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Cidade no Rio de Janeiro inaugura farmácia de plantas medicinais

Repro­dução: © TV Brasil/Divulgação

Projeto capacita pequenos produtores para plantio de ervas medicinais


Publicado em 15/09/2024 — 10:53 Por Francielly Barbosa* — Rio de Janeiro

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Com obje­ti­vo de democ­ra­ti­zar o aces­so a plan­tas med­i­c­i­nais e à fitoter­apia (for­ma de trata­men­to que uti­liza ervas med­i­c­i­nais para tratar e pre­venir doenças), foi inau­gu­ra­da a primeira Far­má­cia Viva de Mar­icá, na região met­ro­pol­i­tana do Rio de Janeiro. A ini­cia­ti­va é fru­to do pro­je­to Far­ma­copeia Mari’ká, real­iza­do pela Com­pan­hia de Desen­volvi­men­to de Mar­icá (Code­mar), lig­a­da à prefeitu­ra, e pela Uni­ver­si­dade Fed­er­al Rur­al do Rio de Janeiro (UFRRJ). 

Cer­ca de 30 espé­cies de plan­tas med­i­c­i­nais são cul­ti­vadas em 4 mil met­ros quadra­dos, na Fazen­da Nos­sa Sen­ho­ra do Amparo, da Code­mar. Além da pro­dução de medica­men­tos, a ini­cia­ti­va pro­move a qual­i­fi­cação de pequenos pro­du­tores rurais para o plan­tio dessas ervas.

“Com a Far­má­cia Viva, pre­tendemos pro­mover a saúde para a pop­u­lação, mas tam­bém a ger­ação de ren­da para os pro­du­tores. O próprio pro­je­to vai fornecer mudas das plan­tas cer­ti­fi­cadas aos agricul­tores asso­ci­a­dos e com­prar a pro­dução deles para proces­sar”, expli­ca o pro­fes­sor de Agrono­mia da UFRRJ e coor­de­nador do Far­ma­copeia Mari’ká, João Araújo.

A par­tir dos con­hec­i­men­tos tradi­cionais das plan­tas nati­vas, são pro­duzi­dos remé­dios com fun­gos med­i­c­i­nais e óleos essen­ci­ais para loções repe­lentes, e até mes­mo medica­men­tos para ani­mais de esti­mação. “Temos tam­bém no escopo do Far­ma­copeia Mari’ká a pro­dução volta­da para a área ani­mal, sobre­tu­do os pets, que hoje fica com­ple­ta­mente desas­sis­ti­da quan­do se fala em medica­men­tos nat­u­rais”.

Todos os pro­du­tos desen­volvi­dos den­tro do pro­je­to são gra­tu­itos e aque­les que não exigem recei­ta médi­ca já são dis­tribuí­dos, como chás, xaropes de gua­co e loções repe­lentes de cit­ronela. “Os demais pro­du­tos estão sendo pro­duzi­dos, mas serão dis­tribuí­dos a par­tir das ori­en­tações do far­ma­cêu­ti­co do pro­je­to e da Sec­re­taria de Saúde do municí­pio”, infor­mou o coor­de­nador à Agên­cia Brasil.

De acor­do com a prefeitu­ra, a dis­tribuição não ocorre em grande escala, mas em feiras e palestras. “São pro­duzi­dos sabonetes líqui­dos, óleos essen­ci­ais, spray de cit­ronela e álcool gel arom­a­ti­za­do, entre out­ros pro­du­tos. A dis­tribuição dos pro­du­tos está pre­vista para o fim do ano em parce­ria com o Sis­tema Úni­co de Saúde (SUS), como um serviço fitoterápi­co e com acom­pan­hamen­to far­ma­cêu­ti­co”.

Segun­do o pro­fes­sor Araújo, o municí­pio foi escol­hi­do por já ter ações nas áreas de agroe­colo­gia, agri­cul­tura, ren­da, desen­volvi­men­to social e pro­dução local de ali­men­tos. “Temos nesse pro­je­to uma estraté­gia de mel­ho­ria da qual­i­dade de vida da pop­u­lação e a ger­ação de ren­da para além dos roy­al­ties de petróleo que Mar­icá já recebe, então esta­mos preparan­do a cidade para uma econo­mia local, region­al e sus­ten­táv­el no futuro”, disse. A ideia é que o pro­je­to sir­va de mod­e­lo para cidades de out­ras regiões brasileiras.

Araújo infor­mou que a Far­má­cia Viva está em proces­so de final­iza­ção, com apre­sen­tação aos agentes de saúde de Mar­icá e de municí­pios viz­in­hos, por meio de treina­men­tos para médi­cos e vet­er­inários. Con­cluí­da essa eta­pa, a Fazen­da Nos­sa Sen­ho­ra do Amparo será prepara­da para rece­ber far­ma­cêu­ti­cos e a pop­u­lação.

*Colaborou repórter Cris­tiane Ribeiro do Radio­jor­nal­is­mo da EBC

*Estag­iária sob super­visão de Viní­cius Lis­boa

Edição: Car­oli­na Pimentel

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