...
domingo ,27 abril 2025
Home / Cultura / Concerto no Rio une alunos e músicos da Orquestra Petrobras

Concerto no Rio une alunos e músicos da Orquestra Petrobras

Repro­dução: © Rena­to Mangolin/Divulgação

Apresentação será no Theatro Municipal, neste domingo (13), às 11h


Pub­li­ca­do em 13/08/2023 — 09:00 Por Alana Gan­dra — Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

ouvir:

A Orques­tra Petro­bras Sin­fôni­ca (OPS) e sua Acad­e­mia Juve­nil sobem pela primeira vez ao pal­co do The­atro Munic­i­pal do Rio de Janeiro para um con­cer­to con­jun­to, em comem­o­ração ao Dia dos Pais, neste domin­go (13), às 11h. Os ingres­sos têm preço sim­bóli­co de R$ 2 e podem ser adquiri­dos tan­to na bil­hete­ria físi­ca do teatro quan­to na inter­net. A clas­si­fi­cação etária é livre, e o con­cer­to tem duração de 60 min­u­tos.

“Os alunos estão muito con­tentes, porque o son­ho de todo jovem que quer tocar um instru­men­to é, um dia, chegar a uma orques­tra profis­sion­al. Então, a OPS dá essa opor­tu­nidade, para que eles sin­tam esse gostin­ho. Estão superan­i­ma­dos, emb­o­ra um pouco ansiosos, como é nor­mal, porque eles querem ren­der bem. Estão do lado de seus pro­fes­sores, dos músi­cos da orques­tra. É muito bacana esse momen­to para eles”, desta­ca em entre­vista à Agên­cia Brasil o mae­stro Sam­my Fuks, pro­fes­sor da Acad­e­mia Juve­nil.

Ele e o tam­bém regente Tomaz Soares dividirão o pal­co no con­cer­to do domin­go. Ambos são músi­cos da OPS, sendo o primeiro flautista e, o segun­do, vio­lin­ista. Regente da Acad­e­mia Juve­nil des­de 2019, Fuks comen­tou que alguns alunos nun­ca pis­aram no pal­co do Munic­i­pal para faz­er uma exe­cução musi­cal. O local é con­sid­er­a­do sagra­do para o Rio de Janeiro porque por ali pas­sam sem­pre grandes músi­cos, artis­tas, bailar­i­nos.

“É uma grande hon­ra para eles tocar naque­le pal­co”, diz Fuks. A Acad­e­mia Juve­nil da OPS real­iza, em média, dois con­cer­tos por semes­tre, sendo o mais impor­tante o do encer­ra­men­to do ano leti­vo. Os jovens já se apre­sen­taram em espaços impor­tantes, como a Sala Cecília Meire­les. “Eles tocam soz­in­hos, porque pre­cisam tam­bém ter essa autono­mia e se defend­erem, sem a aju­da dos pro­fes­sores e dos músi­cos da OPS do lado.”

Repertório

O repertório do con­cer­to inte­gra­do traz músi­cas que pas­seiam do clás­si­co ao pop­u­lar, incluin­do obras de Beethoven, Bizet, Brahms, Vil­la-Lobos e da dupla Sivu­ca e Glória Gadel­ha, cuja músi­ca Feira de Man­gaio gan­hou arran­jos sin­fôni­cos da vio­lin­ista Ágatha Lima, alu­na egres­sa da Acad­e­mia Juve­nil. Ágatha entrou na ter­ceira tur­ma do pro­je­to quan­do tin­ha ape­nas 14 anos e, atual­mente, faz pós-grad­u­ação em Viena, na Áus­tria.

Ao todo, par­tic­i­parão do con­cer­to de inte­gração 71 músi­cos, dos quais 29 são alunos da Acad­e­mia Juve­nil e 27 são da Orques­tra Petro­bras Sin­fôni­ca. Dess­es, 15 são pro­fes­sores do pro­je­to. Além deles, haverá 15 músi­cos con­vi­da­dos, entre jovens uni­ver­sitários e con­certis­tas egres­sos da própria Acad­e­mia Juve­nil.

Rio de Janeiro, 11/08/2023, Academia Juvenil da Orquestra Petrobrás Sinfônica. Foto: Renato Mangolin/Divulgação
Repro­dução: Acad­e­mia Juve­nil da Orques­tra Petro­bras Sin­fôni­ca — Rena­to Mangolin/Divulgação

O mae­stro Tomaz Soares desta­cou o fato de os alunos apre­sentarem diver­si­dade em ori­gens, gêneros e cre­dos, o que amplia a rep­re­sen­ta­tivi­dade em cena. Entre os alunos da acad­e­mia, 60% são pre­tos e par­dos e 30%, mul­heres, o que impacta de for­ma pos­i­ti­va no futuro da músi­ca de con­cer­to, na avali­ação de Soares. Ele é pro­fes­sor da Acad­e­mia Juve­nil da OPS des­de 2012, quan­do ela foi cri­a­da.

A Acad­e­mia Juve­nil ofer­ece, gra­tuita­mente, um ciclo de estu­do de dois anos a jovens ori­un­dos de esco­las de músi­ca e orques­tras comu­nitárias, preparan­do-os para o teste de habil­i­dade especí­fi­ca (THE), exigi­do dos músi­cos para o ingres­so nas fac­ul­dades de músi­ca das uni­ver­si­dades fed­erais. No Rio de Janeiro, ess­es cur­sos são ofer­e­ci­dos pela Uni­ver­si­dade Fed­er­al do Rio de Janeiro (UFRJ) e pela Uni­ver­si­dade Fed­er­al do Esta­do do Rio de Janeiro (Unirio).

Aprovação

A coor­de­nado­ra pedagóg­i­ca da Acad­e­mia Juve­nil da Orques­tra Petro­bras Sin­fôni­ca, Monique Andries, con­sid­era que o con­cer­to de inte­gração demon­stra a importân­cia do pro­je­to socioe­d­uca­ti­vo pelo qual pas­saram 150 alunos, des­de sua cri­ação. O pro­je­to começou só com cor­das e expandiu tam­bém para instru­men­tos de sopro e per­cussão. Atual­mente, 29 alunos par­tic­i­pam do ciclo de dois anos do pro­je­to. A média de aprovação no THE alcança 97%. Mas, nos últi­mos três anos, tem atingi­do 100%, infor­mou Monique à Agên­cia Brasil. “Todos os acad­emis­tas que fiz­er­am o teste foram aprova­dos”.

Para ingres­sar na Acad­e­mia Juve­nil da OPS, o inter­es­sa­do já tem que saber tocar um instru­men­to e enten­der de leitu­ra de par­ti­tu­ra. É exigi­do tam­bém solfe­jo (leitu­ra can­ta­da das notas musi­cais de uma par­ti­tu­ra). É fei­ta uma audição anu­al, geral­mente em fevereiro. “As vagas depen­dem da neces­si­dade que se tem a cada ano. A procu­ra é muito grande. Eles pas­sam por uma ban­ca da OPS, com­pos­ta de pro­fes­sores da acad­e­mia, que sele­cionam os que estão mais avança­dos”, expli­ca o mae­stro Sam­my Fuks.

A idade mín­i­ma é 15 anos e, a máx­i­ma, 20. “A gente pega ess­es alunos que estão queren­do se profis­sion­alizar e, prin­ci­pal­mente, queren­do entrar nas uni­ver­si­dades de músi­ca fed­erais”, diz o mae­stro. Na acad­e­mia, eles têm aulas de teo­ria e per­cepção musi­cal e práti­ca de orques­tra. Os 29 alunos do pro­je­to se dedicam ao apri­mora­men­to dos seguintes instru­men­tos: vio­li­no, vio­la, vio­lon­ce­lo, con­tra­baixo, flau­ta, oboé, clar­ine­ta, fagote, trompete, trompa e per­cussão.

Com 48 anos de existên­cia, a Orques­tra Petro­bras Sin­fôni­ca é uma das mais con­ceitu­adas do país. Cri­a­da pelo mae­stro Arman­do Praz­eres, a orques­tra se fir­mou como um ente cul­tur­al que expres­sa a plu­ral­i­dade da músi­ca brasileira e tran­si­ta por dis­tin­tos esti­los e lin­gua­gens. Seu dire­tor artís­ti­co e mae­stro tit­u­lar é Isaac Karabtchevsky, um nome con­sagra­do no panora­ma nacional e inter­na­cional.

Edição: Juliana Andrade

LOGO AG BRASIL

Você pode Gostar de:

Dom Orani participa do conclave e traz consigo “profecia” de religiosa

“Será bispo e papa”, disse ela há décadas. Hoje, ele é arcebispo do RJ Luiz …