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Covid-19: 98,6% dos municípios adotaram isolamento social em 2020

Repro­dução: © Fer­nan­do Frazão/Agência Brasil

Em 88,8% das cidades houve mortes pela doença no ano passado


Pub­li­ca­do em 10/11/2021 — 10:02 Por Ana Cristi­na Cam­pos – Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

No ano pas­sa­do, 98,6% (ou 5.393) das prefeituras que respon­der­am à Pesquisa de Infor­mações Bási­cas Munic­i­pais (Munic) 2020, divul­ga­da hoje (10) pelo Insti­tu­to Brasileiro de Geografia e Pesquisa (IBGE), ado­taram algu­ma medi­da de iso­la­men­to social por causa da pan­demia de covid-19. Em 76% delas foram insta­l­adas bar­reiras san­itárias. Ape­nas 74 admin­is­trações munic­i­pais não ado­taram qual­quer medi­da de dis­tan­ci­a­men­to.

Entre as ações real­izadas durante a pan­demia em 2020, 94,5% das prefeituras ado­taram o uso obri­gatório de más­caras, 78,9% fiz­er­am a desin­fecção de locais públi­cos, 78,7% com­praram testes para a covid-19 e 78,5% tes­taram a pop­u­lação para o novo coro­n­avírus.

“Em 18,6% dos municí­pios, a pop­u­lação foi ori­en­ta­da a ficar em iso­la­men­to por meio de cam­pan­has pub­lic­itárias e em 81,4% por decre­to de iso­la­men­to social”, disse a ger­ente da pesquisa do IBGE, Rosane Teix­eira de Siqueira e Oliveira.

Em 88,8% dos municí­pios foram reg­istra­dos óbitos por covid-19 no ano pas­sa­do. Em todas as cidades com mais 500 mil habi­tantes ocor­reram mortes pela doença. Em 68,2% dos municí­pios menores, com até 5 mil moradores, foi con­tabi­liza­do pelo menos um óbito pelo novo coro­n­avírus. Em todas as cidades do Acre, Ama­zonas, de Roraima, do Pará, Amapá, Ceará e de Alagoas, hou­ve a ocor­rên­cia de mortes pela doença em 2020.

Em 99,7% dos municí­pios, hou­ve casos con­fir­ma­dos de covid-19 no ano pas­sa­do. Ape­nas 18 cidades não tiver­am casos, todas com menos de 10 mil habi­tantes. Em 93,8% dos municí­pios com casos foram reg­istradas inter­nações.

Dos 5.109 municí­pios onde foram necessárias inter­nações por covid-19, 23,6% infor­maram que o número de doentes ultra­pas­sou a capaci­dade de leitos e de unidades de ter­apia inten­si­va (UTIs) públi­cas e pri­vadas e con­ve­ni­adas ao Sis­tema Úni­co do Saúde (SUS).

Cer­ca de 58,2% dess­es municí­pios ampli­aram o número de leitos, 12,3% insta­laram hos­pi­tais de cam­pan­ha, 91,6% encam­in­haram pacientes para out­ros municí­pios e 39,1% man­tiver­am pes­soas por mais de 24 horas em unidades sem inter­nação.

Munic 2020

Além da covid-19, a Munic 2020 abor­dou out­ros temas com as prefeituras, como a gestão de riscos e desas­tres. Cer­ca de 66,2% dos municí­pios relataram a ocor­rên­cia de algum impacto ambi­en­tal nos 24 meses ante­ri­ores. Os even­tos mais fre­quentes foram as queimadas (49,4% dos municí­pios) e condições climáti­cas extremas, como secas e enx­ur­radas (40,9%). De 2017 para 2020, o número de cidades com ocor­rên­cia de queimadas aumen­tou 42,9%.

Quan­to à habitação, em 67,9% dos municí­pios havia lotea­men­tos irreg­u­lares e/ou clan­des­ti­nos em seus ter­ritórios. Em 91,7% das cidades com mais de 500 mil habi­tantes foram reg­istradas fave­las e em 79,2% havia ocu­pações de pré­dios ou ter­renos por movi­men­tos de mora­dia.

Cer­ca de 49,4% dos municí­pios tin­ham trans­porte por ônibus para deslo­ca­men­tos inter­nos. Ape­nas 20,7% das cidades com trans­porte por ônibus intra­mu­nic­i­pal tin­ham fro­ta de ônibus total­mente adap­ta­da.

De acor­do com a pesquisa, havia políti­ca de apoio à agri­cul­tura famil­iar em 87,2% dos municí­pios e ações de fomen­to à agri­cul­tura orgâni­ca em 42,2% deles.

Em 2020, havia 6.416.845 servi­dores nas admin­is­trações dire­ta e indi­re­ta dos municí­pios do país, 1,8% a menos que em 2019. Cer­ca de 62,2% dos servi­dores munic­i­pais da admin­is­tração dire­ta e 44,8% da indi­re­ta eram estatutários.

Estadic 2020

O IBGE tam­bém divul­gou hoje a Pesquisa de Infor­mações Bási­cas Estad­u­ais (Estadic) 2020. De 2017 para 2020, hou­ve mudança na pri­or­i­dade de temas ambi­en­tais dos gov­er­nos estad­u­ais. A gestão de recur­sos hídri­cos se tornou pri­or­i­dade em 15 unidades da Fed­er­ação (UFs). Licen­ci­a­men­to ambi­en­tal, pri­or­itário para 19 UFs em 2017, caiu para oito em 2020.

No ano pas­sa­do, 24 UFs con­taram com recur­sos finan­ceiros especí­fi­cos para os órgãos estad­u­ais de meio ambi­ente. O per­centu­al médio do total do orça­men­to dire­ciona­do à área foi 1,6%, abaixo dos 2% ver­i­fi­ca­dos em 2017.

Das 25 UFs com Fun­do de Meio Ambi­ente (FMA) em 2020, 19 o uti­lizaram para ações ambi­en­tais.

Em 2020, 18 UFs tin­ham leg­is­lação sobre ICMS Ecológi­co ou Socioam­bi­en­tal, sendo que 14 efe­t­u­aram repasse para os municí­pios. O critério ambi­en­tal para o repasse mais con­sid­er­a­do em 2020 foi a pre­sença de unidades de con­ser­vação (13 UCs), segui­do pela cole­ta e des­ti­nação final de resí­du­os sóli­dos (oito).

Segun­do a pesquisa, hou­ve que­da de 3,1% no número de ocu­pa­dos nos gov­er­nos estad­u­ais e dis­tri­tais frente a 2019. Do total de 2020 (2.891.337), 85,7% estavam vin­cu­la­dos à admin­is­tração dire­ta e 14,3%, à admin­is­tração indi­re­ta. A admin­is­tração dire­ta era com­pos­ta, em sua maio­r­ia, por estatutários: 79,8%. Na admin­is­tração indi­re­ta, os estatutários tam­bém eram maio­r­ia (45,3%), e os celetis­tas, 35,3%.

Edição: Graça Adju­to

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