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Congresso Mulheres de Favelas e Periferias discute políticas públicas

Repro­dução: © Rove­na Rosa/Agência Brasil

Encontro faz reflexão sobre protagonismo feminino nas comunidades


Pub­li­ca­do em 12/05/2023 — 09:02 Por Alana Gan­dra — Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

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Começa nes­ta sex­ta-feira (12) o 1º Con­gres­so Mul­heres de Fave­las e Per­ife­rias (CMFP 2023), ini­cia­ti­va do cole­ti­vo de mul­heres morado­ras ness­es ter­ritórios no esta­do do Rio. O even­to será real­iza­do no Cen­tro Cul­tur­al do Serviço Social do Comér­cio (Sesc), na Bar­ra da Tiju­ca, zona oeste da cidade, das 9h às 14h, e prosseguirá até aman­hã (13), no mes­mo horário, com apoio do Metrô Rio.

A coor­de­nado­ra exec­u­ti­va, Iara Oliveira, infor­mou que o con­gres­so tem o obje­ti­vo de faz­er uma reflexão sobre o pro­tag­o­nis­mo fem­i­ni­no nas comu­nidades car­i­o­cas. O even­to foi pre­ce­di­do de cin­co pré pré-encon­tros que reuni­ram mul­heres de local­i­dades da cap­i­tal flu­mi­nense e de out­ros municí­pios, diante da con­statação de que as políti­cas soci­ais nas fave­las retro­ced­er­am nos últi­mos qua­tro anos e que os movi­men­tos soci­ais den­tro dess­es ter­ritórios enfraque­ce­r­am.

“A gente começou a enten­der que pre­cisa­va se reunir para pro­por políti­cas públi­cas ao novo gov­er­no, que vê a políti­ca social com out­ros olhos, dire­ciona­da a mul­heres de fave­las e per­ife­rias”, disse Iara. Foi cri­a­do um grupo de what­sapp que chegou a reunir 170 mul­heres de 75 local­i­dades do Rio de Janeiro e de fora da cidade. Segun­do ela, os pré-encon­tros nas local­i­dades foram necessários. “A gente acred­i­ta que desen­volvi­men­to local ocorre de den­tro para fora”. O últi­mo pré-encon­tro foi feito no últi­mo dia 29 de abril.

Durante os even­tos que ante­ced­er­am o con­gres­so, foram debati­das questões como mel­ho­ria da qual­i­dade de vida nos ter­ritórios, mobil­i­dade, trans­portes, saúde, edu­cação, defi­ciên­cias para atendi­men­to das mul­heres e suas famílias nas local­i­dades, vio­lên­cia, justiça, esporte, entre out­ras. Cada grupo dis­cu­tiu temáti­cas rela­cionadas à sua área.

Demandas

Durante o Con­gres­so Mul­heres de Fave­las e Per­ife­ria, será cri­a­da uma comis­são de mul­heres que apre­sen­tará as deman­das con­jun­tas. Um dos­siê vai ser encam­in­hado a par­la­mentares, em duas mesas-redondas. Nes­ta sex­ta-feira (12), a pro­gra­mação pre­vê a par­tic­i­pação da dep­uta­da fed­er­al Benedi­ta da Sil­va (PT-RJ), da secretária munic­i­pal de Meio Ambi­ente e Cli­ma, Tainá de Paula, e da secretária munic­i­pal de Políti­ca e Pro­moção da Mul­her, Joyce Trindade. Neste sába­do (13), está pre­vista a pre­sença da dep­uta­da estad­ual Rena­ta da Sil­va Souza (PSOL Rio) e da vereado­ra Mon­i­ca Cun­ha (PSOL Rio).

A Comis­são de Mul­heres pre­tende reivin­dicar dire­itos jun­to ao Poder Públi­co, medi­ante diál­o­go com rep­re­sen­tantes dos poderes estad­ual, munic­i­pal e fed­er­al. “Assim, pre­tendemos ser inspi­ração e refer­ên­cia para a diver­si­dade de mul­heres que somos: ado­les­centes, jovens, adul­tas, idosas, negras, bran­cas, indí­ge­nas, LGBTQIA+, para que elas saibam que a luta cole­ti­va é um instru­men­to de poder para o nos­so seg­men­to social. Pre­cisamos acred­i­tar nis­so”.

O cole­ti­vo defende a movi­men­tação das mul­heres de fave­las e per­ife­ria em bus­ca de dire­itos que, afir­mam, sem­pre foram con­fli­tantes e opos­tos “aos que acu­mu­la­ram e detêm os priv­ilé­gios na sociedade”. Em doc­u­men­to divul­ga­do pela orga­ni­za­ção, o cole­ti­vo esclarece que, em razão da desigual­dade exis­tente, “não dá para unir a nos­sa luta ao das fem­i­nistas bran­cas de out­ras cat­e­go­rias que não sejam as nos­sas, mul­heres negras e bran­cas pobres, do final do sécu­lo 20 e do sécu­lo 21”. A final­i­dade do Con­gres­so Mul­heres de Fave­las e Per­ife­rias é com­bat­er a questão racial e de classe social.

Edição: Graça Adju­to

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