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Cartilha lista cuidados para retomada das aulas presenciais

Students attend a class at Aplicacao Carioca Coelho Neto municipal school as some schools continue with the gradual reopening, amid the coronavirus disease (COVID-19) outbreak, in Rio de Janeiro, Brazil November 24, 2020. REUTERS/Pilar Olivares
© Reuters/Pilar Olivares/Direitos Reser­va­dos (Repro­du­ção)

Salas devem ter circulação de ar e alunos devem manter distância


Publi­ca­do em 26/02/2021 — 20:40 Por Léo Rodri­gues — Repór­ter da Agên­cia Bra­sil — Rio de Janei­ro

O Con­se­lho Regi­o­nal de Medi­ci­na do Esta­do do Rio de Janei­ro (Cre­merj), autar­quia res­pon­sá­vel por fis­ca­li­zar o exer­cí­cio pro­fis­si­o­nal da medi­ci­na no esta­do, lan­çou hoje (26) uma car­ti­lha vol­ta­da para alu­nos, pais, pro­fes­so­res e demais pro­fis­si­o­nais de edu­ca­ção. O docu­men­to, dis­po­ní­vel onli­ne, des­ta­ca os prin­ci­pais cui­da­dos que devem ser toma­dos na vol­ta às aulas pre­sen­ci­ais em meio à pan­de­mia de covid-19.

A car­ti­lha foi pro­du­zi­da pela câma­ra téc­ni­ca de pedi­a­tria e pela comis­são de saú­de públi­ca da autar­quia. De acor­do com a pedi­a­tra Mar­ga­reth Por­tel­la, coor­de­na­do­ra da comis­são de saú­de públi­ca do Cre­merj, o obje­ti­vo é demo­cra­ti­zar a infor­ma­ção e cons­ci­en­ti­zar a comu­ni­da­de esco­lar para garan­tir a segu­ran­ça de todos. A médi­ca expli­ca que o con­teú­do foi pre­pa­ra­do para ser aces­sí­vel a todas as ida­des e que os pro­fes­so­res podem uti­li­zá-lo como mate­ri­al didá­ti­co duran­te as aulas. A esco­la, segun­do a médi­ca, é um vetor de infor­ma­ção.

“As dire­tri­zes são base­a­das em evi­dên­ci­as cien­tí­fi­cas. As reco­men­da­ções foram com­pi­la­das de uma for­ma prá­ti­ca, obje­ti­va e dire­ta para que todos pos­sam enten­der. Usa ain­da uma lin­gua­gem visu­al mui­to dire­ta que atin­ge tam­bém as cri­an­ças. E dian­te des­se tipo de lin­gua­gem, elas têm uma faci­li­da­de mui­to gran­de de com­pre­en­são, além de uma capa­ci­da­de de levar a infor­ma­ção adi­an­te. Mui­tas vezes, são a pon­ta for­te de infor­ma­ção que diver­sas famí­li­as podem ter. Elas con­tri­bu­em para a dis­se­mi­na­ção da infor­ma­ção”, diz Por­tel­la.

Con­for­me a car­ti­lha, as salas de aula pre­ci­sam ter cir­cu­la­ção de ar e os alu­nos devem se aco­mo­dar com uma dis­tân­cia míni­ma de 1,5 metro entre si. A rea­li­za­ção de ati­vi­da­des ao ar livre é reco­men­da­da. Por outro lado, reu­niões de pro­fes­so­res e demais tra­ba­lha­do­res da edu­ca­ção que gerem aglo­me­ra­ção em salas aper­ta­das devem ser evi­ta­das. Na car­ti­lha, os pro­fis­si­o­nais e as famí­li­as tam­bém são ori­en­ta­dos sobre os sin­to­mas, para que sejam capa­zes de iden­ti­fi­car estu­dan­tes com sinais de covid-19, os quais devem ficar em casa.

Entre os cui­da­dos des­ta­ca­dos, estão ain­da prá­ti­cas diá­ri­as que já são ampla­men­te reco­men­da­das pela auto­ri­da­des sani­tá­ri­as como o dis­tan­ci­a­men­to soci­al, o uso de más­ca­ras e a higi­e­ni­za­ção das mãos. Há um aler­ta para que as esco­las não dei­xem fal­tar mate­ri­al de higi­e­ne, como sabão e álco­ol gel. Levar de casa água fil­tra­da em gar­ra­fi­nhas e evi­tar usar bebe­dou­ros públi­cos é outra reco­men­da­ção aos alu­nos e aos tra­ba­lha­do­res.

Em sin­to­nia com o que apre­goa a Soci­e­da­de Bra­si­lei­ra de Pedi­a­tria, a car­ti­lha ori­en­ta a tro­ca da más­ca­ra a cada duas horas. Segun­do cons­ta no docu­men­to, a más­ca­ra de teci­do deve ser inu­ti­li­za­da após 30 dias de uso ou depois de 20 lava­gens.

Por­tel­la cha­ma aten­ção para a impor­tân­cia do cum­pri­men­to de pro­to­co­los tam­bém fora da esco­la. “Não adi­an­ta ter rigor na cobran­ça das pos­tu­ras da esco­la se as famí­li­as e os pro­fis­si­o­nais da edu­ca­ção não man­ti­ve­rem fora dela um com­por­ta­men­to com­pa­tí­vel com essa situ­a­ção de pan­de­mia”, obser­va.

Volta às aulas presenciais

Há duas sema­nas, a pre­fei­tu­ra do Rio publi­cou no Diá­rio Ofi­ci­al do Muni­cí­pio as nor­mas para a rea­li­za­ção da ati­vi­da­des esco­la­res pre­sen­ci­ais. Um cro­no­gra­ma para a reto­ma­da gra­du­al tam­bém foi defi­ni­do. Nes­sa sema­na, alu­nos do 1º e 2º anos do ensi­no fun­da­men­tal de 38 esco­las muni­ci­pais já foram con­vo­ca­das para ati­vi­da­des nas esco­las.

Nas pró­xi­mas sema­nas, será a vez de outras tur­mas. A pre­fei­tu­ra afir­ma que irá obser­var os índi­ces de con­ta­mi­na­ção para con­si­de­rar even­tu­ais alte­ra­ção no pla­no pre­vis­to. Já a rede esta­du­al mar­cou o iní­cio das aulas para 1º de mar­ço e as ati­vi­da­des nas esco­las devem ocor­rer a par­tir de um reve­za­men­to das tur­mas.

O cená­rio, porém, é de incer­te­za já que o Sin­di­ca­to Esta­du­al dos Pro­fis­si­o­nais de Edu­ca­ção do Rio de Janei­ro (Sepe RJ) apro­vou uma gre­ve con­tra aulas pre­sen­ci­ais. A para­li­sa­ção não atin­ge as ati­vi­da­des remo­tas. A enti­da­de con­si­de­ra a rea­ber­tu­ra dos esta­be­le­ci­men­tos de ensi­no um ato irres­pon­sá­vel, que colo­ca em ris­co a vida dos inte­gran­tes da comu­ni­da­de esco­lar em um momen­to de alta da con­ta­mi­na­ção.

“Temos evi­dên­ci­as cien­tí­fi­cas que demons­tram que a esco­la não é um lugar onde a trans­mis­si­bi­li­da­de põe em ris­co os rumos da pan­de­mia. As cri­an­ças já fica­ram tem­po demais fora da esco­la e não são ato­res prin­ci­pais den­tro da cadeia epi­de­mi­o­ló­gi­ca da pan­de­mia”, pon­de­ra Por­tel­la. Ela rei­te­ra, no entan­to, que a segu­ran­ça depen­de da ado­ção das medi­das pre­ven­ti­vas reu­ni­das na car­ti­lha.

No fim do mês pas­sa­do, a Soci­e­da­de Bra­si­lei­ra de Pedi­a­tria (SBP) divul­gou uma nota pelo retor­no segu­ro das aulas, ava­li­an­do que o fecha­men­to pro­lon­ga­do das esco­las tem cau­sa­do diver­sos pre­juí­zo às cri­an­ças. Ao mes­mo tem­po, a enti­da­de ava­li­ou que, de modo geral, não foram imple­men­ta­das medi­das sani­tá­ri­as para garan­tir a segu­ran­ça de todos os que fre­quen­tam o ambi­en­te esco­lar, sobre­tu­do nos esta­be­le­ci­men­tos da rede públi­ca.

Edi­ção: Ali­ne Leal

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