pal causa da doença, cau­san­do mais de dois terços das mortes por câncer de pul­mão em todo o mun­do. Con­heça aqui 100 razões lis­tadas pela OMS para parar de fumar.

Segun­do o insti­tu­to, a fumaça do taba­co dan­i­fi­ca as artérias do coração, cau­san­do o acú­mu­lo de pla­cas e o desen­volvi­men­to de coágu­los san­guí­neos, restringin­do o fluxo san­guí­neo e levan­do a ataques cardía­cos e der­rames.

Para as mul­heres, o hábito de fumar pode ante­ci­par a menopausa em 1 a 4 anos porque o hábito reduz a pro­dução de óvu­los nos ovários, resul­tan­do em uma per­da da função repro­du­ti­va e, con­se­quente­mente baixos níveis de estrogênio.

De acor­do com o Inca, ao parar de fumar os bene­fí­cios à saúde são quase ime­di­atos:

Após 20 min­u­tos, a pressão san­guínea e a pul­sação voltam ao nor­mal.

Após 2 horas, não há mais nicoti­na cir­cu­lan­do no sangue.

Após 8 horas, o nív­el de oxigênio no sangue se nor­mal­iza.

Após 12 a 24 horas, os pul­mões já fun­cionam mel­hor.

Após 2 dias, o olfa­to já percebe mel­hor os cheiros e o pal­adar já degus­ta mel­hor a comi­da.

Após 3 sem­anas, a res­pi­ração se tor­na mais fácil e a cir­cu­lação mel­ho­ra.

Após 1 ano, o risco de morte por infar­to do miocár­dio é reduzi­do à metade.

Após 10 anos, o risco de sofr­er infar­to será igual ao das pes­soas que nun­ca fumaram.

Mortes

No Brasil, o tabag­is­mo mata 162 mil pes­soas por ano e tem cus­to anu­al de R$ 125 bil­hões aos cofres públi­cos para cobrir despe­sas com doenças cau­sadas pelo cig­a­r­ro. Esse cus­to equiv­ale a 23% do que o Brasil gas­tou, em 2020, com o enfrenta­men­to à covid-19, infor­mou o Inca, por meio de sua asses­so­ria de impren­sa.

O alto cus­to do tabag­is­mo não inclui os gas­tos do SUS para tratar a dependên­cia de nicoti­na, con­sid­er­a­da uma das medi­das médi­cas mais efe­ti­vas quan­do com­para­da com o trata­men­to das doenças cau­sadas pelo uso de pro­du­tos do taba­co.

Edição: Lílian Beral­do

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