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Conheça o sistema de correção do Enem

Entrada dos candidatos para o primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro(UERJ), na zona norte do Rio.
© Tânia Rêgo/Agência Brasil (Repro­dução)

Professores dão dicas de como se sair bem no 2º dia de provas


Pub­li­ca­do em 18/01/2021 — 06:20 Por Mar­i­ana Tokar­nia — Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

O Exame Nacional do Ensi­no Médio (Enem) uti­liza um sis­tema de cor­reção chama­do teo­ria de respos­ta ao item (TRI). Mes­mo com o gabar­i­to em mãos, não é pos­sív­el saber a pon­tu­ação final do exame. O sis­tema, con­heci­do como um méto­do “antichute”, pode ser usa­do a favor dos estu­dantes, prin­ci­pal­mente nas provas de exatas, que serão apli­cadas no próx­i­mo domin­go (24). Pro­fes­sores entre­vis­ta­dos pela Agên­cia Brasil dão algu­mas dicas de como se sair bem no segun­do dia de apli­cação do Enem. 

“A dica ger­al é que acer­tar as questões fáceis dá mais pon­tos para o estu­dante. Como ele pode lidar com isso? Focan­do em acer­tar as questões fáceis. Na práti­ca, na hora da pro­va, isso sig­nifi­ca pular as questões difí­ceis. O Enem é uma pro­va que tem muitas questões e pouco tem­po para resolver cada questão. Então, se perder muito tem­po em uma questão difí­cil, isso não vai dar muito pon­to no final e não vai valer tan­to a pena”, expli­ca o dire­tor de ensi­no do cursin­ho online Me Sal­va!, André Cor­leta.

Nesse domin­go (17), os estu­dantes fiz­er­am as provas de lin­gua­gens, ciên­cias humanas e redação. No próx­i­mo, resolverão, em cin­co horas, as questões de ciên­cias da natureza e de matemáti­ca. Ambas provas obje­ti­vas, de múlti­pla escol­ha. Cada uma com 45 questões.

As questões do Enem são escol­hi­das a par­tir de um ban­co de questões do Insti­tu­to Nacional de Estu­dos e Pesquisas Edu­ca­cionais Aní­sio Teix­eira (Inep), que é fre­quente­mente abaste­ci­do com novas questões. Cada questão é tes­ta­da ante­ci­pada­mente com um grupo de estu­dantes e clas­si­fi­ca­da de acor­do com a difi­cul­dade. Por causa dis­so, é pos­sív­el com­por várias provas do Enem,com questões difer­entes, mas com o mes­mo nív­el de difi­cul­dade.

Na hora da cor­reção, segun­do o pro­fes­sor de físi­ca do pré-vestibu­lar online Descom­pli­ca Rafael Vilaça, o TRI vai levar em con­sid­er­ação a coerên­cia da pro­va, ou seja, é esper­a­do que um estu­dante que acerte questões muito difí­ceis, acerte tam­bém as muito fáceis. Se isso não acon­te­cer, o sis­tema pode enten­der que ele chutou a questão e, por isso, ele pon­tu­ará menos nes­sa questão do que estu­dantes que ten­ham man­ti­do cer­ta coerên­cia esper­a­da. “A primeira dica é, então, iden­ti­ficar as questões fáceis de cada dis­ci­plina”, diz Vilaça.

“Essa metodolo­gia fun­ciona muito bem quan­do se tem essa difer­en­ci­ação entre questões fáceis e difí­ceis explíci­ta. Isso acon­tece mais no segun­do dia de pro­va, quan­do se tem matemáti­ca e ciên­cias da natureza. Entre as humanidades [no primeiro dia de pro­va] é mais difí­cil”, com­ple­men­ta Cor­leta. Questões que deman­dam muitos cál­cu­los e oper­ações com­plexas são, geral­mente, mais difí­ceis.

Vilaça ori­en­ta os estu­dantes a, caso não saibam uma questão, pular para out­ra. No fim da pro­va, se sobrar tem­po, o estu­dante deve voltar nes­sas questões e ten­tar resolvê-las. “Sem­pre estim­u­lo os alunos a ten­tar faz­er as questões teóri­c­as, não que sejam mais fáceis mas lev­am menos tem­po e fazem com que se garan­ta as questões fáceis e teóri­c­as e, tam­bém, uma coerên­cia na pro­va”, diz.

Para o pro­fes­sor, nen­hu­ma questão deve ser deix­a­da em bran­co. Em últi­mo caso, o estu­dante deve chutar. “O chute é sem­pre mel­hor que deixar em bran­co. Nun­ca deixe. Porque mes­mo que não este­ja tão coer­ente a pro­va pelo fato de ter chuta­do a questão, se chutar e tiv­er a sorte de acer­tar, isso não sig­nifi­ca que perderá pon­to, mas que a questão valerá menos. Se deixar em bran­co, é zero”.

Enem 2020

Ao todo, cer­ca de 5,8 mil­hões de estu­dantes estão inscritos no exame. O Enem 2020 terá uma ver­são impres­sa, que começou a ser apli­ca­da no últi­mo domin­go (17) e segue no próx­i­mo fim de sem­ana, no dia 24 de janeiro, e uma dig­i­tal, real­iza­da de for­ma pilo­to para 96 mil can­didatos, nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro.

As medi­das de segu­rança ado­tadas em relação à pan­demia do novo coro­n­avírus serão as mes­mas tan­to no Enem impres­so quan­to no dig­i­tal. Haverá, por exem­p­lo, um número reduzi­do de estu­dantes por sala, para garan­tir o dis­tan­ci­a­men­to entre os par­tic­i­pantes. Durante todo o tem­po de real­iza­ção da pro­va, os can­didatos estarão obri­ga­dos a usar más­caras de pro­teção da for­ma cor­re­ta, tapan­do o nar­iz e a boca, sob pena de serem elim­i­na­dos do exame. Além dis­so, o álcool em gel estará disponív­el em todos os locais de apli­cação.

Quem for diag­nos­ti­ca­do com covid-19, ou apre­sen­tar sin­tomas dessa ou de out­ras doenças infec­to­con­ta­giosas até a data do exame, não dev­erá com­pare­cer ao local de pro­va e sim entrar em con­ta­to com o Inep pela Pági­na do Par­tic­i­pante, ou pelo tele­fone 0800–616161, e terá dire­ito a faz­er a pro­va na data de reapli­cação do Enem, nos dias 23 e 24 de fevereiro.

Edição: Graça Adju­to

Agên­cia Brasil / EBC


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