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Consumidores podem fazer descarte correto de lâmpadas usadas

Lâmpadas incandescentes devem ser retiradas do mercado brasileiro até 2016 (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Repro­dução: © Mar­cel­lo Casal jr/Agência Brasil

Descarte pode ser feito em pontos comerciais de recolhimento


Pub­li­ca­do em 04/06/2021 — 09:25 Por Alana Gan­dra — Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

O descarte incor­re­to de lâm­padas usadas pelos con­sum­i­dores nos domicílios pode provo­car prob­le­mas ao meio ambi­ente e à saúde. Para evi­tar isso isso, des­de 2017 a Asso­ci­ação Brasileira para a Gestão da Logís­ti­ca Rever­sa (Reci­clus) vem insta­lan­do pos­tos para recol­hi­men­to gra­tu­ito das lâm­padas em esta­b­elec­i­men­tos com­er­ci­ais.

No final do ano pas­sa­do, a enti­dade começou a atu­ar tam­bém em con­jun­to com con­domínios res­i­den­ci­ais e instalou pon­tos de descarte em con­domínios de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Per­nam­bu­co.

Até ago­ra foram insta­l­a­dos 2.586 pon­tos com­er­ci­ais de recol­hi­men­to de lâm­padas no país, que são o prin­ci­pal foco do pro­gra­ma Reci­clus, que atua em 728 cidades, onde as pes­soas podem deposi­tar suas lâm­padas queimadas. Ago­ra, a meta é levar o pro­gra­ma para os con­domínios.

””A cidade do Rio de Janeiro está se mostran­do super aber­ta a essa nova ver­tente, que começará pelas cap­i­tais e grandes metrópoles. Vamos expandin­do para municí­pios menores”, disse  o anal­ista de Sus­tentabil­i­dade da Reci­clus, Gabriel Mon­ti, entre­vista à Agên­cia Brasil.

No esta­do do Rio de Janeiro, a Reci­clus tem 260 pon­tos de entre­ga de lâm­padas, com expec­ta­ti­va de colo­car muito mais. “É muito dinâmi­co. Todo mês, temos novas adesões”. Gabriel Mon­ti disse ter sen­ti­do muito enga­ja­men­to por parte do Min­istério Públi­co no esta­do. Ele expli­cou que, na ver­dade, o pro­gra­ma é volta­do para o descarte exclu­si­vo de lâm­padas que con­têm mer­cúrio.

O met­al é con­sid­er­a­do alta­mente tóx­i­co e oca­siona poluição ao meio ambi­ente, afe­tan­do dire­ta­mente água, ar e solo, com impli­cações na saúde humana. Ao ingerir ou inspi­rar o met­al, a pes­soa pode desen­volver tox­i­dade nos rins, sis­tema ner­voso e sis­tema car­dio­vas­cu­lar. “Mas, pelo fato de ser volta­do para o descarte de con­sumo domés­ti­co, muitas vezes não há essa difer­en­ci­ação.”

Do total recol­hi­do, entre 80% e 90% são lâm­padas flu­o­res­centes de mer­cúrio, e o restante são lâm­padas LED e incan­des­centes. “A gente aca­ba recol­hen­do, dessa for­ma, prati­ca­mente todos os tipos.”

Milhões de lâmpadas

Des­de 2017 até ago­ra, já foram recol­hi­dos mais de 16 mil­hões de lâm­padas. O rank­ing dos maiores descar­ta­dores é lid­er­a­do pelo Paraná, em um total de 685,42 toneladas recol­hi­das ou o equiv­a­lente a 4,694 mil­hões de unidades.

Em segui­da, apare­cem São Paulo, com 638,4 toneladas (4,372 mil­hões de unidades), e San­ta Cata­ri­na, com 361,79 toneladas (2,478 mil­hões de lâm­padas). O esta­do do Rio de Janeiro vem na déci­ma-primeira posição, com 18,5 toneladas e 126,99 mil lâm­padas pós-uso descar­tadas. O últi­mo colo­ca­do é o Acre, com 366 qui­los recol­hi­dos, que cor­re­spon­dem a 2,507 mil unidades.

A cole­ta e a des­ti­nação ambi­en­tal­mente cor­re­ta dess­es resí­du­os cumpre deter­mi­nação de acor­do seto­r­i­al, que é um instru­men­tos estip­u­la­do na Políti­ca Nacional de Resí­du­os Sóli­dos, de 2010, e fir­ma­do para cor­rob­o­rar respon­s­abil­i­dade com­par­til­ha­da do ciclo de vida do pro­du­to.

“Ou seja, é um con­tra­to que envolve a orga­ni­za­ção seto­r­i­al do empre­sari­a­do; o Poder Públi­co, no caso o Min­istério do Meio ambi­ente; e, muitas vezes, a Con­fed­er­ação Nacional do Comér­cio. Esse con­tra­to obje­ti­va a cri­ação de uma enti­dade gesto­ra para via­bi­lizar um sis­tema de logís­ti­ca diver­sa”, infor­mou o anal­ista.

O foco do pro­gra­ma são lâm­padas de uso domés­ti­co dos tipos flu­o­res­centes com­pactas e tubu­lares; de vapor de mer­cúrio, sódio ou metáli­co; e de luz mista. Não há lim­ite nem cus­to para o descarte, des­de que seja real­iza­do por con­sum­i­dor domés­ti­co. Para saber o pon­to de cole­ta mais próx­i­mo de sua residên­cia, acesse o site.

A implan­tação dos pon­tos de cole­ta segue critérios téc­ni­cos indi­ca­dos no acor­do seto­r­i­al, entre os quais número de habi­tantes, área urbana, den­si­dade pop­u­la­cional, domicílios com ener­gia elétri­ca, poder aquis­i­ti­vo, infraestru­tu­ra viária e aces­si­bil­i­dade.

Gabriel Mon­ti ressaltou que quan­do se descar­ta cor­re­ta­mente uma lâm­pa­da, a pes­soa está con­tribuin­do para que a Reci­clus pos­sa retornar seus com­po­nentes para o setor pro­du­ti­vo como matéria-pri­ma ou insumo, não sendo necessária a extração de novos recur­sos nat­u­rais.

Edição: Maria Clau­dia

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