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Curtas-metragens exibidos por yanomami serão mostrados em Veneza

Repro­dução: © Roseane Yariana/Divulgação

80º Festival ocorre de 30 de agosto a 9 de setembro


Pub­li­ca­do em 12/08/2023 — 15:11 Por Agên­cia Brasil — São Paulo

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12/08/2023, Filmes exibidos no festival de cinema de Veneza. Yuri U Xëatima Thë - A Pesca com Timbó. Foto: Roseane Yariana/Divulgação
Repro­dução: 12/08/2023, Filmes exibidos no fes­ti­val de cin­e­ma de Veneza. Yuri U Xëa­ti­ma Thë — A Pesca com Tim­bó. Foto: Roseane Yariana/Divulgação

Três filmes cur­tas-metra­gens pro­duzi­dos por indí­ge­nas yanoma­mi serão exibidos no 80º Fes­ti­val de Veneza, na Itália, que ocorre de 30 de agos­to a 9 de setem­bro. Os cur­tas serão apre­sen­ta­dos em 4 de setem­bro, no even­to Olhos da Flo­res­ta. O dia será ded­i­ca­do ao cin­e­ma indí­ge­na yanoma­mi e hom­e­nageará o primeiro cineas­ta da etnia, Morzaniel Ɨra­mari.

Um dos três cur­tas exibidos será Mãri Hi — A Árvore do Son­ho, de Ɨra­mari, vence­dor da cat­e­go­ria Mel­hor Doc­u­men­tário de Cur­ta-Metragem Nacional, no Fes­ti­val É Tudo Ver­dade, de 2023. O filme con­ta com a par­tic­i­pação do líder e xamã Davi Kope­nawa, que mostra o con­hec­i­men­to dos yanoma­mi sobre os son­hos.

“Este filme vai aju­dar a faz­er com que os não indí­ge­nas con­heçam o povo yanoma­mi, con­heçam as nos­sas ima­gens. Assim todos podem con­hecer como nós vive­mos na nos­sa casa e como nós son­hamos, como os xam­ãs son­ham”, expli­ca o cineas­ta.

Morzaniel Ɨra­mari nasceu em 1980 na aldeia Watorikɨ, região do Dem­i­ni, da Ter­ra Indí­ge­na Yanoma­mi, no esta­do do Ama­zonas. Foi for­ma­do no pro­je­to Pon­tos de Cul­tura Indí­ge­na — Vídeo nas Aldeias e dirigiu o cur­ta Casa dos Espíri­tos, vence­dor do prêmio de Mel­hor Filme, segun­do o júri pop­u­lar, na Mostra Aldeia SP, em 2014. Tam­bém dirigiu o filme lon­ga-metragem Uri­hi Haro­ma­timapë – Curadores da Ter­ra-flo­res­ta, que gan­hou o prêmio de Mel­hor Filme do Forum­doc BH — Mostra Com­pet­i­ti­va do Fes­ti­val do Filme Doc­u­men­tário e Etno­grá­fi­co de Belo Hor­i­zonte.

12/08/2023, Filmes exibidos no festival de cinema de Veneza. Poster Mãri Hi - A Árvore do Sonho. Foto: Roseane Yariana/Divulgação
Repro­dução: 12/08/2023, Filmes exibidos no fes­ti­val de cin­e­ma de Veneza. Poster Mãri Hi — A Árvore do Son­ho. Foto: Roseane Yariana/Divulgação

Mulheres indígenas

Os out­ros dois cur­tas serão Thuë Pihi Kuuwi – Uma Mul­her Pen­san­do, e Yuri U Xëa­ti­ma Thë – A Pesca com Tim­bó, ambos de Aida Hari­ka, Roseane Yari­ana e Edmar Toko­ri­no. Esta será a primeira vez que as mul­heres yanoma­mi par­tic­i­parão de um fes­ti­val de cin­e­ma inter­na­cional.

Aida Hari­ka e Edmar Toko­ri­no são dois cineas­tas yanoma­mi que tam­bém resi­dem na aldeia de Watorikɨ. Ambos fazem parte do cole­ti­vo de comu­ni­cadores yanoma­mi cri­a­do em 2018 pela Hutukara Asso­ci­ação Yanoma­mi. Roseane Yari­ana fez parte do primeiro grupo de jovens escol­hi­dos para par­tic­i­par das ofic­i­nas de for­mação em audio­vi­su­al, em 2018. Ela é morado­ra da aldeia Buri­ti, na região do Dem­i­ni, no esta­do do Ama­zonas.

Os três cur­tas são uma pro­dução Aru­ac Filmes, com copro­dução da Hutukara Asso­ci­ação Yanoma­mi e pro­dução asso­ci­a­da da Gata Maior Filmes. Os filmes con­tam com o apoio insti­tu­cional do Insti­tu­to Socioam­bi­en­tal e apoio de uma rede de fun­dações e insti­tu­ições inter­na­cionais que tra­bal­ham dire­ta­mente com a Amazô­nia Brasileira.

Edição: Valéria Aguiar

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