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Censo: Brasil tem 160 mil vivendo em asilos e 14 mil em orfanatos

Repro­dução: © Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

IBGE divulgou nesta sexta informações complementares do levantamento


Publicado em 06/09/2024 — 10:01 Por Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil — Rio de Janeiro

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Em 2022, o Brasil tin­ha 160.784 pes­soas viven­do em asi­los ou insti­tu­ição de lon­ga per­manên­cia para idosos, segun­do os dados do últi­mo Cen­so, divul­ga­dos nes­ta sex­ta-feira (6) pelo Insti­tu­to Brasileiro de Geografia e Estatís­ti­ca (IBGE). Isso rep­re­sen­ta 0,5% da pop­u­lação com mais de 60 anos no país (32,1 mil­hões).

14/06/2023 Brasília (DF) - Lar dos velhinhos - Dia 15/06/2023, Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa. Foto Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Repro­dução: Lar dos vel­hin­hos em Brasília — Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

A maior pro­porção de pes­soas viven­do em asi­los se encon­tra no Sud­este (57,5%), região que con­cen­tra 46,6% da pop­u­lação idosa nacional. O Sul responde por 24,8% das pes­soas em asi­los e tem 16,4% dos idosos do país.

“É de se esper­ar que você ten­ha mais moradores de asi­lo em regiões que são mais envel­he­ci­das, que são jus­ta­mente o Sul e o Sud­este”, expli­ca o pesquisador do IBGE, Bruno Perez.

Em um recorte de gênero, os dados divul­ga­dos hoje mostram que as mul­heres são a maior parte dos moradores de asi­los, respon­den­do por 59,8% do total.

“Isso está rela­ciona­do ao fato de que as mul­heres são maio­r­ia na pop­u­lação com um todo e são maio­r­ia, de for­ma mais expres­si­va, quan­do a gente olha para a pop­u­lação idosa. No Brasil, a expec­ta­ti­va de vida dos home­ns é sig­nif­i­can­te­mente menor do que das mul­heres”, avalia Perez.

O lev­an­ta­men­to con­sta­tou tam­bém que havia 14.374 pes­soas viven­do em orfanatos e insti­tu­ições sim­i­lares em 2022, ou seja, 0,03% da pop­u­lação brasileira com até 19 anos (54,5 mil­hões).

Out­ro dado é o número de pes­soas viven­do em clíni­cas psiquiátri­c­as ou comu­nidades ter­apêu­ti­cas (24.287). Essa pop­u­lação é majori­tari­a­mente mas­culi­na e com idades entre 30 e 59 anos.


Penitenciárias

Segun­do o IBGE, a pop­u­lação viven­do em pen­i­ten­ciárias, cen­tros de detenção e esta­b­elec­i­men­tos sim­i­lares chegou a 479.191 no últi­mo lev­an­ta­men­to. De acor­do com o insti­tu­to, foram con­sid­er­a­dos moradores de prisões os deten­tos que já estavam há mais de um ano na cadeia ou que tin­ham con­de­nação supe­ri­or a 12 meses.

Isso rep­re­sen­ta 0,24% do total da pop­u­lação brasileira cal­cu­la­da pelo Cen­so 2022 (203,1 mil­hões). De acor­do com o lev­an­ta­men­to, 96% da pop­u­lação carcerária era for­ma­da por home­ns. A maio­r­ia dessas pes­soas (75,4%) tin­ha entre 20 e 29 anos (40,7%) e entre 30 e 39 anos (34,7%).

Em relação à pop­u­lação total do país, a faixa etária de 20 a 39 anos rep­re­sen­ta ape­nas 15,1% de todos que vivem em pen­i­ten­ciárias, sendo que as faixas de 20 a 29 anos e de 30 a 39 anos têm, mais ou menos, o mes­mo número de pes­soas.

Penitenciária Industrial de Blumenau, que faz parte do Complexo Penitenciário do Médio Vale do Itajaí - Blumenau- 27/01/2016. Foto: Jaqueline Noceti/Secom
Repro­dução: Das 479 mil pes­soas que vivi­am encar­cer­adas, 52% estavam na Região Sud­este — Jaque­line Noceti/Secom

Das 479 mil pes­soas que vivi­am encar­cer­adas, 52% estavam na Região Sud­este, 16,5% no Nordeste, 14,7% no Sul, 10% no Cen­tro-Oeste e 6,8% no Norte do país.

Tan­to o Sud­este quan­to o Cen­tro-Oeste tin­ham parce­las das pop­u­lações carcerárias que super­avam suas pro­porções no total da pop­u­lação brasileira, já que o Sud­este con­cen­tra 41,8% dos habi­tantes do país e o Cen­tro-Oeste, 8%.

Adolescentes

O IBGE tam­bém con­sta­tou que havia 7.514 pes­soas viven­do em unidades de inter­nação de menores, ou seja, unidades socioe­d­uca­ti­vas voltadas para ado­les­centes em con­fli­to com a lei. Desse total, 96,2% eram home­ns.

Out­ros dados divul­ga­dos pela pesquisa, nes­ta sex­ta-feira, foram os totais de moradores de hotéis ou pen­sões (46.269), de alo­ja­men­tos (30.090), de abri­gos, casas de pas­sagem ou repúbli­ca assis­ten­cial para out­ros gru­pos vul­neráveis (24.110) e de abri­gos, alber­gues ou casas de pas­sagem para pop­u­lação em situ­ação de rua (11.295).

Edição: Denise Griesinger

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