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Conab enviará 12,7 mil cestas de alimentos ao povo yanomami

Repro­dução: © Fer­nan­do Frazão/Agência Brasil

Até fim do ano, indígenas receberão mais de 100 mil cestas


Pub­li­ca­do em 03/04/2023 — 16:48 Por Pedro Peduzzi — Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

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A Com­pan­hia Nacional de Abastec­i­men­to (Conab) enviará, até o dia 3 de maio, à sua unidade armazenado­ra em Boa Vista (RR) cer­ca de 12,7 mil ces­tas de ali­men­tos que terão, como des­ti­no final, os povos indí­ge­nas yanomamis.

As ces­tas foram adquiri­das a R$ 5,2 mil­hões em um leilão, pagos com recur­sos do Min­istério do Desen­volvi­men­to e Assistên­cia Social, Família e Com­bate à Fome (MDS). Segun­do a Conab, o val­or pago rep­re­sen­ta uma “econo­mia de, pelo menos, R$ 1,4 mil­hão, moti­va­do por um desá­gio de 21,22% no preço de aber­tu­ra do leilão”.

Após chegarem à unidade de armazena­men­to, os ali­men­tos serão envi­a­dos à Fun­dação Nacional dos Povos Indí­ge­nas (Funai) e à Força Aérea Brasileira (FAB), para então serem encam­in­hados aos yanomamis.

“Visan­do aten­der à tradição ali­men­tar e segu­rança ali­men­tar dos indí­ge­nas, as ces­tas pos­suem com­posição difer­en­ci­a­da, con­tendo arroz, leite em pó, flo­cos de mil­ho, sardinha em óleo, far­in­ha de man­dio­ca d’água, carne bov­ina sal­ga­da cura­da desseca­da e cas­tan­ha-do-Pará”, infor­mou a Conab.

A com­pan­hia tra­bal­ha com a expec­ta­ti­va de adquirir, até jun­ho deste ano, mais 76.152 ces­tas, no val­or total de R$ 54,9 mil­hões. Até o final de ano, está pre­vista a dis­tribuição de 143.161 ces­tas de ali­men­tos. Destas, 101.536 terão como des­ti­no os yanoma­mi.

Histórico

No iní­cio do ano, o Brasil e o mun­do desco­bri­ram uma grave crise human­itária vivi­da pelo povo yanoma­mi. A chega­da em mas­sa de garimpeiros ile­gais nos últi­mos anos instalou a fome e as doenças entre os indí­ge­nas. Além dos assas­si­natos cometi­dos pelos inva­sores, a etnia se viu sem comi­da, pois as caças mor­ri­am ou fugiam com a chega­da do garim­po, e expos­ta a doenças como malária e pneu­mo­nia, den­tre out­ras.

Em janeiro, o gov­er­no fed­er­al mon­tou hos­pi­tais de cam­pan­ha em Roraima e começou a socor­rer os yanoma­mi. Além dis­so, o Min­istério da Saúde declar­ou Emergên­cia em Saúde Públi­ca de Importân­cia Nacional para aten­der os indí­ge­nas. O pres­i­dente Luiz Iná­cio Lula da Sil­va, por sua vez, insti­tu­iu o Comitê de Coor­de­nação Nacional para Enfrenta­men­to à Desas­sistên­cia San­itária das Pop­u­lações em Ter­ritório Yanoma­mi, para dis­cu­tir as medi­das a serem ado­tadas.

Edição: Juliana Andrade

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