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Delgatti presta novo depoimento à Polícia Federal

Repro­dução: © Lula Marques/ Agên­cia Brasil

Advogado do hacker não descarta delação premiada


Pub­li­ca­do em 18/08/2023 — 12:40 Por Alex Rodrigues — Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

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O hack­er Wal­ter Del­gat­ti Net­to pres­ta um novo depoi­men­to à Polí­cia Fed­er­al (PF) nes­ta sex­ta-feira (18), em Brasília (DF). Esta é a segun­da vez na sem­ana que o chama­do Hack­er da Vaza Jato depõe no âmbito das inves­ti­gações sobre a supos­ta invasão aos sis­temas do Con­sel­ho Nacional de Justiça (CNJ).

Del­gat­ti foi ouvi­do pelos inves­ti­gadores na últi­ma quar­ta-feira (16). Na ocasião, afir­mou ter rece­bido R$ 40 mil da dep­uta­da fed­er­al Car­la Zam­bel­li (PL-SP) para invadir o sis­tema do CNJ e inserir fal­sos doc­u­men­tos no Ban­co Nacional de Man­da­dos de Prisão, entre eles, um fal­so man­da­do de prisão con­tra o min­istro Alexan­dre de Moraes, do Supre­mo Tri­bunal Fed­er­al (STF). A dep­uta­da nega as acusações.

Na quin­ta-feira (17), o hack­er com­pare­ceu à Comis­são Par­la­men­tar Mista de Inquéri­to (CPMI) que apu­ra os atos de 8 de janeiro, dia em que vân­da­los e golpis­tas invadi­ram e depredaram o Palá­cio do Planal­to, o Con­gres­so Nacional e a sede do Supre­mo Tri­bunal Fed­er­al (STF). À CPMI, Del­gat­ti disse que o ex-pres­i­dente da Repúbli­ca Jair Bol­sonaro pediu a ele, por tele­fone, que assumisse a auto­ria de um supos­to gram­po con­tra o min­istro Alexan­dre de Moraes. Segun­do o hack­er, Bol­sonaro teria prometi­do lhe con­ced­er um indul­to, ou seja, o perdão pres­i­den­cial, caso o Poder Judi­ciário dec­re­tasse sua prisão.

À CPMI, Del­gat­ti tam­bém afir­mou que “ori­en­tou” os mil­itares respon­sáveis por pro­duzir o relatório das Forças Armadas sobre a segu­rança das urnas eletrôni­cas eleitorais que o Min­istério da Defe­sa entre­gou ao Tri­bunal Supe­ri­or Eleitoral (TSE) em 9 de novem­bro de 2022.

Hoje, ao chegar à sede da PF para acom­pan­har seu cliente, o advo­ga­do Ari­o­val­do Mor­eira disse que as afir­mações de Del­gat­ti são “indí­cios de provas”. No Dire­ito, via de regra, uma pro­va é com­pos­ta por um con­jun­to de indí­cios, ou seja, por uma série de vestí­gios que, uma vez com­pro­va­dos, indi­ca que algo de fato ocor­reu, sus­ten­tan­do uma tese.“Entendo quan­do vocês [jor­nal­is­tas] per­gun­tam se há provas [do que Del­gat­ti afir­ma]. Há indí­cios de provas. Porque não há dúvi­das de que o Wal­ter esteve com Jair Bol­sonaro. Ontem, o fil­ho do Bol­sonaro [o senador Flávio Bol­sonaro] con­fes­sou isso. E há, com certeza, no Min­istério da Defe­sa, câmeras e ima­gens. Com o Wal­ter [infor­man­do as] datas e horários [em que afir­ma ter esta­do no pré­dio do min­istério], muito provavel­mente será pos­sív­el obter estas provas”, comen­tou o advo­ga­do ao diz­er que Del­gat­ti pode faz­er uma delação pre­mi­a­da.

“Não está descar­ta­da a [pos­si­bil­i­dade de uma] delação pre­mi­a­da”, afir­mou Mor­eira, asse­gu­ran­do que seu cliente já deu todos os esclarec­i­men­tos à PF e à CPMI. “Não sei qual a intenção da autori­dade poli­cial [com o depoi­men­to] de hoje. Não sei quais [novos] ques­tion­a­men­tos a autori­dade poli­cial entende [ser] necessário o Wal­ter [respon­der]. Vou avaliar o que a autori­dade poli­cial tem a ques­tionar e ori­en­tar o Wal­ter sobre se ele deve ou não respon­der.”

Edição: Aline Leal

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