...
quinta-feira ,7 dezembro 2023
Home / Esportes / CBF inicia reformulação na seleção feminina e demite Pia Sundhag

CBF inicia reformulação na seleção feminina e demite Pia Sundhag

Repro­dução: © Thais Magalhães/CBF/Direitos Reser­va­dos

Adeus precoce à Copa levou à saída da técnica após 4 anos no cargo


Pub­li­ca­do em 31/08/2023 — 09:43 Por Lin­coln Chaves — Repórter da EBC — Rio de Janeiro

ouvir:

A elim­i­nação pre­coce do Brasil na Copa do Mun­do lev­ou a Con­fed­er­ação Brasileira de Fute­bol (CBF) a dar iní­cio a uma refor­mu­lação nas seleções fem­i­ni­nas — prin­ci­pal e de base. A mudança mais sig­ni­fica­ti­va foi anun­ci­a­da na quar­ta-feira (30), quase um mês após a que­da na primeira fase, com a saí­da da sue­ca Pia Sund­hage, que dirigiu a equipe canarin­ha no Mundi­al de Aus­trália e Nova Zelân­dia.

A demis­são foi con­fir­ma­da em nota divul­ga­da pela enti­dade. Segun­do o comu­ni­ca­do, a nova comis­são será apre­sen­ta­da “nos próx­i­mos dias”, para ini­ciar o tra­bal­ho visan­do a Olimpía­da de Paris, na França, em 2024 e a próx­i­ma Copa, em 2027, ain­da sem sede defini­da — o Brasil é um dos can­didatos a rece­ber o even­to.

O favorito ao car­go é Arthur Elias, téc­ni­co do Corinthi­ans. Em meio às espec­u­lações sobre uma even­tu­al saí­da do profis­sion­al para a seleção, o Timão se lim­i­tou a diz­er, em nota à impren­sa, que terá Arthur como treinador “em nos­sos próx­i­mos com­pro­mis­sos”. A equipe está envolvi­da com as semi­fi­nais da Série A1 (primeira divisão) do Campe­ona­to Brasileiro e a reta final do Campe­ona­to Paulista. Além dis­so, em out­ubro, o time bus­cará o tetra da Lib­er­ta­dores Fem­i­ni­na, na Colôm­bia.

Altos e baixos

Pia assum­iu a seleção fem­i­ni­na em jul­ho de 2019 e a dirigiu em 57 par­tidas, com 34 vitórias, 13 empates e dez der­ro­tas. A equipe anotou 139 gols e sofreu 42. O úni­co títu­lo ofi­cial da sue­ca a frente do time brasileiro foi o da Copa Améri­ca do ano pas­sa­do, na Colôm­bia.

O tra­bal­ho da treinado­ra começou rec­hea­do de expec­ta­ti­vas, já que Pia era bicam­peã olímpi­ca coman­dan­do os Esta­dos Unidos (2008 e 2012) e con­sid­er­a­da uma das prin­ci­pais profis­sion­ais da modal­i­dade. Em 2021, nos Jogos de Tóquio, no Japão, primeiro grande desafio da sue­ca no car­go, o Brasil caiu nos pênaltis para o Canadá, nas quar­tas de final — as canadens­es con­quis­taram o ouro.

Na Copa Améri­ca, as brasileiras vence­r­am os seis jogos que dis­putaram e lev­an­taram a taça pela oita­va vez. A própria Pia, no entan­to, recon­heceu que o Brasil teria que apre­sen­tar um nív­el téc­ni­co supe­ri­or para encar­ar adver­sários mais com­pet­i­tivos. De fato, a equipe evoluiu, com boas atu­ações no empate por 1 a 1 com a Inglater­ra pela Finalís­si­ma (due­lo entre os campeões sul-amer­i­cano e europeu), e no tri­un­fo por 2 a 1 sobre a Ale­man­ha, ambos fora de casa.

No Mundi­al, porém, a golea­da por 4 a 0 sobre o Panamá, na estreia, foi o úni­co momen­to de bril­ho. Na der­ro­ta por 2 a 1 para a França e no empate sem gols com a Jamaica, que cul­mi­naram na que­da na fase de gru­pos, a seleção teve atu­ações ruins. A cam­pan­ha decep­cio­nante foi deter­mi­nante para a pas­sagem de Pia chegar ao fim, mes­mo com um ano ain­da de con­tra­to pela frente.

Renovação

Uma das mar­cas do tra­bal­ho de Pia foi a bus­ca por caras novas, ten­do prox­im­i­dade com as comis­sões téc­ni­cas da base. Gan­haram espaço jogado­ras como a lat­er­al Brun­in­ha (21 anos), a zagueira Lau­ren (20), a volante Angeli­na (23), as meias Duda Sam­paio (22), Ary Borges e Ana Vitória (ambas 23) e as ata­cantes Kerolin (23), Nycole (22) e Aline Gomes (18), todas elas pre­sentes entre as 26 con­vo­cadas para a Copa (con­sideran­do, tam­bém, as suplentes).

A saí­da de Pia não foi a úni­ca mudança no depar­ta­men­to fem­i­ni­no da CBF. Saíram, tam­bém, profis­sion­ais como Ana Lore­na Marche (coor­de­nado­ra de seleções), Mayara Bor­din (super­vi­so­ra), Bia Vaz (aux­il­iar da equipe sub-20) e Jonas Urias (téc­ni­co da sub-20).

A demis­são de Jonas foi a que mais chamou atenção, já que o treinador, há um ano, lev­ou o Brasil a um inédi­to ter­ceiro lugar no Mundi­al da cat­e­go­ria, com atle­tas que pas­saram a ser con­vo­cadas para o time prin­ci­pal. Brun­in­ha, Lau­ren e Aline Gomes, por exem­p­lo, fiz­er­am parte daque­la cam­pan­ha, assim como a zagueira Tar­ciane (20 anos) e a meia Yayá (21), tam­bém chamadas por Pia ao lon­go dos últi­mos qua­tro anos. Algu­mas das atle­tas, como Tar­ciane, lamen­taram a saí­da do téc­ni­co em pub­li­cações nas redes soci­ais.

Edição: Maria Clau­dia

LOGO AG BRASIL

Você pode Gostar de:

Yuki Roberto fatura ouro no parabadminton no Parapan de Santiago, em 25/11/2023

Parapan: Brasil quebra recorde de medalhas, e bocha vai a Paris 2024

Repro­dução: © Ana Patricia/CPB/Direitos Reser­va­dos A um dia do fim, país supera os 308 pódios …