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Dengue: 80% dos hospitais privados de SP têm alta em internações

Repro­dução: © 41330/Pixabay

Mais de 42 mil casos de dengue foram confirmados no estado


Pub­li­ca­do em 09/02/2024 — 17:39 Por Elaine Patri­cia Cruz – Repórter da Agên­cia Brasil* — São Paulo

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Nos últi­mos dias, 80% dos hos­pi­tais pri­va­dos do esta­do de São Paulo reg­is­traram aumen­to nas inter­nações por dengue. Isso é o que apon­tou uma pesquisa inédi­ta divul­ga­da nes­ta sex­ta-feira (9) pelo Sindi­ca­to dos Hos­pi­tais, Clíni­cas e Lab­o­ratórios do Esta­do de São Paulo (Sind­Hosp).

A pesquisa ouviu 91 hos­pi­tais pri­va­dos paulis­tas entre os dias 29 de janeiro e 7 de fevereiro e con­sta­tou ain­da que a maior parte dos pacientes inter­na­dos com dengue ness­es hos­pi­tais está na faixa etária entre 30 e 50 anos.

No pron­to-atendi­men­to, onde se aten­dem casos de urgên­cia e emergên­cia, 89% dos serviços de saúde par­tic­u­lares do esta­do reg­is­traram alta de casos sus­peitos de dengue. Metade dos hos­pi­tais con­sul­ta­dos (51% do total) rev­el­ou cresci­men­to entre 11% e 20% nas inter­nações em leitos clíni­cos.

A maio­r­ia das unidades (89% do total) não reg­istrou aumen­to nas inter­nações em unidades de ter­apia inten­si­va (UTI). Em 11% das insti­tu­ições, hou­ve cresci­men­to de até 5%. Nestes hos­pi­tais, a média de tem­po que um paciente ficou inter­na­do em UTI por causa da doença foi de qua­tro dias.

“O sur­to cresce rap­i­da­mente e o úni­co con­t­role mais efe­ti­vo é o aumen­to das ações das autori­dades san­itárias para ori­en­tar a pop­u­lação no con­t­role da pro­lif­er­ação do mos­qui­to trans­mis­sor e ações dire­tas de com­bate ao mos­qui­to”, disse Fran­cis­co Balestrin, pres­i­dente do Sind­Hosp, em nota.

Hoje, o gov­er­no de São Paulo lançou o Painel de Mon­i­tora­men­to da Dengue, onde é apre­sen­ta­da a evolução dos casos de arbovi­ros­es em todo o esta­do. Segun­do dados desse painel, 42.134 casos de dengue já foram con­fir­ma­dos em São Paulo neste ano, com nove óbitos e 15 em inves­ti­gação. Cin­co mortes ocor­reram na cidade de Taubaté. As demais foram reg­istradas nas cidades de Bar­retos, Bau­ru, São Paulo e Mogi das Cruzes.

A dengue é uma doença cau­sa­da por um vírus que é trans­mi­ti­do pelo mos­qui­to Aedes aegyp­ti. Os sin­tomas de dengue mais comuns são febre alta, dor atrás dos olhos, dor no cor­po, man­chas aver­mel­hadas na pele, coceira, náuse­as e dores mus­cu­lares e artic­u­lares. Uma das prin­ci­pais for­mas de pre­venção da doença é o com­bate ao mos­qui­to trans­mis­sor. Isso pode ser feito elim­i­nan­do água para­da ou obje­tos que acu­mulem água, como pratos de plan­tas ou pneus usa­dos.

Busca por repelentes

Por con­ta da explosão do número de casos, a procu­ra por repe­lentes de inse­tos vem aumen­tan­do des­de o final do ano pas­sa­do. De acor­do com uma rede de far­má­cias, entre novem­bro de 2023 e janeiro de 2024, a bus­ca por de repe­lentes cresceu 450% em todo o Brasil. Na sem­ana pas­sa­da, a alta foi de 120% em relação a janeiro.

Covid-19

A pesquisa fei­ta pelo Sind­Hosp mostra que 60% dos serviços de saúde con­fir­maram aumen­to de até 5% no pron­to-atendi­men­to para casos de covid-19. Em relação aos leitos clíni­cos, todos os hos­pi­tais reg­is­traram aumen­to de até 5% em inter­nações. No entan­to, os casos têm sido menos graves. Em 98% dos hos­pi­tais pri­va­dos de São Paulo, não hou­ve alta em inter­nações em UTIs por causa da doença.

* Colaborou Flávia Albu­querque

Edição: Car­oli­na Pimentel

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