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Concerto Sinos realiza hoje terceiro recital da temporada 2021

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Repro­dução: © Wan­da Marques/Projeto Sinos/divulgação

A iniciativa integra o Programa Funarte de Toda Gente


Pub­li­ca­do em 16/07/2021 — 08:54 Por Alana Gan­dra — Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

O Sis­tema Nacional de Orques­tras Soci­ais (Sinos) da Fun­dação Nacional de Artes (Funarte), desen­volvi­do em parce­ria com a Uni­ver­si­dade Fed­er­al do Rio de Janeiro (UFRJ), apre­sen­ta ao públi­co nes­ta sex­ta-feira (16), às 18h, o ter­ceiro recital da tem­po­ra­da 2021 da série Con­cer­tos Sinos.

A apre­sen­tação ficará disponív­el no site do pro­gra­ma ou no canal Arte de Toda Gente no YouTube, como em con­cer­tos ante­ri­ores.

Serão inter­pre­tadas pela Orques­tra Sin­fôni­ca da UFRJ duas obras inédi­tas, encomen­dadas para o repertório Sinos aos com­pos­i­tores Alexan­dre Schu­bert e Mateus Arau­jo. A primeira peça é Brasil­iana nº 4, de Alexan­dre Schu­bert, com qua­tro movi­men­tos que sim­bolizam a diver­si­dade da músi­ca brasileira. A regên­cia é de Tobias Volk­mann.

A segun­da peça, Suíte nº 3, de Mateus Arau­jo, tem por sub­tí­tu­lo Brin­cadeiras de rua. A obra é inspi­ra­da pelos jogos de cri­anças ao ar livre, entre os quais amare­lin­ha, bola de gude, esconde-esconde e ciran­da, ter­mi­nan­do com uma par­ti­da de fute­bol. A regên­cia é do próprio autor.

A série Con­cer­tos Sinos tem por obje­ti­vo veic­u­lar a pro­dução artís­ti­ca dos pro­je­tos soci­ais, das orques­tras brasileiras e do próprio Sis­tema Nacional das Orques­tras Soci­ais.

Projeto

Lança­do em março do ano pas­sa­do, antes do iní­cio da pan­demia do novo coro­n­avírus, o pro­je­to Sinos migrou para o mod­e­lo vir­tu­al, levan­do a con­cer­tos grava­dos e exibidos pos­te­ri­or­mente na inter­net, disse o coor­de­nador do pro­je­to, pro­fes­sor André Car­doso, tam­bém regente da Orques­tra Sin­fôni­ca da UFRJ. A ini­cia­ti­va inte­gra o Pro­gra­ma Funarte de Toda Gente.

Na tem­po­ra­da de 2020, foram real­iza­dos dez con­cer­tos. Na atu­al tem­po­ra­da, Car­doso pre­tende ultra­pas­sar esse número. A ideia é lançar uma peça a cada 15 dias. O coor­de­nador ressaltou, entre­tan­to, que isso depende da entre­ga das obras pelos com­pos­i­tores e das gravações, que não são feitas somente com a Orques­tra da UFRJ, mas com orques­tras brasileiras de out­ras insti­tu­ições. “Depende muito da agen­da das orques­tras a quan­ti­dade de con­cer­tos que a gente pro­duz”.

O mae­stro infor­mou que as músi­cas são encomen­dadas aos com­pos­i­tores e as par­ti­turas ficam disponíveis no site do Sinos para orques­tras jovens nacionais, porque são com­posições escritas com deter­mi­na­dos parâmet­ros téc­ni­cos que definem o nív­el de difi­cul­dade da peça. “Você tem peças para alunos ini­ciantes até alunos bem adi­anta­dos. Há peças para todos os níveis”. Como são com­posições inédi­tas, a par­ti­tu­ra é colo­ca­da no site jun­to com uma gravação de excelên­cia pro­duzi­da na série Sinos.

O coor­de­nador André Car­doso expli­cou que não se tra­ta ape­nas de peças encomen­dadas, mas do repertório históri­co brasileiro. “Peças que a gente está tiran­do das gave­tas, das bib­liote­cas, dos arquiv­os, pouquís­si­mo con­heci­das da maio­r­ia dos regentes das orques­tras, e trazen­do de vol­ta para o repertório e gra­van­do tam­bém. No ano pas­sa­do, a gente gravou peças de Fran­cis­co Bra­ga, Guer­ra Peixe. Neste ano, grava­mos do Glau­co Velazquez, José Siqueira. Vamos gravar Home­ro de Sá Bar­reto, uma série de peças que estão ain­da em man­u­scrito. A gente prepara uma edição e faz a gravação”.

As par­ti­turas fazem parte do Repertório Sinos, que abrange obras des­de o sécu­lo 18 até os com­pos­i­tores con­tem­porâ­neos mais jovens, aos quais estão sendo encomen­dadas músi­cas. “Ou seja, cobre aí três sécu­los de pro­dução musi­cal brasileira”, afir­mou Car­doso, que é pro­fes­sor de regên­cia da Esco­la de Músi­ca da UFRJ.

Capacitação

O Sinos é uma rede com­pos­ta por dezenas de profis­sion­ais de músi­ca, que atu­ará em cur­sos, ofic­i­nas, con­cer­tos e fes­ti­vais, durante o ano de 2021. As ativi­dades são dadas no for­ma­to online e, quan­do for pos­sív­el, se esten­derão a ações pres­en­ci­ais, em todas as regiões do país. A ideia é capac­i­tar regentes, instru­men­tis­tas, com­pos­i­tores e edu­cadores musi­cais, apoian­do pro­je­tos soci­ais de músi­ca, além de con­tribuir para o desen­volvi­men­to das orques­tras-esco­la de todo o Brasil.

Todas as ações disponibi­izadas são gra­tu­itas, medi­ante inscrição. Oito lin­has de ação estão pre­vis­tas. A primeira é ped­a­gogia para cor­das, abrangen­do o Cur­so de Capac­i­tação Pedagóg­i­ca para o Ensi­no dos Instru­men­tos de Cor­das, dire­ciona­do para pro­fes­sores e mon­i­tores de pro­je­tos soci­ais de todo o país. É com­pos­to por 16 módu­los de vídeo ofic­i­nas, sobre temas como pos­tu­ra, afi­nação e musi­cal­i­dade, apli­cadas à práti­ca de vio­li­no, vio­la, vio­lon­ce­lo e con­tra­baixo.

Já o Pro­je­to Espi­ral visa a capac­i­tação instru­men­tal de jovens músi­cos e ban­das de pro­je­tos soci­ais de todo o Brasil. Ao todo, 40 pro­fes­sores dis­tribuem-se entre 22 cur­sos livres, com­pos­tos, cada um, por 20 vídeos, com duração de oito a dez min­u­tos, des­ti­na­dos a diver­sos instru­men­tos dos gru­pos de cor­das, metais, madeiras e per­cussão. Estão incluí­dos ain­da temas como músi­ca de câmara, teo­ria musi­cal, história da músi­ca e reparo e manutenção de instru­men­tos de sopro e de cor­das.

O Pro­je­to Orques­tra, por sua vez, pre­vê ativi­dades pres­en­ci­ais. Estão plane­jadas ofic­i­nas de capac­i­tação inten­si­va de uma sem­ana para jovens instru­men­tis­tas, que par­tic­i­parão de uma roti­na diária, com ensaios gerais e de naipe, além de palestras e mas­ter­class­es com alguns dos músi­cos profis­sion­ais mais con­heci­dos do Brasil. A ideia é for­mar uma sin­fôni­ca lab­o­ratório e preparar dois con­cer­tos. Estão pre­vis­tas ações nas cap­i­tais dos esta­dos do Pará, Minas Gerais, Paraí­ba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Bahia, e em Brasília.

A ver­tente Sinos e Orques­tra, por sua vez, reúne jovens músi­cos de orques­tras de pro­je­tos soci­ais de todo o Brasil com instru­men­tis­tas profis­sion­ais. As apre­sen­tações con­ju­garão par­tic­i­pações iso­ladas de cada músi­co e serão reg­istradas em vídeos, com exe­cuções de peças orques­trais de com­pos­i­tores brasileiros, em for­mações de orques­tras sin­fôni­cas, de cor­das e de sopros.

Na Acad­e­mia de Regên­cia, serão con­tem­pla­dos jovens regentes das orques­tras de pro­je­tos soci­ais, que têm difi­cul­dade de aces­so a con­teú­do didáti­co e a pro­fes­sores, em sua grande maio­r­ia. A ação começa com vídeo ofic­i­nas sobre temas intro­dutórios da regên­cia, a par­tir de obras inédi­tas, encomen­dadas a 30 com­pos­i­tores de todo o país.

A Acad­e­mia de Ópera é uma ação pedagóg­i­ca que pro­move a reunião, em vídeo ofic­i­nas, de regentes, can­tores, dire­tores e demais profis­sion­ais da ópera. O obje­ti­vo é colab­o­rar para a imple­men­tação de núcleos desse gênero musi­cal nos pro­je­tos soci­ais que já ten­ham uma orques­tra con­sol­i­da­da; e que ten­ham poten­cial de ampli­ação de suas ativi­dades musi­cais.

Out­ra ini­cia­ti­va é a orquestra/instituição par­ceira, que visa o com­par­til­hamen­to de pro­ced­i­men­tos pedagógi­cos com orques­tras jovens, pro­je­tos soci­ais e insti­tu­ições educa­ti­vas e cul­tur­ais, gov­er­na­men­tais, ou do ter­ceiro setor, capac­i­tan­do-as para ativi­dades como a pro­dução de espetácu­los, por exem­p­lo.

No item rel­a­ti­vo a fes­ti­vais de músi­ca, o foco do pro­je­to e dar apoio a fes­ti­vais que sejam recon­heci­da­mente rel­e­vantes. Essa ação pre­vê a con­tratação de pro­fes­sores para ofic­i­nas e mas­ter­class­es para alunos de instru­men­tos e de regên­cia, ao lon­go de 2021.

Suporte

Duas fer­ra­men­tas dão suporte às ações desen­volvi­das. Uma englo­ba lives (trans­mis­sões ao vivo pela inter­net) no for­ma­to inter­a­ti­vo, na qual pro­fes­sores, músi­cos e profis­sion­ais da área vão inter­a­gir com alunos das mais difer­entes regiões do país, tratan­do de temas rela­ciona­dos às ofic­i­nas e de atu­al­i­dades da profis­são.

Estão pre­vis­tas tam­bém entre­vis­tas e mesas redondas. A segun­da fer­ra­men­ta con­siste na pub­li­cação de cader­nos pedagógi­cos, apos­ti­las e par­ti­turas; e de um per­iódi­co, des­ti­na­do ao uni­ver­so das orques­tras do Brasil, sejam profis­sion­ais ou acadêmi­cas, sejam for­mações jovens ou de pro­je­tos soci­ais.

O obje­ti­vo é ofer­e­cer apoio pedagógi­co, teóri­co e práti­co, ao tra­bal­ho de orga­ni­za­ções soci­ais, insti­tu­ições de ensi­no e orques­tras do país. As infor­mações são da asses­so­ria do Pro­je­to Sinos. As infor­mações são da asses­so­ria do pro­je­to.

Edição: Maria Clau­dia

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