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Covid-19: Bolsonaro apela por apoio de organismos internacionais

O presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia para sanção dos projetos de lei que ampliam a aquisição de vacinas pelo Governo Federal.
© Marce­lo Camargo/Agência Brasil (Repro­dução)

Ele também pediu mais investimentos privados na Amazônia


Pub­li­ca­do em 16/03/2021 — 12:38 Por Andreia Verdélio – Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

O pres­i­dente Jair Bol­sonaro apelou a organ­is­mos finan­ceiros inter­na­cionais por mais ações que apoiem “de for­ma deci­si­va e coor­de­na­da” os esforços dos país­es da Améri­ca do Sul no enfrenta­men­to da pan­demia de covid-19 e de seus efeitos soci­ais e econômi­cos. Ele par­ticipou hoje (16) da 6ª Reunião Extra­ordinária de Pres­i­dentes do Foro para o Pro­gres­so da Améri­ca do Sul (Pro­sul).

“Con­sid­er­amos que um dos grandes desafios do pós-pan­demia será aumen­tar os flux­os de inves­ti­men­tos volta­dos a finan­ciar o desen­volvi­men­to sus­ten­táv­el na nos­sa região”, disse. “A ação dos esta­dos sober­a­nos para mit­i­gar os efeitos nocivos da covid-19 na econo­mia e na sociedade tem se mostra­do deci­si­va. Temos con­ta­do tam­bém com o apoio fun­da­men­tal de insti­tu­ições inter­na­cionais de crédi­to ali­adas à nos­sa causa”, desta­cou o pres­i­dente.

A par­tic­i­pação do pres­i­dente na reunião acon­te­ceu por video­con­fer­ên­cia, do Palá­cio do Planal­to, em Brasília, com a pre­sença dos min­istros das Relações Exte­ri­ores, Ernesto Araújo, e da Econo­mia, Paulo Guedes. Durante seu dis­cur­so, Bol­sonaro tam­bém falou do desafio do Brasil em atrair inves­ti­men­tos pri­va­dos para a Amazô­nia e para pro­je­tos de infraestru­tu­ra, con­cessões e parce­rias públi­co-pri­vadas, em espe­cial do Pro­gra­ma de Parce­rias de Inves­ti­men­tos (PPI), “para impul­sion­ar o desen­volvi­men­to do Brasil”.

“Já obtive­mos muitos pro­gres­sos, mas quer­e­mos avançar ain­da mais em áreas como trans­porte, logís­ti­ca e sanea­men­to urbano. É com sat­is­fação que tam­bém desta­co o alin­hamen­to do BID [Ban­co Inter­amer­i­cano de Desen­volvi­men­to] a essas pri­or­i­dades em sua estraté­gia para o Brasil no perío­do 2019/2022. O ban­co tem con­tribuí­do de modo cru­cial com nos­sos esforços para tornar o esta­do brasileiro mais efi­ciente e for­t­ale­cer o nos­so ambi­ente de negó­cios”, disse Bol­sonaro.

Desenvolvimento sustentável

A reunião do Pro­sul ocorre às vésperas da assem­bleia anu­al do BID. O pres­i­dente do ban­co, Mauri­cio Claver-Carone, tam­bém par­ticipou da video­con­fer­ên­cia des­ta terça-feira.

O pres­i­dente Bol­sonaro desta­cou ain­da que o Brasil está deter­mi­na­do a tra­bal­har para pro­mover o desen­volvi­men­to sus­ten­táv­el da região amazôni­ca e da Améri­ca do Sul, “com amparo na livre ini­cia­ti­va e na aber­tu­ra econômi­ca”.

“Reg­istro igual­mente o meu entu­si­as­mo com a estru­tu­ração da ini­cia­ti­va amazôni­ca, volta­da ao finan­cia­men­to do desen­volvi­men­to sus­ten­táv­el naque­la região, e que dev­erá ser debati­da em uma das sessões para­le­las da assem­bleia anu­al do BID. Em 2019, o Brasil envi­ou ao ban­co pro­pos­ta para cri­ação de um fun­do não ape­nas de finan­cia­men­to, mas tam­bém de mobi­liza­ção de cap­i­tal pri­va­do, volta­do a estim­u­lar o enorme poten­cial da bioe­cono­mia amazôni­ca”, disse o pres­i­dente.

Medidas de recuperação

Segun­do Bol­sonaro, a econo­mia brasileira já ini­ciou sua tra­jetória de recu­per­ação e o gov­er­no está “firme­mente deter­mi­na­do” a aprovar medi­das “que irão per­mi­tir o cresci­men­to sus­ten­ta­do da nos­sa econo­mia nos próx­i­mos anos”, como as refor­mas admin­is­tra­ti­va e trib­utária, a nova lei de falên­cias e a pri­va­ti­za­ção de empre­sas estatais.

Além dis­so, segun­do ele, o Brasil tam­bém bus­ca esta­b­ele­cer mar­cos reg­u­latórios que for­t­aleçam a segu­rança jurídi­ca, mel­hore o ambi­ente de negó­cios e amplie os inves­ti­men­tos em diver­sos setores, como, por exem­p­lo, os de petróleo e gás, de infraestru­tu­ra viária, de sanea­men­to e de bioe­cono­mia.

Bol­sonaro tam­bém citou os prob­le­mas cau­sa­dos pela sus­pen­são das ativi­dades pro­du­ti­vas e o impacto da pan­demia sobre os níveis de emprego e ren­da em todo o mun­do. Ele desta­cou o pro­gra­ma do auxílio emer­gen­cial do Brasil, volta­do para pes­soas em situ­ação de vul­ner­a­bil­i­dade, e os gas­tos do gov­er­no com ações para reduzir os efeitos da pan­demia, equiv­a­lente a cer­ca de 8,6% do Pro­du­to Inter­no Bru­to (PIB – soma de todos bens e serviços pro­duzi­dos no país).

“Por trás das estatís­ti­cas nos sol­i­darizamos com os mil­hões de famílias que, sem o amparo dos gov­er­nos nacionais, perde­ri­am seus meios de sub­sistên­cia, sua segu­rança ali­men­tar e sua dig­nidade como seres humanos”, afir­mou o pres­i­dente.

Bolívia

No iní­cio de seu dis­cur­so, Bol­sonaro man­i­festou a pre­ocu­pação do Brasil com os recentes acon­tec­i­men­tos na Bolívia. No sába­do (13), o gov­er­no boli­viano infor­mou que a ex-pres­i­dente boli­viana Jea­nine Áñez havia sido deti­da pelo seu supos­to envolvi­men­to em um “golpe de esta­do”, em 2019, con­tra o tam­bém ex-pres­i­dente Evo Morales.

“Nos­so viz­in­ho e país irmão, onde a ex-pres­i­dente e out­ras autori­dades foram pre­sas sob ale­gação de par­tic­i­pação em golpe, que nos parece total­mente descabi­da. Esper­amos que a Bolívia man­ten­ha em ple­na vigên­cia o esta­do de dire­ito e a con­vivên­cia democráti­ca”, disse Bol­sonaro.

Evo Morales renun­ciou e fugiu da Bolívia em 2019, em meio a protestos con­tra seu gov­er­no e ale­gações de fraude eleitoral. Áñez, ex-senado­ra, assum­iu como pres­i­dente inte­ri­na, mas, 11 meses depois, o par­tido social­ista de Morales, o MAS, retornou ao poder, com a vitória de Luis Arce em eleições real­izadas em out­ubro do ano pas­sa­do.

Edição: Kle­ber Sam­paio

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