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Cicloativistas fazem ato em SP em homenagem a artista venezuelana

Repro­dução: © Rove­na Rosa/Agência Brasil

Julieta Hernandez foi assassinada no Amazonas


Pub­li­ca­do em 12/01/2024 — 21:48 Por Bruno Boc­chi­ni — Repórter da Agên­cia Brasil — São Paulo

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Mais de uma cen­te­na de man­i­fes­tantes, a maio­r­ia artis­tas e cicloa­t­ivis­tas, fiz­er­am na noite de hoje (12) um ato no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) em hom­e­nagem a artista venezue­lana e ciclovi­a­jante, Juli­eta Ines Her­nan­dez Mar­tinez, con­heci­da como pal­haça Juju­ba e que foi assas­si­na­da no esta­do do Ama­zonas.

Juli­eta, de 37 anos, esta­va desa­pare­ci­da des­de o dia 23 de dezem­bro do ano pas­sa­do e seu cor­po foi encon­tra­do no sába­do (6), no municí­pio de Pres­i­dente Figueire­do (AM). A Polí­cia Civ­il do esta­do indi­ciou Thi­a­go Agles da Sil­va e Deliomara dos Anjos San­tos pelo assas­si­na­to da artista. Ambos respon­derão por ocul­tação de cadáver, latrocínio e estupro.

São Paulo (SP), 12/01/2024 - Concentração da bicicletada nacional em homenagem a Julieta Hernández e contra o feminicídio no vão do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - MASP, na Avenida Paulista. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Repro­dução: São Paulo (SP) —  Ato no Masp em hom­e­nagem a Juli­eta Hernán­dez e con­tra o fem­i­nicí­dio. Foto: Rove­na Rosa/Agência Brasil

“Essa man­i­fes­tação é para diz­er que a gente é livre e que nós quer­e­mos vivas umas às out­ras. Parem de nos matar. Nós temos o dire­ito de andar como quis­er­mos, para onde quis­er­mos, sem ser­mos mor­tas”, disse a tam­bém ciclovi­a­jante, artista de rua, mal­abarista e pal­haça, Kim­ber­lin Portes.

No ato, chama­do de “Bici­cle­ta­da Juli­eta Pre­sente”, foram can­tadas músi­cas em hom­e­nagem a Juli­eta e dis­tribuí­dos nar­izes de pal­haço em refer­ên­cia a uma das ativi­dades da artista circense venezue­lana. Ape­sar da forte chu­va que atin­gia a região da Paulista, em São Paulo, os man­i­fes­tantes plane­javam sair em passea­ta de bici­cle­ta até a Praça da Repúbli­ca, pas­san­do pela rua Augus­ta.

Julieta Hernandez, artista venezuelana de circo morta no Amazonas. Foto: utopiamaceradaenchocolate/ Instagram
Repro­dução: Juli­eta Her­nan­dez, artista venezue­lana mor­ta no Ama­zonas. Foto: utopiamaceradaenchocolate/ Insta­gram

“Ela era mul­her, via­jante, imi­grante, livre, e foi mor­ta por ser mul­her, foi mor­ta por quer­er viv­er. Nós esta­mos em um dos piores país­es do mun­do para se nascer mul­her. Só no primeiro semes­tre do ano pas­sa­do, foram reg­istra­dos mais de 1 mil fem­i­nicí­dios, que é o últi­mo elo numa enorme cadeia de vio­lên­cia con­tra as mul­heres”, desta­cou Maíra Macha­do, do grupo inter­na­cional de mul­heres Pão e Rosas, acres­cen­tan­do que a situ­ação agravou-se nos últi­mos anos por causa de políti­cas defen­di­das pela extrema-dire­i­ta con­trárias aos dire­itos fem­i­ni­nos.

No Brasil des­de 2015, a artista inte­gra­va o grupo de ciclovi­a­jantes “Pé Ver­mei”, e via­ja­va do Rio de Janeiro até a Venezuela, seu país natal, de bici­cle­ta, quan­do foi mor­ta.

“Com toda ale­gria e irreverên­cia, Juli­eta via­ja­va com sua arte con­duzin­do cri­anças e adul­tos ao mun­do circense e por isso, sem­pre será lem­bra­da. Inqui­eta em relação à desigual­dade de gênero, sua bus­ca por equidade é uma inspi­ração para todas nós”, disse, em nota, na últi­ma sem­ana, a pres­i­den­ta da Fun­dação Nacional de Artes (Funarte), Maria Marighel­la.

Foram real­izadas man­i­fes­tações em out­ras cidades brasileiras, como Brasília, e fora do país em memória da artista.

Edição: Car­oli­na Pimentel

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