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Da poluição ao berçário da vida marinha: passeio atrai turistas no Rio

Repro­dução: © Tania Rego/Agência Brasil

A presença de botos é um dos destaques do programa ecológico


Pub­li­ca­do em 23/04/2023 — 07:30 Por Cristi­na Indio do Brasil* — Rio de Janeiro

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A pre­sença dos botos é uma das atrações do berçário da vida mar­in­ha da Baía de Gua­n­abara e do seu entorno, no Rio de Janeiro. O pas­seio ecológi­co tem con­quis­ta­do tur­is­tas e moradores do próprio do esta­do e está local­iza­do na Área de Pro­teção Ambi­en­tal (APA) de Guapimir­im, na região met­ro­pol­i­tana do Rio.

Rio de Janeiro (RJ), 30/03/2023 - Botos-cinza (Sotalia fluviatilis) nadam nas águas da Baía de Guanabara. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Repro­dução: Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O pres­i­dente da Coop­er­a­ti­va de Cata­dores de Carangue­jo da Baía de Gua­n­abara, Alail­do Malafa­ia, tem um olhar otimista pela pre­sença dos ani­mais na região. “O boto escol­heu a Baía de Gua­n­abara para se ali­men­tar. O boto é indi­cador de água boa, se ele resiste é porque tem mui­ta vida ain­da”, disse à Agên­cia Brasil, antes de sair para o pas­seio na con­dução de um bar­co.

A trans­for­mação do local, his­tori­ca­mente poluí­do, em uma área habita­da por botos-cin­za foi pos­sív­el com aju­da de pro­gra­mas como o Guardiões do Mar, que desen­volve o pro­je­to Carangue­jo Uçá, que têm garan­ti­do a recu­per­ação do manguezal e a ren­da dos cata­dores.

Duas vezes por ano, a orga­ni­za­ção não gov­er­na­men­tal real­iza um dia de limpeza na Baía de Gua­n­abara e reti­ra toneladas de lixo que, se per­manecerem no local, impactarão a vida do berçário mar­in­ho.

Cartões-postais

Guapimirim (RJ), 30/03/2023 - Uma Guarça-moura(Ardea cocoi) pousa perto de manguezal na Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapimirim, Guapimirim, Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasill
Repro­dução: Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasill

Depois de pas­sar pelos rios Guapi-Macacu e Guaraí, acom­pan­hado por garças, col­hereiros-rosa e out­ras aves, o bar­co entra na Baía de Gua­n­abara, onde se pode avis­tar cartões-postais da cidade do Rio de Janeiro. Entre eles estão o Cristo Reden­tor, o Pão de Açú­car e as cadeias mon­tan­hosas da região ser­rana do esta­do, onde se local­iza o Dedo de Deus. Tam­bém é pos­sív­el ver os cur­rais de pesca espal­ha­dos no espel­ho d’água, que garan­tem a ren­da de pescadores arte­sanais.

“Os índios já pescav­am assim, só que eles tiravam madeira de mangue para faz­er os cur­rais e con­tin­uaram por muitos anos”, con­tou o pres­i­dente da Coop­er­a­ti­va de cata­dores. Ele acres­cen­tou que a con­strução começou a ser fei­ta com eucalip­to e bam­bu, depois da cri­ação da APA Guapi, em 1984, para inibir o des­mata­men­to no manguezal, que ante­ri­or­mente era provo­ca­do pela atu­ação de olar­ias na pro­dução de tijo­los.

Balneário

Mauá (RJ), 30/03/2023 - Pequeno pier de Mauá com pescadores na Baia de Guanabara. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasill
Repro­dução: Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasill

A eta­pa seguinte do pas­seio é uma visi­ta por ter­ra ao Píer da Piedade e à Pra­ia do Reman­so, a úni­ca com bal­ne­abil­i­dade da Baía de Gua­n­abara. A pra­ia rece­beu o selo inter­na­cional de preser­vação ambi­en­tal pela Foun­da­tion for Envi­ron­men­tal Edu­ca­tion. De lá, a próx­i­ma para­da é a visi­ta à Igre­ja de São Fran­cis­co do Croará, que tem ima­gens trazi­das de Macau e, por isso, os san­tos têm car­ac­terís­ti­cas ori­en­tais. Na mes­ma região, uma out­ra atração é o Mirante de Mauá.

Estação de trem

Mauá (RJ), 30/03/2023 - Estação ferroviária Guia de Pacobaíba, a primeira estação ferroviária do Brasil, inaugurada em 30 de abril de 1854 com a presença do imperador D. Pedro II. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Repro­dução: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O últi­mo pon­to da viagem é a Guia de Pacobaí­ba, inau­gu­ra­da em 30 de abril de 1854 como estação ini­cial da Estra­da de Fer­ro Mauá. Essa é a primeira estação de trens no Brasil e atual­mente é tomba­da pelo Insti­tu­to do Patrimônio Históri­co e Artís­ti­co Nacional (Iphan).

Em 1945 rece­beu então o nome de Guia de Pacobaí­ba, que é o local da fregue­sia onde está ergui­da. Ini­cial­mente, havia 14,5 quilômet­ros de via fér­rea no Brasil, lig­an­do Por­to de Estrela, atual­mente Por­to Mauá, em direção a Petrópo­lis.

*A repórter e a fotó­grafa via­jaram a con­vite da Fun­dação Boticário

Edição: Heloisa Cristal­do

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