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China promete contra-ataque após novas sanções dos Estados Unidos

Repro­du­ção: © REUTERS / Tyro­ne Siu/Direitos reser­va­dos

Governo norte-americano incluiu 12 empresas chinesas em lista negra


Publi­ca­do em 25/11/2021 — 08:26 Por RTP — Pequim

RTP - Rádio e Televisão de Portugal

Durou pou­co a apa­rên­cia de poli­dez entre os Esta­dos Uni­dos (EUA) e a Chi­na, ensai­a­da na recen­te reu­nião entre os pre­si­den­tes Joe Biden e Xi Jin­ping por vide­o­con­fe­rên­cia. Depois de o gover­no nor­te-ame­ri­ca­na ter ins­cri­to uma dúzia de empre­sas chi­ne­sas na sua lis­ta negra comer­ci­al, Pequim dei­xou, nes­ta quin­ta-fei­ra (25) um avi­so: reser­va-se o direi­to de res­pon­der à altu­ra.

As crí­ti­cas chi­ne­sas ao mais recen­te paco­te de san­ções dos Esta­dos Uni­dos não tar­da­ram. A Embai­xa­da da Chi­na em Washing­ton acu­sou o gover­no Biden de “abu­sar do poder do Esta­do para supri­mir e res­trin­gir empre­sas chi­ne­sas por todos os mei­os pos­sí­veis”.

O por­ta-voz do Minis­té­rio chi­nês dos Negó­ci­os Estran­gei­ros, Zhao Liji­an, garan­tiu que o país dará todos os pas­sos neces­sá­ri­os para defen­der as suas empre­sas, reser­van­do-se o direi­to de apli­car con­tra­me­di­das.

As últi­mas san­ções nor­te-ame­ri­ca­nas não são alhei­as à cres­cen­te ten­são entre os dois paí­ses a pro­pó­si­to do esta­tu­to de Taiwan. Essa foi a ques­tão mais ten­sa na recen­te con­ver­sa onli­ne entre os líde­res dos dois paí­ses. Ao todo, a admi­nis­tra­ção Biden acres­cen­tou 27 enti­da­des à sua lis­ta negra comer­ci­al, mas nem todas com sede na Chi­na. Há tam­bém nomes do Japão, do Paquis­tão e de Sin­ga­pu­ra.

Washing­ton ale­ga que as enti­da­des paquis­ta­ne­sas e chi­ne­sas foram adi­ci­o­na­das à lis­ta do Depar­ta­men­to de Comér­cio por terem con­tri­buí­do para o pro­gra­ma de mís­seis balís­ti­cos e demais ati­vi­da­des nucle­a­res de Isla­ma­bad.

Em comu­ni­ca­do, a secre­tá­ria nor­te-ame­ri­ca­na do Comér­cio, Gina Rai­mon­do, sus­ten­ta que a atu­a­li­za­ção da lis­ta visa sobre­tu­do a pro­te­ger tec­no­lo­gi­as dos EUA face ao desen­vol­vi­men­to, por par­te de chi­ne­ses e rus­sos, de “avan­ços mili­ta­res”.

Lista negra

Segun­do o Depar­ta­men­to do Comér­cio nor­te-ame­ri­ca­no, a Hangzhou Zhong­ke Micro­e­lec­tro­nics Co Ltd, a Hunan Goke Micro­e­lec­tro­nics, a New H3C Semi­con­duc­tor Tech­no­lo­gi­es Co Ltd, a Xi’an Aeros­pa­ce Hua­xun Tech­no­logy e a Yun­chip Micro­e­lec­tro­nics pas­sam a inte­grar a lis­ta de san­ções por “apoio à moder­ni­za­ção mili­tar do Exér­ci­to de Liber­ta­ção do Povo”.

A rela­ção inclui ain­da o Labo­ra­tó­rio Naci­o­nal Hefei para Ciên­ci­as Físi­cas em Micro­es­ca­la, a Quan­tumC­Tek e a Shanghai­Quan­tumC­Teck Co Ltd – “por adqui­ri­rem e ten­ta­rem adqui­rir itens com ori­gem nos Esta­dos Uni­dos em apoio de apli­ca­ções mili­ta­res”.

Na prá­ti­ca, o gover­no nor­te-ame­ri­ca­no visa a atra­sar os esfor­ços das estru­tu­ras mili­ta­res da Chi­na para desen­vol­ver a sua tec­no­lo­gia mili­tar, a come­çar por rada­res avan­ça­dos e apli­ca­ções con­tra sub­ma­ri­nos, como sen­so­res subaquá­ti­cos. Pro­cu­ra-se ain­da blo­que­ar a uti­li­za­ção de mate­ri­al dos Esta­dos Uni­dos na desen­crip­ta­ção de comu­ni­ca­ções, ou o desen­vol­vi­men­to de novas fer­ra­men­tas de encrip­ta­ção.

Tam­bém o mos­co­vi­ta Ins­ti­tu­to de Físi­ca e Tec­no­lo­gia inte­gra ago­ra a lis­ta nor­te-ame­ri­ca­na sem quais­quer deta­lhes sobre a razão da inclu­são, além de vaga refe­rên­cia à pro­du­ção de mei­os mili­ta­res.

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