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Coleta de plasma bate recorde em dez meses de 2024, diz Hemobrás

Volume é 7,2% superior ao captado em 2023

Cristi­na Índio do Brasil — Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 22/11/2024 — 08:05
Rio de Janeiro
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Brasília (DF) 21/11/2024 - Matéria especial sobre ecorde de plasma Foto: Hemobrás/Divulgação
Repro­dução: © Hemobrás/Divulgação

De janeiro a out­ubro de 2024, a Empre­sa Brasileira de Hemod­eriva­dos e Biotec­nolo­gia (Hemo­brás) cole­tou 160,9 mil litros de plas­ma, com­po­nente essen­cial para a pro­dução de medica­men­tos hemod­eriva­dos. O número supera a meta de 150 mil litros defini­da em con­tra­to da empre­sa com o Min­istério da Saúde para 2024. O vol­ume, que rep­re­sen­ta um recorde históri­co na cole­ta de plas­ma, é 7,2% aci­ma do cap­ta­do em 2023. De acor­do com a Hemo­brás, a esti­ma­ti­va é fechar o ano com cer­ca de 200 mil litros cap­ta­dos. “Os números atingi­dos rep­re­sen­tam um mar­co para a saúde públi­ca brasileira e para o papel estratégi­co da Hemo­brás no país”, infor­mou a empre­sa.

Segun­do a par­ceira do Min­istério da Saúde, o abastec­i­men­to da pro­dução nacional com pro­du­tos da empre­sa será influ­en­ci­a­do pos­i­ti­va­mente pela pro­dução recorde. Para a pres­i­dente da empre­sa, a médi­ca Ana Paula Menezes, as con­quis­tas da Hemo­brás refletem o com­pro­mis­so da empre­sa com a saúde públi­ca e com o Sis­tema Úni­co de Saúde (SUS), que é seu úni­co cliente. “Esta­mos apri­moran­do, a cada dia, a mis­são de levar mais saúde e qual­i­dade de vida à pop­u­lação brasileira”, com­ple­tou em tex­to divul­ga­do pela Hemo­brás.

Para atin­gir a expec­ta­ti­va de cap­tação, a empre­sa vem investin­do na qual­i­fi­cação de hemo­cen­tros em todo o país para garan­tir o aumen­to da capaci­dade de armazena­men­to de plas­ma e o aper­feiçoa­men­to dos proces­sos. O obje­ti­vo é evi­tar o descarte do plas­ma, decor­rente de prob­le­mas no trans­porte dos hemo­cen­tros até o Com­plexo Fab­ril de Goiana, em Per­nam­bu­co.

Descarte

A empre­sa con­seguiu ain­da out­ra con­quista históri­ca: a que­da de 90% no descarte de plas­ma após o proces­so de triagem, que avalia a aptidão das bol­sas cole­tadas para a pro­dução de hemod­eriva­dos. O descarte pas­sou de 30% para 3%. “O descarte, nesse proces­so, não está lig­a­do ao des­perdí­cio, mas a prob­le­mas diver­sos que afe­tam a qual­i­dade indus­tri­al, como o caso do trans­porte”, esclare­ceu.

A Hemo­brás iden­ti­fi­cou, por meio de estu­dos téc­ni­cos, os prin­ci­pais fatores que resul­taram no descarte e, assim, pôde alcançar índices mel­hores. “Os resul­ta­dos refletem o empen­ho con­jun­to e con­tin­u­a­do que bus­ca ampli­ar a bus­ca ati­va por mais plas­ma em hemo­cen­tros de todas as regiões do país e o aproveita­men­to máx­i­mo do plas­ma indus­tri­al envi­a­do à Hemo­brás”, anal­isou a ger­ente de Pro­du­tos e Supri­men­tos Far­ma­cêu­ti­cos da Hemo­brás, Melis­sa Papaléo.

Para for­t­ale­cer os proces­sos e reduzir a pro­porção do total descar­ta­do, a Empre­sa definiu uma série de soluções, como a mel­ho­ria no proces­so logís­ti­co de trans­porte do plas­ma. “Em parce­ria com a Octaphar­ma, a Hemo­brás pas­sou a uti­lizar caixas de papelão para aco­modar as bol­sas de plas­ma, o que diminuiu de for­ma sig­ni­fica­ti­va as per­das por que­bra durante o trans­porte. Não era uma práti­ca comum para a Octaphar­ma, mas a par­ceira adap­tou-se e a solução dada pela Hemo­brás foi apli­ca­da e bem-suce­di­da, como mostram os números”.

Na visão do dire­tor Indus­tri­al da Hemo­brás, Antônio Edson de Luce­na, ess­es desem­pen­hos refletem na qual­i­dade dos pro­du­tos ofer­e­ci­dos à pop­u­lação. “São con­quis­tas grandiosas para a Empre­sa e para a pop­u­lação brasileira porque vemos o amadurec­i­men­to do sis­tema de cole­ta e de uma uti­liza­ção cada vez maior do plas­ma para ben­e­fi­ci­a­men­to indus­tri­al em favor da pro­dução de medica­men­tos”, afir­mou.

Brasília (DF) 21/11/2024 - Matéria especial sobre ecorde de plasma Foto: Hemobrás/Divulgação
Repro­dução: Hemo­brás pre­tende cap­tar mais de 300 mil litros de plas­ma até final de 2025. Hemobrás/Divulgação

Hemorrede

Como for­ma de for­t­ale­cer a Hemorrede brasileira, a Hemo­brás reforçou o tra­bal­ho qual­i­f­i­can­do hemo­cen­tros em todo o país e amplian­do a capaci­dade de armazena­men­to de plas­ma. “Ao todo, 61 serviços foram qual­i­fi­ca­dos para envio de plas­ma à Hemo­brás e, dess­es, 55 hemo­cen­tros já envi­am, jun­tos, cer­ca de 20 mil litros de plas­ma men­salmente. A difer­ença entre os qual­i­fi­ca­dos e os que já fazem os respec­tivos envios se dá porque existe um tem­po entre o serviço ser qual­i­fi­ca­do e pas­sar a enviar o plas­ma em função da neces­si­dade de algu­mas ade­quações no proces­so e sis­tema e neces­si­dade de obtenção de autor­iza­ção do Min­istério da Saúde”.

No plane­ja­men­to para 2025, a Hemo­brás pre­tende ampli­ar o número de hemo­cen­tros qual­i­fi­ca­dos, requal­i­ficar os já aptos para o fornec­i­men­to de plas­ma, e aumen­tar a capaci­dade de armazena­men­to e envio de plas­ma dos que já são fornece­dores. “Esse tra­bal­ho será resul­ta­do de inves­ti­men­tos do Novo Pro­gra­ma de Acel­er­ação do Cresci­men­to (PAC) do Gov­er­no Fed­er­al”, con­cluiu.

O inves­ti­men­to do gov­er­no fed­er­al na ampli­ação do vol­ume de plas­ma cole­ta­do nos hemo­cen­tros con­tou com o val­or de R$ 100 mil­hões como parte do PAC, que tem como um dos obje­tivos ren­o­var e ampli­ar o par­que tec­nológi­co dos serviços de hemo­ter­apia. “A ação do Min­istério da Saúde já está em fase de assi­natu­ra de con­tratos e vai ben­e­fi­ciar, ini­cial­mente, 56 hemo­cen­tros, de um total de 120 sele­ciona­dos. A expec­ta­ti­va é que o aumen­to da capaci­dade de armazena­men­to dess­es hemo­cen­tros seja de fun­da­men­tal importân­cia para que a Hemo­brás chegue, ao final de 2025, com mais de 300 mil litros cap­ta­dos”, infor­mou.

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