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Chuvas deixam 19 barragens em estado de atenção no Rio Grande do Sul

Repro­dução: Pes­soas res­gatam per­tences per­to de área ala­ga­da por fortes chu­vas na cidade de Encan­ta­do — Foto — Reuters — Diego Vara

Mau tempo nos próximos dias pode ocasionar novos alagamentos


Publicado em 02/05/2024 — 18:06 Por Alex Rodrigues e Sabrina Craide — Repórteres da Agência Brasil — Brasília

Pelo menos 19 bar­ra­gens estão em esta­do de aler­ta ou atenção dev­i­do às con­se­quên­cias das fortes chu­vas que atingem o Rio Grande do Sul des­de a últi­ma sex­ta-feira (26).

Em nota divul­ga­da hoje (2), a sec­re­taria estad­ual do Meio Ambi­ente e Infraestru­tu­ra (Sema) infor­mou que está mon­i­toran­do 14 bar­ra­gens de usos múlti­p­los que estão em esta­do de aler­ta, incluin­do a da Usi­na de Ger­ação de Ener­gia 14 de Jul­ho.

Parte da estru­tu­ra da 14 de jul­ho, local­iza­da entre Coti­porã e Ben­to Gonçalves, na ser­ra gaúcha, a cer­ca de 170 quilômet­ros de Por­to Ale­gre, se rompeu no iní­cio da tarde des­ta quin­ta-feira, poten­cial­izan­do o risco da ele­vação do nív­el do Rio Taquari causar inun­dações e enchentes em ao menos sete cidades (San­ta Tereza, Muçum, Roca Sales, Arroio do Meio, Encan­ta­do, Col­i­nas e Lajea­do) da bacia do Rio Taquari-Antas.

As áreas de influên­cia de cin­co das 14 estru­turas mon­i­toradas pela Sema estão em proces­so de evac­uação. São elas: bar­ragem San­ta Lúcia, em Putin­ga; bar­ragem São Miguel do Buri­ti, em Ben­to Gonçalves; bar­ragem Belo Monte, em Eldo­ra­do do Sul; bar­ragem Dal Bó, em Cax­i­as do Sul; e bar­ragem Nova de Espólio de Aldo Mal­ta Dihl, em Glo­r­in­ha.

Barragens

Ain­da de acor­do com a sec­re­taria estad­ual, a Agên­cia Nacional de Ener­gia Elétri­ca (Aneel) e o Oper­ador Nacional do Sis­tema (ONS) estão acom­pan­han­do a situ­ação de out­ras cin­co bar­ra­gens de ger­ação de ener­gia elétri­ca em esta­do de atenção. São elas: Capigui, em Pas­so Fun­do; Guari­ta, em Erval Seco; Her­val, em San­ta Maria do Her­val; Pas­so do Infer­no, em São Fran­cis­co de Paula, e Monte Car­lo, entre Ben­to Gonçalves e Ver­anópo­lis.

Segun­do a Sema, o vol­ume de chu­va esti­ma­do para os próx­i­mos dias pode oca­sion­ar alaga­men­tos semel­hantes aos níveis de novem­bro do ano pas­sa­do, quan­do o Rio Grande do Sul enfren­tou uma das maiores enchentes de sua história.

As áreas mais atingi­das podem ser as regiões dos rios Caí e Taquari, que atrav­es­sam municí­pios com grande con­cen­tração pop­u­la­cional. No momen­to, a situ­ação mais del­i­ca­da é no Vale do Caí, onde as qua­tro estações flu­viométri­c­as indicam que o rio ultra­pas­sou a cota de inun­dação. No Vale do Taquari, o pon­to mais sen­sív­el é a região da cidade de Estrela, onde o cur­so d’água tam­bém super­ou a cota de inun­dação, atingin­do mais de 20 met­ros.

Dev­i­do ao vol­ume de chu­va reg­istra­do dos últi­mos qua­tro dias, o Cen­tro Nacional de Mon­i­tora­men­to e Aler­tas de Desas­tres Nat­u­rais (Cemaden) con­sid­era “muito altas” as chances de, nas próx­i­mas 48 horas, ocor­rerem novas inun­dações grad­u­ais e brus­cas e de alaga­men­tos em áreas rebaix­adas da região met­ro­pol­i­tana de Por­to Ale­gre, bem como nas mesor­regiões Nordeste, Cen­tro-Ori­en­tal e Cen­tro-Oci­den­tal Rio-Grandense, além de parte do sul catari­nense.

Segun­do o Cemaden, se a pre­visão se con­fir­mar, as condições favore­cerão que o nív­el dos rios Taquari, Caí, Sinos, Gra­vataí, Baixo Jacuí, Maquiné e Três Forquil­has con­tin­ue subindo.

Des­de o iní­cio de segun­da-feira (29), as forças de segu­rança do esta­do estão agin­do pre­ven­ti­va­mente, ori­en­tan­do e evac­uan­do famílias das áreas de risco para casas de famil­iares, ami­gos ou abri­gos munic­i­pais. A ação ini­cial está con­cen­tra­da nas cidades de Can­delária e Roca Sales, diante do risco de even­tos climáti­cos mais extremos.

Mortos e feridos

O mais recente bal­anço da Defe­sa Civ­il estad­ual, divul­ga­do ao meio-dia de hoje (2), apon­ta que ao menos 13 pes­soas mor­reram e 12 ficaram feri­das em todo o esta­do dev­i­do às con­se­quên­cias das chu­vas inten­sas.

As mortes con­fir­madas ocor­reram nos seguintes municí­pios: Encan­ta­do (1); Itaara (1); Pân­tano Grande (1); Pavera­ma (2); Sal­vador do Sul (2); San­ta Cruz do Sul (1); San­ta Maria (2); São João do Polê­sine (1); Seg­re­do (1) e Sil­veira Mar­tins (1).

Mais cedo, a Defe­sa Civ­il chegou a con­tabi­lizar três óbitos em San­ta Maria, mas cor­rigiu a infor­mação ao lon­go da man­hã, infor­man­do que uma destas mortes, na ver­dade, foi reg­istra­da em Sil­veira Mar­tins.

Pessoas resgatam seus pertences perto de uma área alagada próxima ao rio Taquari durante fortes chuvas na cidade de Encantado Rio Grande do Sul, Brasil, 1º de maio de 2024. REUTERS/Diego Vara
Repro­dução: Pes­soas res­gatam per­tences per­to de área ala­ga­da por fortes chu­vas na cidade de Encan­ta­do — Foto — Reuters — Diego Vara

Há 21 pes­soas desa­pare­ci­das e mais de 67.860 mil pes­soas foram de algu­ma for­ma afe­tadas por alaga­men­tos, inun­dações, enx­ur­radas e ven­davais. O número de desa­lo­ja­dos, ou seja, de pes­soas forçadas a deixar suas casas e bus­car abri­go na casa de par­entes, ami­gos ou em hospeda­gens pagas, chega a 9.993, enquan­to os que tiver­am que bus­car abri­gos públi­cos ou de enti­dades assis­ten­ci­ais somam 4.599 pes­soas.

Edição: Kle­ber Sam­paio

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