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Confira a defesa dos indiciados no inquérito do golpe de Estado

Polícia Federal indiciou 37 pessoas

Agên­cia Brasil*
Pub­li­ca­do em 21/11/2024 — 17:13
Brasília
Repro­dução: Agên­cia Brasil / EBC

A Polí­cia Fed­er­al (PF) con­cluiu nes­ta quin­ta-feira (21) o inquéri­to que apu­ra a existên­cia de uma orga­ni­za­ção crim­i­nosa acu­sa­da de atu­ar coor­de­nada­mente na ten­ta­ti­va de um golpe de Esta­do, para evi­tar que o então pres­i­dente eleito, Luiz Iná­cio Lula da Sil­va, e seu vice, Ger­al­do Alck­min, assumis­sem o gov­er­no. No total, 37 pes­soas foram indi­ci­adas pelos crimes de abolição vio­len­ta do Esta­do Democráti­co de Dire­ito, golpe de Esta­do e orga­ni­za­ção crim­i­nosa.

O relatório final das inves­ti­gações foi envi­a­do ao Supre­mo Tri­bunal Fed­er­al (STF). A Agên­cia Brasil ten­ta con­ta­to com as defe­sas dos indi­ci­a­dos.

» Veja abaixo a defesa dos indiciados:

Jair Bolsonaro

Após ser indi­ci­a­do pela Polí­cia Fed­er­al (PF), o ex-pres­i­dente Jair Bol­sonaro pub­li­cou em sua con­ta na rede social X, nes­ta quin­ta-feira (21), tre­chos de sua entre­vista ao por­tal de notí­cias Metrópoles. Na reportagem, ele infor­ma que irá esper­ar o seu advo­ga­do para avaliar o indi­ci­a­men­to. Bol­sonaro tam­bém criti­cou o min­istro Alexan­dre de Moraes, rela­tor do proces­so no Supre­mo Tri­bunal Fed­er­al (STF). “O min­istro Alexan­dre de Moraes con­duz todo o inquéri­to, ajus­ta depoi­men­tos, prende sem denún­cia, faz pesca pro­batória e tem uma asses­so­ria bas­tante cria­ti­va. Faz tudo o que não diz a lei”, disse.

Walter Souza Braga Netto

A defe­sa do gen­er­al e ex-min­istro da Casa Civ­il e da Defe­sa Wal­ter Souza Bra­ga Net­to “desta­ca e repu­dia vee­mente­mente, e des­de logo, a inde­v­i­da difusão de infor­mações rel­a­ti­vas a inquéri­tos, con­ce­di­das ‘em primeira mão’ a deter­mi­na­dos veícu­los de impren­sa em detri­men­to do dev­i­do aces­so às partes dire­ta­mente envolvi­das e inter­es­sadas. Assim, a Defe­sa aguardará o rece­bi­men­to ofi­cial dos ele­men­tos infor­ma­tivos para ado­tar um posi­ciona­men­to for­mal e fun­da­men­ta­do”, diz nota divul­ga­da pelos advo­ga­dos do escritório Pra­ta Advo­ca­cia.

Augusto Heleno

A defe­sa do ex-min­istro do Gabi­nete de Segu­rança Insti­tu­cional (GSI), Augus­to Heleno, disse que não irá se man­i­fes­tar.

Alexandre Ramagem

A defe­sa de  Alexan­dre Ram­agem, ex-dire­tor da Agên­cia Brasileira de Infor­mações (Abin), infor­mou que não irá emi­tir nota a respeito do indi­ci­a­men­to.

Anderson Torres

A defe­sa do ex-min­istro da Justiça Ander­son Tor­res somente irá se posi­cionar após ter aces­so ao relatório de indi­ci­a­men­to.

Almir Garnier

“Em relação ao indi­ci­a­men­to do Almi­rante Almir Gar­nier, a defe­sa reit­era a inocên­cia do inves­ti­ga­do, esclare­cen­do que ain­da não teve aces­so inte­gral aos autos”, afir­ma nota do advo­ga­do Demóstenes Tor­res, envi­a­da à impren­sa.

Cleverson Ney Magalhães

Em relação ao indi­ci­a­men­to, a defe­sa se man­i­fes­tará no cur­so da instrução proces­su­al.

Amauri Feres Saad

Defe­sa não quis se pro­nun­ciar porque “ain­da não teve aces­so ao relatório da Polí­cia Fed­er­al.”

Angelo Martins Denicoli

O advo­ga­do disse à reportagem que “pref­ere se man­i­fes­tar nos autos”, e que não teve aces­so ao relatório.

Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho

Em declar­ação, Paulo Rena­to de Oliveira Figueire­do Fil­ho afir­mou que não esteve no Brasil em 2022, “con­duzin­do todo o meu tra­bal­ho jor­nalís­ti­co dos Esta­dos Unidos, onde resi­do há quase uma déca­da”. “Devo diz­er que estou hon­ra­do. Enten­do esta acusação como parte de uma cam­pan­ha de intim­i­dação da GESTAPO de Moraes para silen­ciar a mim e meus esforços para con­sci­en­ti­zar o públi­co e o gov­er­no amer­i­canos sobre a con­tínua desci­da do Brasil à ditadu­ra, que está cada vez mais se alin­han­do com a Chi­na. Que fique claro: não respon­do à intim­i­dação, nem recuarei em exercer min­has liber­dades dadas por Deus. Estou con­fi­ante de que, sob uma nova admin­is­tração que val­oriza a liber­dade, os Esta­dos Unidos verão ess­es acon­tec­i­men­tos com a seriedade que mere­cem”, disse na nota.

Tércio Arnaud Tomaz

Em nota à impren­sa, o advo­ga­do Luiz Eduar­do Kuntz infor­mou que tomou con­hec­i­men­to do indi­ci­a­men­to do cliente Tér­cio Arnaud Tomaz, “emb­o­ra tal medi­da fos­se esper­a­da no atu­al está­gio das apu­rações, a defe­sa dis­cor­da vee­mente­mente do indi­ci­a­men­to, pois entende que ele não se sus­ten­ta diante da ausên­cia de qual­quer ele­men­to con­cre­to que vin­cule o Sr. Tér­cio Arnaud Tomaz às con­du­tas inves­ti­gadas”. “Con­fi­amos que o rep­re­sen­tante do Min­istério Públi­co, em sua atu­ação isen­ta, téc­ni­ca e guia­da pela bus­ca da ver­dade, recon­hecerá a neces­si­dade de diligên­cias com­ple­mentares para esclare­cer inte­gral­mente os fatos, o que evi­tará a proposi­tu­ra de denún­cia basea­da em ele­men­tos insu­fi­cientes ou espec­u­la­tivos. Reafir­mamos nos­so com­pro­mis­so com a ver­dade e com o pleno respeito ao dev­i­do proces­so legal, cer­tos de que a inocên­cia do Sr. TÉRCIO ARNAUD TOMAZ será dev­i­da­mente recon­heci­da no cur­so das apu­rações”, diz a nota.

Marcelo Costa Câmara

O advo­ga­do Kuntz tam­bém defende o coro­nel Marce­lo Cos­ta Câmara. Em nota à impren­sa, o defen­sor nega ele­men­tos para o indi­ci­a­men­to do coro­nel e con­fia em “atu­ação isen­ta, téc­ni­ca e guia­da pela bus­ca da ver­dade” do Min­istério Públi­co. “Reafir­mamos nos­so com­pro­mis­so com a ver­dade e com o pleno respeito ao dev­i­do proces­so legal, cer­tos de que a inocên­cia do Cel. MARCELO COSTA CÂMARA será dev­i­da­mente recon­heci­da no cur­so das apu­rações”, diz a nota.

José Eduardo de Oliveira e Silva

Em respos­ta à reportagem, a defe­sa do padre José Eduar­do de Oliveira e Sil­va criti­cou a divul­gação dos nomes dos indi­ci­a­dos e disse que o padre prestou depoi­men­to à Polí­cia Fed­er­al há sete dias. A defe­sa ain­da infor­mou não ter tido aces­so ao relatório final das inves­ti­gações.

“Menos de 7 dias depois de dar depoi­men­to à Polí­cia Fed­er­al, meu cliente vê seu nome estam­pa­do pela Polí­cia Fed­er­al como um dos indi­ci­a­dos pelos inves­ti­gadores. Os mes­mos inves­ti­gadores não se fur­taram em romper a lei e trata­do inter­na­cional ao vas­cul­har con­ver­sas e direções espir­i­tu­ais que pos­suem garan­tia de sig­i­lo e foram real­izadas pelo padre. Quem deu autor­iza­ção à Polí­cia Fed­er­al de romper o sig­i­lo das inves­ti­gações? Até onde se sabe, o min­istro Alexan­dre de Moraes decre­tou sig­i­lo abso­lu­to. Não há qual­quer decisão do mag­istra­do até o momen­to rompen­do tal deter­mi­nação.
A nota da Polí­cia Fed­er­al com a lista de indi­ci­a­dos é mais um abu­so real­iza­do pelos respon­sáveis da inves­ti­gação e, ten­do pub­li­ca­do no site ofi­cial do órgão poli­cial, con­t­a­m­i­na toda insti­tu­ição e a tor­na respon­sáv­el pela que­bra da deter­mi­nação do min­istro. Aguardamos o aces­so ao relatório”, diz o advo­ga­do Miguel Vidi­gal, que rep­re­sen­ta José Eduar­do Sil­va.

* Colab­o­raram Sab­ri­na Craide e Gilber­to Cos­ta, da Agên­cia Brasil; TV Brasil e Rádio Nacional

* Em atu­al­iza­ção

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