...
quinta-feira ,10 julho 2025
Home / Direitos Humanos / Comitiva de direitos humanos relata intimidação por agentes em SP

Comitiva de direitos humanos relata intimidação por agentes em SP

Repro­dução: © Rove­na Rosa/Agência Brasil

Segundo conselheira, ação ocorreu na região da Cracolândia


Pub­li­ca­do em 29/08/2023 — 14:55 Por Lety­cia Bond — Repórter da Agên­cia Brasil — São Paulo

ouvir:

Uma equipe do Con­sel­ho Nacional de Dire­itos Humanos (CNDH) que se encon­tra na cap­i­tal paulista para apu­rar denún­cias de vio­lações a pes­soas em situ­ação de rua rela­ta foi alvo de intim­i­dações provo­cadas pela Guar­da Civ­il Met­ro­pol­i­tana (GCM), na man­hã des­ta terça-feira (29). Segun­do a con­sel­heira Virgí­nia Berriel, que coor­de­na a Comis­são de Tra­bal­ho, Edu­cação e Seguri­dade Social do CNDH, a investi­da ocor­reu na região con­heci­da como Cra­colân­dia e os agentes só recuaram quan­do a con­sel­heira se iden­ti­fi­cou como autori­dade.

“Nós não nos sen­ti­mos intim­i­da­dos pela pop­u­lação em situ­ação de rua, muito pelo con­trário, fomos intim­i­da­dos pela polí­cia, que, todo dia sol­ta bom­ba, machu­ca, agride aque­las pes­soas, como se elas não fos­sem gente. É um negó­cio de doer. Vier­am para cima da gente e eu tive que dar ‘carteira­da’. Se eu não mostrasse o cartão, eu seria pre­sa, porque ousei tirar uma foto do poli­cial, porque eles estavam preparan­do a oper­ação para atacar aque­las pes­soas”, disse ela, em entre­vista à Agên­cia Brasil.

A inte­grante do CNDH con­ta que, como é jor­nal­ista, já tende a deixar tudo doc­u­men­ta­do, o que expli­ca o impul­so, ao ver que as agressões estavam na iminên­cia de se con­cretizar, de fotogra­far os agentes de segu­rança. Foi quan­do um deles a abor­dou e afir­mou que ela não tin­ha o dire­ito de faz­er as fotos.  Virgí­nia disse que pode­ria tirar foto, já que esta­va em mis­são da CNDH. “Ele veio para cima da gente e eu disse: tudo bem. Se você for atacar, vai atacar o CNDH e depois vai ter que prestar esclarec­i­men­tos”.

Na sequên­cia, o agente se afas­tou com a equipe do local. “Só não sei se eles vão voltar lá. Mas eles saíram do local. As pes­soas que ficam ali, da assistên­cia social, médi­cos, dis­ser­am: olha, vocês con­seguiram uma façan­ha, porque eles não saem”, acres­cen­ta Virgí­nia.

A con­sel­heira infor­mou, ain­da, que, logo depois da pas­sagem pela Cra­colân­dia, a comi­ti­va seguiu para a Paróquia Nos­sa Sen­ho­ra da Paz, na Liber­dade, que desen­volve ações a imi­grantes e refu­gia­dos, e cumprirá, ao lon­go do dia, agen­da com líderes do movi­men­to das domés­ti­cas e da Cen­tral Úni­ca dos Tra­bal­hadores (CUT). Aman­hã (30), os rep­re­sen­tantes do CNDH devem se reunir com o padre Julio Lan­cel­lot­ti e, na próx­i­ma sex­ta-feira (1º), com lid­er­anças do movi­men­to da pop­u­lação em situ­ação de rua, no Espaço Socio­cul­tur­al Cis­arte, na Bela Vista.

Agên­cia Brasil ques­tio­nou a Sec­re­taria Munic­i­pal de Segu­rança Urbana, a quem a GCM responde, e aguar­da posi­ciona­men­to.

Edição: Aline Leal

LOGO AG BRASIL

Você pode Gostar de:

Enem 2025: Inep publica resultados de recursos de atendimento especial

Consulta deve ser feita na Página do Participante do exame Daniel­la Almei­da — Repórter da …