...
terça-feira ,18 março 2025
Home / Meios de comunicação / Cineasta Cacá Diegues morre aos 84 anos no Rio

Cineasta Cacá Diegues morre aos 84 anos no Rio

Ele sofreu complicações causadas por cirurgia

Vitor Abdala — Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 14/02/2025 — 08:48
Rio de Janeiro
São Paulo (SP) 14/02/2025 - Morre cineasta Cacá Diegues, aos 84 anos, no Rio de Janeiro. Foto: Cacá Diegues/Instagram
Repro­dução: © Cacá Diegues/Instagram

O cineas­ta Cacá Diegues (foto) — Car­los José Fontes Diegues — mor­reu nes­ta sex­ta-feira (14) aos 84 anos, no Rio de Janeiro. A infor­mação foi con­fir­ma­da pela Acad­e­mia Brasileira de Letras (ABL). A morte foi em decor­rên­cia de com­pli­cações cau­sadas por uma cirur­gia.

Um dos pre­cur­sores do movi­men­to artís­ti­co Cin­e­ma Novo, Car­los Diegues nasceu em 19 de maio de 1940, em Maceió (AL), e mudou-se para o Rio de Janeiro, com a família, aos seis anos de idade.

Começou no cin­e­ma quan­do ain­da esta­va no Diretório Estu­dan­til da Pon­tif­í­cia Uni­ver­si­dade Católi­ca do Rio (PUC-Rio), onde fun­dou um cineclube e pas­sou a faz­er pro­duções cin­e­matográ­fi­cas amado­ras, jun­to com cole­gas como Arnal­do Jabor.

O cineclube foi um dos núcleos de fun­dação do Cin­e­ma Novo, movi­men­to inspi­ra­do pelo neor­re­al­is­mo ital­iano e pela Nou­velle Vague france­sa, e mar­ca­do pelas críti­cas políti­cas e soci­ais, prin­ci­pal­mente durante a ditadu­ra mil­i­tar.

Produções

Entre suas pro­duções den­tro do movi­men­to, desta­cam-se Gan­ga Zum­ba (1964), A Grande Cidade (1966) e Os Herdeiros (1969). Em 1969, deixou o Brasil e foi morar na Europa, por ter par­tic­i­pa­do da resistên­cia int­elec­tu­al e políti­ca à ditadu­ra. Ao retornar, na déca­da de 70, dirigiu Quan­do o Car­naval Chegar (1972), Joan­na France­sa (1973), Xica da Sil­va (1976), Chu­vas de Verão (1978) e Bye Bye, Brasil (1980).

No perío­do de retoma­da do cin­e­ma brasileiro, lançou Tieta do Agreste (1996), Orfeu (1999) e Deus é Brasileiro (2002). O Grande Cir­co Mís­ti­co (2018) foi seu últi­mo lança­men­to como dire­tor.

Ao lon­go de sua car­reira, con­quis­tou prêmios em inúmeros fes­ti­vais nacionais e inter­na­cionais. Em 2018, foi eleito para a Acad­e­mia Brasileira de Letras na vaga de Nel­son Pereira dos San­tos.

“Sua obra equi­li­brou pop­u­lar­i­dade e pro­fun­di­dade artís­ti­ca, abor­dan­do temas soci­ais e cul­tur­ais com sen­si­bil­i­dade. Durante a ditadu­ra mil­i­tar, viveu no exílio, man­ten­do-se sem­pre ati­vo no debate sobre políti­ca, cul­tura e cin­e­ma. A ABL expres­sa sol­i­dariedade à esposa, Rena­ta Almei­da Mag­a­l­hães e aos fil­hos”, infor­mou a ABL, por meio de nota divul­ga­da em suas rede soci­ais.

LOGO AG BRASIL

Você pode Gostar de:

Vistoria vai decidir se o Cristo Redentor será reaberto ao público

Monumento foi fechado à visitação após morte de turista Dou­glas Cor­rêa — Repórter da Agên­cia …