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Covid-19: ministro destaca eventos adversos em adolescentes vacinados

Repro­du­ção: © Wil­son Dias/Agência Bra­sil

Queiroga explica revisão de recomendação sobre vacinas de covid-19


Publi­ca­do em 16/09/2021 — 15:02 Por Jonas Valen­te – Repór­ter da Agên­cia Bra­sil — Bra­sí­lia
Atu­a­li­za­do em 16/09/2021 — 16:46

O minis­tro da Saú­de, Mar­ce­lo Quei­ro­ga, dis­se que uma série de moti­vos pesa­ram para que a pas­ta resol­ves­se revi­sar a reco­men­da­ção e sus­pen­der a vaci­na­ção de ado­les­cen­tes sem comor­bi­da­des.

Segun­do Quei­ro­ga, foram iden­ti­fi­ca­dos 1,5 mil even­tos adver­sos em ado­les­cen­tes imu­ni­za­dos. Todos eles foram de grau leve. Foi noti­fi­ca­do um caso de mor­te de um jovem em São Pau­lo, mas o epi­só­dio ain­da está sen­do inves­ti­ga­do para ava­li­ar se a cau­sa foi o imu­ni­zan­te.

O minis­tro recla­mou que, a des­pei­to da ori­en­ta­ção ante­ri­or para que a imu­ni­za­ção des­te públi­co tives­se iní­cio ontem (15), já foram vaci­na­dos 3,5 milhões de ado­les­cen­tes por auto­ri­da­des locais de saú­de.

Ele acres­cen­tou que hou­ve diver­sos casos de pre­fei­tu­ras que apli­ca­ram vaci­nas não auto­ri­za­das pela Agên­cia Naci­o­nal de Vigi­lân­cia Sani­tá­ria (Anvi­sa). A agên­cia só per­mi­tiu o uso da Pfizer/BioNTech para ado­les­cen­tes de 12 a 17 anos. Nos regis­tros do Minis­té­rio da Saú­de, entre­tan­to, dados envi­a­dos pelos esta­dos mos­tram este públi­co sen­do imu­ni­za­do com outras vaci­nas.

“Em rela­ção aos sub­gru­pos, as evi­dên­ci­as estão sen­do cons­truí­das. O NHS [SUS do Rei­no Uni­do] res­trin­giu a vaci­na­ção nos ado­les­cen­tes sem comor­bi­da­des. Aque­les que já tinham sido imu­ni­za­dos com 1ª dose se reco­men­dou parar por ali”, dis­se Quei­ro­ga.

A secre­tá­ria extra­or­di­ná­ria de enfren­ta­men­to à covid-19, Rosa­na Lei­te, men­ci­o­nou tam­bém ori­en­ta­ção da Orga­ni­za­ção Mun­di­al de Saú­de sobre o assun­to.

“A OMS não reco­men­da, mas suge­re que pode se pen­sar [na vaci­na­ção de ado­les­cen­tes] a par­tir do momen­to que tenha vaci­na­do toda a popu­la­ção, prin­ci­pal­men­te as mais vul­ne­rá­veis, com duas doses”, dis­se.

Per­gun­ta­dos se a sus­pen­são da vaci­na­ção teria rela­ção com a fal­ta de vaci­nas, os repre­sen­tan­tes do minis­té­rio des­car­ta­ram essa hipó­te­se e afir­ma­ram que não há pro­ble­ma de abas­te­ci­men­to de doses no país. “Não fal­ta vaci­na. Será que elas foram uti­li­za­das de for­ma inad­ver­ti­da? Pro­va­vel­men­te”, suge­riu a secre­tá­ria Rosa­na Lei­te.

Sem segunda dose

Dian­te da sus­pen­são, os ado­les­cen­tes sem comor­bi­da­des que rece­be­ram a pri­mei­ra dose não devem ter a apli­ca­ção da segun­da dose. A ori­en­ta­ção de inter­rom­per a imu­ni­za­ção vale tam­bém para aque­les com comor­bi­da­des que toma­ram a pri­mei­ra dose da Astra­Ze­ne­ca ou Coro­na­Vac.

Ape­nas os ado­les­cen­tes com comor­bi­da­des imu­ni­za­dos com a Pfizer/BioNTech na pri­mei­ra dose podem seguir com o pro­ces­so de imu­ni­za­ção e com­ple­tar o ciclo vaci­nal, pro­cu­ran­do os pos­tos para rece­ber a segun­da dose.

Assista na íntegra:

Veja tam­bém:

Covid-19: ministério recomenda suspensão da vacinação de adolescentes

O Minis­té­rio da Saú­de revi­sou a reco­men­da­ção de vaci­na­ção de ado­les­cen­tes con­tra a covid-19. O minis­té­rio pas­sou a reco­men­dar a vaci­na­ção ape­nas para os ado­les­cen­tes entre 12 e 17 anos que tenham defi­ci­ên­cia per­ma­nen­te, comor­bi­da­des ou que este­jam pri­va­dos de liber­da­de.
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Edi­ção: Líli­an Beral­do

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