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Com time feminino do Quênia, Luizomar de Moura vai à Olimpíada

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Repro­dução: © Wan­der Roberto/Inovafoto/CBV

Técnico multicampeão enfrenta Brasil na fase inicial


Pub­li­ca­do em 17/07/2021 — 09:00 Por Juliano Jus­to — Repórter da TV Brasil e da Rádio Nacional — São Paulo

Após três cic­los olímpi­cos dis­tante da Olimpía­da, a seleção fem­i­ni­na de vôlei do Quê­nia estará em Tóquio. A vaga foi con­quis­ta­da com a vitória no torneio qual­i­fi­catório con­ti­nen­tal em janeiro de 2020, em Camarões. E o coman­dante das ata­cantes da Rain­ha (alcun­ha do time do leste africano) será um per­son­agem muito con­heci­do na modal­i­dade no Brasil, Luizomar de Moura (téc­ni­co tri­cam­peão da Superli­ga fem­i­ni­na, campeão mundi­al com o Osas­co e juve­nil e infan­to-juve­nil com a seleção brasileira).

Esta é uma opor­tu­nidade que surgiu por aca­so, e que tomou pro­porções maiores do que o próprio treinador esper­a­va. “Virou uma causa. O Quê­nia é um país ain­da muito dis­tante em ter­mos de tradição quan­do se fala em vôlei. O forte deles é real­mente o atletismo, as provas de fun­do e meio fun­do. E a Fed­er­ação Inter­na­cional está com um pro­je­to que foca desen­volver a modal­i­dade em vários pon­tos ao redor do mun­do. E um dess­es lugares é jus­ta­mente o Quê­nia. Eles decidi­ram começar esse tra­bal­ho jus­ta­mente por lá. Cheguei a Nairóbi em abril e fiquei dez dias por lá. Depois regres­sei para dois meses de treinos e fomos muito bem rece­bidos por todos. No iní­cio fiquei um pouco receoso, por chegar­mos às vésperas dos Jogos. Não sabia como min­ha equipe e eu seríamos rece­bidos. Por isso, ago­ra esta­mos foca­dos de cor­po e alma nes­sa causa. Quer­e­mos deixar um lega­do e espero que, no futuro, pos­samos falar do vôlei fem­i­ni­no do Quê­nia de uma for­ma difer­ente”, comen­tou Luizomar à Agên­cia Brasil, dire­to de Fukuo­ka, na cos­ta norte da ilha de Kyushu, no sudoeste do Japão.

Para o treinador, esse tra­bal­ho lem­bra um pouco o tem­po que pas­sou coman­dan­do as seleções de base do Brasil: “Estou ven­do meni­nas com o son­ho de se tornarem jogado­ras de vôlei de grandes cen­tros do esporte, assim como vi durante quase 15 anos da min­ha vida várias garo­tas vin­das de diver­sos locais do Brasil bus­can­do se tornarem jogado­ras, em um primeiro momen­to, e depois defend­erem a seleção em uma Olimpía­da”. Um dese­jo que o próprio Luizomar rev­el­ou que tam­bém car­rega­va: “Estou estre­an­do em uma edição de Jogos Olímpi­cos. Isso é mais um capí­tu­lo espe­cial dessa história toda. Mas não quero só pas­sar por aqui. Quero deixar uma mar­ca. Sei que a questão dos resul­ta­dos, nesse momen­to, está um pouco dis­tante para o nos­so time, mas quero mostrar para o mun­do do vôlei uma equipe mais orga­ni­za­da e com poten­cial de cresci­men­to”.

Uma curiosi­dade é que o Quê­nia caiu, nos Jogos Olímpi­cos, em uma chave com Sérvia, Cor­eia do Sul, Japão, Brasil (do téc­ni­co Zé Rober­to Guimarães) e Repúbli­ca Domini­cana (do tam­bém brasileiro Mar­cos Kwiek). “Mar­quin­hos é meu con­tem­porâ­neo. Jog­amos jun­tos em alguns momen­tos. As nos­sas car­reiras são pare­ci­das. Ele está fazen­do um tra­bal­ho exce­lente na Repúbli­ca Domini­cana há mais de 10 anos. O Brasil é um time excep­cional, dis­pen­sa comen­tários, vai brigar por uma medal­ha. O grupo é difí­cil demais. A Sérvia é out­ra favorita a um ouro. A Cor­eia do Sul tam­bém tem um treinador con­heci­do, o ital­iano Ste­fano Lavari­ni, campeão da Superli­ga pelo Minas, e uma jogado­ra espetac­u­lar que é a Kim Yeon-koung. Ela car­rega a equipe há algum tem­po. Nós somos a zebra, mas é claro que se o pes­soal der chance vamos quer­er belis­car um set aqui e out­ro ali. De repente, podemos gan­har um jogo. Enfim, sei lá. Se con­seguirmos mais do que isso, vai ser espetac­u­lar. Vamos ficar extrema­mente felizes”, con­cluiu.

Edição: Fábio Lis­boa

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