...
quarta-feira ,30 abril 2025
Home / Economia / Com inflação menor, comércio espera recorde de vendas na Black Friday

Com inflação menor, comércio espera recorde de vendas na Black Friday

Repro­dução: © Arquivo/Agência Brasil

Lojas devem faturar R$ 4,64 bilhões; Procon orienta consumidores


Pub­li­ca­do em 18/11/2023 — 08:23 Por Bruno de Fre­itas Moura — Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

ouvir:

O comér­cio brasileiro está otimista em relação às ven­das da Black Fri­day, na próx­i­ma sex­ta-feira (24). A esti­ma­ti­va da Con­fed­er­ação Nacional do Comér­cio de Bens, Serviços e Tur­is­mo (CNC) é de um fat­u­ra­men­to de R$ 4,64 bil­hões, o que sig­nifi­ca 4,3% a mais que em 2022. Se a pre­visão de con­cretizar, será o maior vol­ume de ven­das para a data, trazi­da para o Brasil em 2010. 

Um lev­an­ta­men­to da CNC mostra que os seg­men­tos de eletroeletrôni­cos e util­i­dades domés­ti­cas (R$ 1,28 bil­hão) e de móveis e eletrodomés­ti­cos (R$ 1,05 bil­hão) dev­erão respon­der por quase metade (48%) da movi­men­tação finan­ceira pre­vista. Na sequên­cia, se desta­cam os ramos de hiper e super­me­r­ca­dos (R$ 1,02 bil­hão) e de ves­tuário, calça­dos e acessórios (R$ 0,73 bil­hão).

Inflação

A desacel­er­ação da inflação é um dos fatores que devem impul­sion­ar as ven­das, segun­do a CNC. No ano pas­sa­do, de acor­do com a pesquisa, os preços livres da econo­mia acu­mulavam alta de 9,7%. Este ano, a vari­ação é de 3%.

A val­oriza­ção de 7,5% do real ante o dólar é out­ro fator pos­i­ti­vo, pois con­tribuiu para estraté­gias mais agres­si­vas de preços por parte dos vare­jis­tas.

Os cortes recentes na taxa bási­ca de juros por parte do Ban­co Cen­tral, que favore­cem o crédi­to, rep­re­sen­tam out­ro moti­vador para as com­pras, prin­ci­pal­mente de bens duráveis — geladeira, tele­visão e celu­lar.

“O iní­cio da flex­i­bi­liza­ção da políti­ca mon­etária a par­tir de agos­to tende a dis­ten­sion­ar o mer­ca­do de crédi­to em um even­to car­ac­ter­i­za­do por um vol­ume de ven­das rel­a­ti­va­mente maior de bens duráveis – tradi­cional­mente mais depen­dentes das condições de crédi­to”, argu­men­ta o econ­o­mista da CNC, Fabio Bentes, respon­sáv­el pelo lev­an­ta­men­to.

Produtos

A pesquisa indi­cou quais pro­du­tos estão sendo mais procu­ra­dos pelos con­sum­i­dores na inter­net nos últi­mos 30 dias. Na sem­ana em que o país enfrenta uma onda de calor, não chega a ser sur­pre­sa a pre­sença de apar­el­ho de ar condi­ciona­do no topo. As bus­cas cresce­r­am 177%.

Com mui­ta gente procu­ran­do, o efeito neg­a­ti­vo é que os apar­el­hos têm fica­do mais caros nos últi­mos 40 dias, com alta de 2,9%.

Dos 10 itens mon­i­tora­dos pela CNC, ape­nas o ar-condi­ciona­do e o videogame (+7,9%) estão apre­sen­tan­do preço maior na data que cos­tu­ma ser asso­ci­a­da a pro­moções. Na sequên­cia, os bens mais procu­ra­dos são tele­visão e fogão. Os dois têm apre­sen­ta­do que­da nos preços: ‑1,5% e ‑2,7%, respec­ti­va­mente.

Os pro­du­tos com maiores descon­tos médios são smart­watch­es (-12,4%), note­books (-9,2%), fones de ouvi­do (-6,1%) e caixas de som (-5,6%).

Anos de crescimento

Des­de 2017 a Black Fri­day tem apre­sen­ta­do cresci­men­to segui­do no vol­ume de ven­das. Atual­mente é a quin­ta data mais favoráv­el para o comér­cio, atrás do Natal, Dia das Mães, Dia das Cri­anças e Dia dos Pais.

A par­tir de 2020, o cresci­men­to se mostrou mais inten­so, por causa da inten­si­fi­cação do comér­cio online. Além dis­so, a facil­i­dade para con­sul­ta e a com­para­ção de preços pela inter­net expli­cam o gan­ho de importân­cia da Black Fri­day no cal­endário nacional, segun­do a CNC.

Cuidados

A Fun­dação de Pro­teção e Defe­sa do Con­sum­i­dor (Pro­con- SP) divul­gou ori­en­tações aos con­sum­i­dores para uma Black Fri­day mais segu­ra. Con­fi­ra as prin­ci­pais recomen­dações:

- Anal­is­ar, durante a pro­moção, as condições de paga­men­to ofer­e­ci­das, as taxas de juros cobradas e os pra­zos para quitação;
— Pon­der­ar se a com­pra de deter­mi­na­do item, ain­da que em val­or pro­mo­cional, cabe no bol­so e não irá com­pro­m­e­ter o orça­men­to;
— Ver­i­ficar se o per­fil ou o site pos­sui recla­mações (se não hou­ver comen­tários, descon­fie);
— Ter cuida­do com preços baixos demais, que podem ser uma armadil­ha;
— Dar prefer­ên­cia a fornece­dores que informem canais de atendi­men­to, CNPJ e endereço físi­co;
— Evi­tar clicar em links envi­a­dos por e‑mail, What­sApp ou men­sagens, sem antes checar no canal ofi­cial do fornece­dor se aque­la for­ma de con­ta­to está cor­re­ta;
— Obser­var aten­ta­mente os dados da empre­sa em bole­tos, a tit­u­lar­i­dade de con­tas para depósi­to e out­ras infor­mações, que tam­bém aju­dam o con­sum­i­dor a iden­ti­ficar pos­síveis fraudes.

Edição: Kle­ber Sam­paio

LOGO AG BRASIL

Você pode Gostar de:

CPI das Bets prende empresário por falso testemunho no Senado

Daniel Pardim não convenceu senadores ao negar que conhecia sócia Lucas Pordeus León – Repórter …