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Como evitar cair em golpes bancários

Repro­dução: © Joed­son Alves/Agência Brasil

Febraban dá dicas para evitar prejuízo com falsários


Pub­li­ca­do em 20/01/2024 — 09:01 Por Agên­cia Brasil — Brasília

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A Fed­er­ação Brasileira de Ban­cos (Febra­ban) infor­ma que tem “investi­do rotineira­mente cam­pan­has de con­sci­en­ti­za­ção e esclarec­i­men­to à pop­u­lação por meio de ações de mar­ket­ing em TVs, rádios e redes soci­ais.”

A enti­dade ori­en­ta as víti­mas de golpe a “noti­ficar ime­di­ata­mente seu ban­co para que medi­das adi­cionais de segu­rança sejam ado­tadas, como blo­queio do aplica­ti­vo e da sen­ha de aces­so. Tam­bém deve se faz­er um bole­tim de ocor­rên­cia.”

Segun­do a Febra­ban, “ao rece­ber uma lig­ação sus­pei­ta, o cliente deve desli­gar, pegar o número de tele­fone que está no cartão bancário e lig­ar de out­ro tele­fone para tirar a limpo a história.”

Out­ra recomen­dação da enti­dade “é descon­fi­ar de promes­sas de van­ta­gens exager­adas. E jamais deposi­tar din­heiro na con­ta de quem quer que seja com a final­i­dade de ‘garan­tir o negó­cio’. Caso rece­ba uma pro­pos­ta aparente­mente van­ta­josa e atra­ti­va, o con­sum­i­dor não deve con­fir­mar a oper­ação na hora.”

O cliente deve sem­pre pedir para lhe enviarem a pro­pos­ta por escrito. “E ver­i­fique se ela con­fere com as promes­sas ver­bais. Em qual­quer caso, se descon­fi­ar da ofer­ta, deve procu­rar os canais da insti­tu­ição finan­ceira que real­i­zou a ofer­ta a fim de con­fir­mar se ela pres­ta serviço ao ban­co.”

Con­forme a Febra­ban, atual­mente estão em evidên­cia seis tipos de golpes. Leia abaixo como são apli­ca­dos e como os cor­ren­tis­tas de ban­co podem evi­tar serem engana­dos con­forme ori­en­tação da enti­dade:

Golpe do falso funcionário

O frau­dador entra em con­ta­to com a víti­ma se pas­san­do por um fal­so fun­cionário do ban­co ou empre­sa com a qual ela tem um rela­ciona­men­to ati­vo. Infor­ma que sua con­ta foi inva­di­da, clon­a­da ou out­ro prob­le­ma e, a par­tir daí, solici­ta os dados pes­soais e finan­ceiros da víti­ma. E até mes­mo pede para que ela ligue na cen­tral do ban­co, no número que aparece atrás do seu cartão, mas o frau­dador con­tin­ua na lin­ha para sim­u­lar o atendi­men­to da cen­tral e pedir os dados da sua con­ta, dos seus cartões e, prin­ci­pal­mente, a sua sen­ha quan­do você a dig­i­tar.

Como evi­tar

Se rece­ber esse tipo de con­ta­to, descon­fie na hora. Desligue e entre em con­ta­to com a insti­tu­ição através dos canais ofi­ci­ais, de prefer­ên­cia usan­do o celu­lar ou aplica­tivos móveis, para saber se algo acon­te­ceu mes­mo com sua con­ta. O ban­co nun­ca liga para o cliente pedin­do sen­ha nem o número do cartão e tam­bém nun­ca liga para pedir para realizar uma trans­fer­ên­cia ou qual­quer tipo de paga­men­to.

Golpe do 0800

Os golpis­tas estão envian­do men­sagens de SMS para o cliente ou em aplica­tivos de men­sagem infor­man­do sobre uma transação sus­pei­ta de val­or alto em uma com­pra no vare­jo, solic­i­tan­do que ele entre em con­ta­to com uma supos­ta cen­tral de atendi­men­to para esclare­cer a questão. No tex­to da men­sagem aparece um número 0800, que suposta­mente seria uma cen­tral tele­fôni­ca de um ban­co ou de uma área de cartões de crédi­to. Eles se uti­lizam dessa téc­ni­ca para traz­er maior cred­i­bil­i­dade para a men­sagem. Como a com­pra é fal­sa, ao lig­ar para a fal­sa cen­tral de atendi­men­to, o golpista diz que a transação está em análise e que por isso ain­da não aparece na fatu­ra do cliente. E que para resolver o assun­to, o con­sum­i­dor deve faz­er uma transação para reg­u­larizar o prob­le­ma, ou ain­da pede dados pes­soais, como número de con­ta e sen­ha, para can­ce­lar a oper­ação. Out­ro artifí­cio que tam­bém é usa­do pelos golpis­tas nas men­sagens é afir­mar que as mil­has ou pon­tos do cartão do cliente estão ven­cen­do.

Como evi­tar

O cliente nun­ca deve faz­er lig­ações para números de tele­fone (0800) rece­bidos através de SMS ou por out­ras men­sagens. Se tiv­er algu­ma dúvi­da, o cliente deve lig­ar para os canais ofi­ci­ais de seu ban­co ou para seu ger­ente. Os ban­cos lig­am para os clientes para con­fir­mar transações sus­peitas, mas nun­ca pedem dados como sen­has, token e out­ros dados pes­soais nes­tas lig­ações. Tam­bém nun­ca lig­am e pedem para que clientes façam trans­fer­ên­cias ou PIX ou qual­quer tipo de paga­men­to para suposta­mente reg­u­larizar prob­le­mas na con­ta.

Brasília/DF, 19/01/2024, Golpes feitos pelo telefone celular. Foto: Joedson Alves/Agência Brasil
Repro­dução: Golpis­tas se pas­sam por fun­cionários de ban­co para pedir dados pes­soais de clientes, algo que as insti­tu­ições nun­ca fazem por tele­fone. Foto — Joed­son Alves/Agência Brasil

Golpe do acesso remoto

Neste golpe, tam­bém con­heci­do como Golpe da Mão Fan­tas­ma, o frau­dador pode entrar em con­ta­to com a víti­ma se pas­san­do por um fal­so fun­cionário de ban­co. Usa várias abor­da­gens para enga­nar o cliente e diz que vai enviar um link para a insta­lação de um aplica­ti­vo que irá solu­cionar um supos­to prob­le­ma. Ou ain­da man­da SMS, e‑mails fal­sos ou links em aplica­tivos de men­sagens, que induzem o usuário a clicar em links sus­peitos, que insta­lam um mal­ware (um soft­ware malig­no).

Como evi­tar

O ban­co nun­ca liga para o cliente nem man­da men­sagens ou e‑mails pedin­do para que ele instale nen­hum tipo de aplica­ti­vo em seu celu­lar para suposta­mente reg­u­larizar um prob­le­ma na con­ta.

Golpe do Falso Brinde ou Falso Presente de Aniversário

Em datas comem­o­ra­ti­vas, o cliente deve tomar cuida­do com o golpe do fal­so brinde ou fal­so pre­sente de aniver­sário. Após desco­brirem dados pes­soais, quadrilhas entram em con­ta­to com a víti­ma e dizem que têm um brinde ou pre­sente para entre­gar e insis­tem para que a pes­soa rece­ba o pre­sente pes­soal­mente. Os crim­i­nosos chegam a dar algo para a víti­ma, geral­mente flo­res, bolos ou cos­méti­cos. Alegam que são presta­dores de serviços e que não sabem infor­mações de quem real­mente pediu para faz­er a entre­ga e pedem um paga­men­to de uma taxa. O entre­gador pode entre­gar uma maquin­in­ha com o visor dan­i­fi­ca­do ou de uma for­ma que impos­si­bilite a visu­al­iza­ção do preço cobra­do na tela e aplicar o golpe da maquin­in­ha e ain­da o da tro­ca de cartão.

Como evi­tar

Não forneça dados pes­soais em links envi­a­dos pela inter­net de supostas pro­moções e ten­ha muito cuida­do ao preencher cadas­tros na inter­net. Jamais aceite pre­sentes e brindes ines­per­a­dos, sem saber quem real­mente man­dou. Passe você mes­mo o cartão na maquin­in­ha em vez de entregá-lo para out­ra pes­soa, Sem­pre con­fi­ra o val­or da com­pra na maquin­in­ha antes de dig­i­tar a sua sen­ha. E pro­te­ja o códi­go de segu­rança.

Golpe de engenharia social com WhatsApp

Brasília/DF, 19/01/2024, Golpes feitos pelo telefone celular. Foto: Joedson Alves/Agência Brasil
Repro­dução: Descon­fie de lig­ações com ofer­tas van­ta­josas ou aler­tas de supos­tos golpes con­tra sua con­ta. Foto: Joed­son Alves/Agência Brasil

O crim­i­noso escol­he uma víti­ma, pega sua foto em redes soci­ais, e, de algu­ma for­ma, con­segue desco­brir números de celu­lares de con­tatos da pes­soa. Com um novo número de celu­lar, man­da men­sagem para ami­gos e famil­iares da víti­ma, ale­gan­do que teve de tro­car de número dev­i­do a algum prob­le­ma. A par­tir daí, pede uma trans­fer­ên­cia via Pix, dizen­do estar em algu­ma situ­ação de emergên­cia.

Como evi­tar

A Febra­ban aler­ta que é pre­ciso ter muito cuida­do com a exposição de dados em redes soci­ais. Ao rece­ber uma men­sagem de algum con­ta­to com um número novo, é pre­ciso cer­ti­ficar-se que a pes­soa real­mente mudou seu número de tele­fone. Não faça Pix ou qual­quer tipo de trans­fer­ên­cia até falar com a pes­soa que está solic­i­tan­do o din­heiro.

Golpe do falso leilão/falsas vendas

Golpis­tas cri­am sites fal­sos de leilão, anun­cian­do todo tipo de pro­du­to por preços bem abaixo do mer­ca­do. Depois pedem trans­fer­ên­cias, depósi­tos e até din­heiro via Pix para asse­gu­rar a com­pra. Geral­mente apelam para a urgên­cia em fechar o negó­cio, dizen­do que você pode perder os descon­tos, mas nun­ca entregam as mer­cado­rias. Da mes­ma maneira cri­am sites de fal­sas empre­sas e fal­sas lojas de comér­cio para aplicar golpes.

Como evi­tar

Sem­pre pesquise sobre a empre­sa de leilões em sites de recla­mação e con­fi­ra o CNPJ do leiloeiro. Ao faz­er uma transação com­er­cial com qual­quer empre­sa, sem­pre pesquise sobre ela em sites de recla­mação e con­fi­ra seu CNPJ. Nun­ca faça transações em sites que não ten­ham o cadea­do de segu­rança no nave­g­ador nem trans­fer­ên­cias para con­tas de pes­soas físi­cas. Fique aten­to com lojas de vare­jo em redes soci­ais. Sem­pre descon­fie quan­do o vende­dor apelar para a urgên­cia em fechar o negó­cio, dizen­do que você pode perder descon­tos. Tam­bém descon­fie se pedi­rem din­heiro ante­ci­pa­do para fechar algum negó­cio.

Além dess­es tipos de golpe que “estão nos holo­fotes” de acor­do com a Febra­ban, out­ras fraudes já estiver­am em uso. Para saber mais, clique aqui.

A Febra­ban tam­bém pub­li­cou 10 dicas antigolpe. Para con­hecer, clique aqui.

Edição: Marce­lo Brandão

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