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Daniel Dias vibra com natação e torce para Carol Santiago continuar

Repro­dução: © Ana Patrícia/CPB/Direitos Reser­va­dos

Maior medalhista paralímpico do Brasil celebra momento da modalidade


Publicado em 06/09/2024 — 08:05 Por Lincoln Chaves — Repórter da EBC — Paris (França)

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Segun­da modal­i­dade que mais garan­tiu medal­has para o Brasil na história da Par­alimpía­da, a natação igualou, em Paris, os 23 pódios dos Jogos de Tóquio, no Japão, em 2021, fal­tan­do um dia para o fim das provas da modal­i­dade. O que sig­nifi­ca que, nes­ta sex­ta-feira (6), a cam­pan­ha na cap­i­tal france­sa pode se tornar a mais pre­mi­a­da que o país já teve nas pisci­nas. O resul­ta­do, porém, não sur­preende o prin­ci­pal nome da história do esporte par­alímpi­co brasileiro: Daniel Dias.

Pela primeira vez des­de os Jogos de Pequim, na Chi­na, em 2008, Daniel não está com­petindo. Gan­hador de 27 medal­has par­alímpi­cas em qua­tro par­tic­i­pações, sendo 14 de ouro, ele está em Paris para acom­pan­har as provas, torcer pelos ami­gos e pro­duzir con­teú­dos. Aposen­ta­do des­de 2021, quan­do dis­putou a últi­ma Par­alimpía­da da sua car­reira, o paulista admite que o even­to ain­da mexe com seu lado com­pet­i­ti­vo.

“É um mis­to de emoções. Con­fes­so que quan­do se vê a ação, a pisci­na, o ambi­ente, a atmos­fera, a von­tade é de subir no blo­co e sair [risos]. Mas aí eu lem­bro o que tem que pas­sar para chegar na medal­ha e enten­do que tudo já foi bem-feito, e fico feliz de ver a nova ger­ação trazen­do bons resul­ta­dos e dan­do con­tinuidade”, con­tou Daniel à reportagem da Empre­sa Brasil de Comu­ni­cação (EBC).

Até quin­ta-feira (5), o Brasil foi ao pódio da natação com 13 nomes difer­entes em provas indi­vid­u­ais, mes­mo com dois atle­tas impul­sio­n­an­do o total de con­quis­tas: Car­ol San­ti­a­go (cin­co medal­has, sendo três ouros e duas pratas) e Gabriel Araújo (três ouros). Em Tóquio, ape­sar de o recorde de con­quis­tas da modal­i­dade ser atingi­do, foram “somente” dez medal­his­tas. Já nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016, oito com­peti­dores saíram lau­rea­d­os.

“Antes da Par­alimpía­da, quan­do per­gun­tavam o que poderíamos esper­ar da natação, eu dizia: ‘muitas medal­has e muitos atle­tas difer­entes’. Vejam como o esporte evoluiu. As nos­sas con­quis­tas foram impor­tantes, mas todo esse movi­men­to que foi feito depois, o inves­ti­men­to, está trazen­do resul­ta­dos ago­ra. Tem Gabrielz­in­ho, Gabriel Ban­deira, Samu­ca [Samuel Oliveira, rev­e­lação da classe S5, a mes­ma que Daniel com­petia, para atle­tas com defi­ciên­cias físi­co-motoras inter­mediárias]. E não ape­nas o mas­culi­no. O fem­i­ni­no está forte com a Mar­i­ana, a Cecília, a Mayara [Pet­zold, bronze nos 50 met­ros bor­bo­le­ta da classe S6], que foi uma gra­ta sur­pre­sa. E não tem como não falar­mos da Car­ol, que super­ou a Ádria [dos San­tos, ícone do atletismo par­alímpi­co] em número de ouros”, desta­cou o ído­lo, que ain­da fez um pedi­do à nadado­ra de 39 anos, dona de seis ouros, três pratas e um bronze par­alímpi­cos em duas par­tic­i­pações (2021 e 2024).

“Vamos para mais uma, não para não! [risos]”, brin­cou.

Aposen­ta­do das pisci­nas, Daniel não pen­sa em voltar ao esporte como téc­ni­co, nem cogi­ta retornar às com­petições ofi­ci­ais em out­ra modal­i­dade. Hoje, ele via­ja o Brasil dan­do palestras e cui­da do insti­tu­to que leva seu nome, fun­da­do há dez anos em Bra­gança Paulista (SP).

“Esta­mos fomen­tan­do o esporte par­alímpi­co, especi­fi­ca­mente a natação, ensi­nan­do cri­anças que não sabem nadar. Quem sabe, a gente pos­sa até desco­brir tal­en­tos e, em uma próx­i­ma entre­vista, falar de uma cri­ança que saiu de lá e está trazen­do con­quis­tas para o Brasil”, final­i­zou.

Edição: Fábio Lis­boa

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