...
sábado ,17 maio 2025
Home / Noticias / CPI das Bets prende empresário por falso testemunho no Senado

CPI das Bets prende empresário por falso testemunho no Senado

Daniel Pardim não convenceu senadores ao negar que conhecia sócia

Lucas Pordeus León – Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 29/04/2025 — 16:02
Brasília
Brasília (DF), 29/04/2025 -A CPI das Bets prendeu o empresário Daniel Pardim Tavares Lima durante depoimento nesta terça-feira (29), sob acusação do crime de falso testemunho. Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Repro­dução: © Lula Marques/Agência Brasil

O empresário Daniel Par­dim Tavares Lima foi pre­so, nes­ta terça-feira (29), acu­sa­do de fal­so teste­munho, durante reunião da Comis­são Par­la­men­tar de Inquéri­to (CPI) das Bets, no Sena­do. Par­dim negou con­hecer Adélia de Jesus Soares, sua sócia na empre­sa Peach Blos­som Riv­er, o que foi con­sid­er­a­do fal­so pelos par­la­mentares.

A rela­to­ra da CPI, Soraya Thron­icke (Podemos-MS), pediu prisão em fla­grante do empresário, o que foi aceito pelo pres­i­dente da comis­são, senador Dr. Hiran (PP-RR).

“Vou pedir vênia aqui, mas, sen­hor Daniel Par­dim Tavares Lima, o sen­hor está pre­so. O sen­hor e seus advo­ga­dos vão poder explicar em um habeas cor­pus [HC]”, disse a rela­to­ra Thron­icke.

O advo­ga­do do empresário, Lucas Mon­teiro Faria, acu­sou a par­la­men­tar de abu­so de autori­dade e negou que o empresário ten­ha men­ti­do. “Eu gostaria somente que se jus­ti­fi­cas­se qual foi a men­ti­ra que ele pre­gou aqui. Não hou­ve nen­hu­ma men­ti­ra”, reclam­ou.

O pres­i­dente da CPI, Dr. Hiran, sus­pendeu os tra­bal­hos por cin­co min­u­tos para dis­cu­tir o pedi­do de prisão. Ao reabrir a sessão, o par­la­men­tar aten­deu o pedi­do da rela­to­ra.

“Em vir­tude dessa solic­i­tação de prisão em fla­grante, eu solic­i­to à Polí­cia Leg­isla­ti­va do Sena­do que tome as providên­cias para lavrar o auto de prisão”, infor­mou o pres­i­dente da CPI.

O senador Hiran disse que a sócia do empresário Daniel Par­dim, a advo­ga­da Adélia de Jesus Soares, deve ser con­duzi­da à força à CPI para prestar depoi­men­to uma vez que, con­vo­ca­da para com­pare­cer nes­ta terça-feira, ela não com­pare­ceu.

Em entre­vista à TV Sena­do após a reunião, a rela­to­ra Soraya Thron­icke disse que a obri­gação do empresário Daniel Lima, enquan­to teste­munha, era de falar a ver­dade naqui­lo que não o incrim­i­nasse. “Ele começou mentin­do que não con­hecia os seus sócios. Imag­i­na, ninguém con­sti­tui uma sociedade que você não tele­fona, ou não con­hece. O que nos parece é que ele é um chama­do ‘laran­ja’. Ele men­tiu mais de três ou qua­tro vezes e nós demos a chance, per­gun­ta­mos várias vezes”, afir­mou.

A CPI do Sena­do inves­ti­ga a cres­cente influên­cia dos jogos vir­tu­ais de apos­tas online no orça­men­to das famílias brasileiras, além da pos­sív­el asso­ci­ação das bets com orga­ni­za­ções crim­i­nosas para lavagem de din­heiro, assim como o uso de influ­en­ci­adores dig­i­tais na pro­moção e divul­gação dessas ativi­dades.

A empre­sa Peach Blos­som Riv­er Tech­nol­o­gy, que par­tic­i­pa de out­ra com­pan­hia chama­da Payflow, atua no setor de paga­men­tos dig­i­tais e pres­ta serviços às apos­tas on-line, segun­do a rela­to­ra. A Payflow é inves­ti­ga­da pela Polí­cia Civ­il do Dis­tri­to Fed­er­al por indí­cios de lavagem de din­heiro e trans­fer­ên­cias ile­gais.

A Agên­cia Brasil procu­ra a defe­sa do empresário Daniel Par­dim Tavares Lima e de sua supos­ta sócia, Adélia Soares, para man­i­fes­tação sobre os fatos nar­ra­dos nes­ta reportagem. O espaço está aber­to. 

LOGO AG BRASIL

Você pode Gostar de:

Orquestra de Câmara da USP celebra 30 anos com concertos gratuitos

Serão duas apresentações: uma nesta sexta, às 20; outra no domingo Matheus Cro­belat­ti* – estag­iário …