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Ciências biológicas é preferência em vestibular indígena da Unicamp

Vestibular integrado com a UFSCar reuniu 1,5 mil incritos

Lety­cia Bond — Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 14/01/2025 — 14:39
São Paulo
Palmas (TO) - Indígenas brasileiros fazem cursos de informática na
Repro­dução: © Marce­lo Camargo/Agência Brasil

A maio­r­ia (43%) dos can­didatos da 6ª edição do vestibu­lar indí­ge­na unifi­ca­do da Uni­ver­si­dade Estad­ual de Camp­inas (Uni­camp) e da Uni­ver­si­dade Fed­er­al de São Car­los (UFS­Car) con­cor­reu a uma vaga na área de saúde/biológicas. A pro­va foi apli­ca­da neste domin­go (12) para 1,5 mil das 2.820 pes­soas inscritas.

O segun­do cam­po de con­hec­i­men­to preferi­do dos can­didatos foi o de ciên­cias humanas (18,3%). O de med­i­c­i­na veio logo atrás (17,5%), jun­ta­mente com o de engen­harias (9,5%), ciên­cias exatas (5%) e o de artes (4,3%). Em últi­mo lugar, ficou a área de ciên­cias tec­nológ­i­cas (2,2%).

De acor­do com infor­mações repas­sadas pela Comis­são Per­ma­nente para os Vestibu­lares (Comvest), da Uni­camp, à Agên­cia Brasil, nes­ta edição, os can­didatos do gênero mas­culi­no foram maio­r­ia, por pou­ca difer­ença. A pro­porção foi de 51% con­tra 49% de mul­heres.

Os povos que mais tiver­am inscritos foram baré, tic­u­na, um dos mais numerosos da Amazô­nia, tukano, bani­wa, koka­ma, tar­i­ana, desana e kam­be­ba. Os atikum e os pankararu tam­bém fig­u­ram na lista.

No que diz respeito às prin­ci­pais faixas etárias, pre­dom­i­na a de can­didatos com idade entre 19 e 23 anos (38,7%). Os inscritos com 24 a 29 anos e os que têm mais de 29 anos rep­re­sen­taram 24,4% e 13,7% do total, respec­ti­va­mente.

As provas, com 50 questões de múlti­pla escol­ha e uma pro­pos­ta de redação, cujo tema pôde ser escol­hi­do entre o con­sumo de ali­men­tos indus­tri­al­iza­dos e justiça climáti­ca, foram real­izadas em cin­co municí­pios: Camp­inas (SP), Recife (PE), San­tarém (PA), São Gabriel da Cachoeira (AM) e Tabatin­ga (AM). O índice de abstenção, ou seja, de can­didatos que fal­taram na data e não fiz­er­am o teste, foi menor do que o reg­istra­do na edição ante­ri­or do vestibu­lar. A taxa pas­sou de 49% para 46,8%.

Em respos­ta ao ques­tion­a­men­to da reportagem sobre os critérios para sele­cionar as cidades de apli­cação das provas, a Comvest expli­cou que são três: maior pre­sença da pop­u­lação indí­ge­na, o que jus­ti­fi­ca as escol­has das cidades do Ama­zonas e, ante­ri­or­mente, Doura­dos (MS), e ⁠cidades que podem agre­gar maior número de estu­dantes e etnias de uma região, como é o caso de Recife e San­tarém. Camp­inas é rel­e­vante para a ban­ca por ser o local onde está local­iza­da a sede da Uni­camp, que pode tan­to aten­der os indí­ge­nas do esta­do de São Paulo como atu­ais uni­ver­sitários que dese­jam mudar de cur­so.

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