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Corregedoria prende PM suspeito de executar delator em aeroporto de SP

Operação cumpre 15 mandados de prisão e sete de busca e apreensão

Cami­la Boehm — Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 16/01/2025 — 10:15
São Paulo
São Paulo (SP) 21/02/2024 - Neste ano, até o último dia 17 de fevereiro, 86 pessoas foram mortas por policiais militares em serviço em todo o estado. Dessas, 15 mortes foram em Santos, 14 em Guarujá, sete em Cubatão e nove em São Vicente, duas em Praia Grande, chegando a 47 mortes em municípios da Baixada Santista. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Repro­dução: © Paulo Pinto/Agência Brasil

​A Cor­rege­do­ria da Polí­cia Mil­i­tar de São Paulo pren­deu, nes­ta quin­ta-feira (16), o poli­cial mil­i­tar iden­ti­fi­ca­do como autor dos dis­paros que mataram o dela­tor Viní­cius Lopes Gritzbach. Ele foi assas­si­na­do no Aero­por­to Inter­na­cional de São Paulo, em Guarul­hos, no dia 8 de novem­bro do ano pas­sa­do.

A prisão faz parte de oper­ação deflagra­da nes­ta man­hã pelo órgão com obje­ti­vo de cumprir um total de 15 man­da­dos de prisão e sete de bus­ca e apreen­são con­tra poli­ci­ais mil­itares sus­peitos de estarem envolvi­dos com uma orga­ni­za­ção crim­i­nosa. Os man­da­dos são cumpri­dos em endereços da cap­i­tal e Grande São Paulo.

A ação, denom­i­na­da Prodotes, con­ta com a par­tic­i­pação da força-tare­fa insti­tuí­da pela Sec­re­taria da Segu­rança Públi­ca de São Paulo (SSP), que bus­ca iden­ti­ficar out­ros envolvi­dos e even­tu­ais man­dantes do crime.

Vazamentos

De acor­do com a Sec­re­taria de Segu­rança Públi­ca (SSP), a inves­ti­gação começou em março do ano pas­sa­do, quan­do a cor­rege­do­ria rece­beu uma denún­cia sobre vaza­men­tos de infor­mações sig­ilosas que favore­ci­am crim­i­nosos lig­a­dos à facção.

A apu­ração evoluiu para um inquéri­to poli­cial mil­i­tar, instau­ra­do sete meses depois. Após as inves­ti­gações, a Cor­rege­do­ria con­seguiu, jun­to à Justiça, a expe­dição dos man­da­dos.

Segun­do a SSP, mil­itares da ati­va, da reser­va e ex-inte­grantes da insti­tu­ição favore­ci­am mem­bros da orga­ni­za­ção crim­i­nosa, evi­tan­do prisões ou pre­juí­zos finan­ceiros. Entre os ben­e­fi­ci­a­dos pelo esque­ma estavam líderes da facção e até mes­mo pes­soas procu­radas pela Justiça. Os poli­ci­ais prestavam tam­bém escol­ta para crim­i­nosos, como era o caso de Gritzbach.

Assassinato no aeroporto

Viní­cius Lopes Gritzbach fez um acor­do de delação com o Min­istério Públi­co (MP) do Esta­do de São Paulo em março de 2024. O con­teú­do da delação é sig­iloso, mas, no últi­mo mês de out­ubro, o MP encam­in­hou à Cor­rege­do­ria da Polí­cia tre­chos do doc­u­men­to, em que o dela­tor denun­cia poli­ci­ais civis por extorsão. Em 31 de out­ubro ele foi ouvi­do na Cor­rege­do­ria, oito dias antes de ser mor­to.

Gritzbach tam­bém dela­tou um esque­ma de lavagem de din­heiro uti­liza­do pelo grupo crim­i­noso PCC.

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