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Desabamento de centro esportivo mata uma pessoa no Rio Grande do Sul

Repro­dução: Prefeitu­ra decre­tou luto de três dias pela morte de Isabeli Soar­di — Isabelisoardi/Instagram

Outras 60 pessoas ficaram feridas


Pub­li­ca­do em 16/11/2023 — 11:48 Por Alex Rodrigues — Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

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O desaba­men­to de um cen­tro esporti­vo da cidade de Giruá, no noroeste do Rio Grande do Sul, matou uma jovem de 26 anos de idade e feriu ao menos out­ras 60 pes­soas, na noite des­ta quar­ta-feira (15).

Segun­do a asses­so­ria de impren­sa da prefeitu­ra, o tem­po­ral que atingiu a cidade tam­bém cau­sou estra­gos em cer­ca de 100 imóveis – boa parte deles foi destel­ha­da pelos fortes ven­tos que causaram a que­da do com­plexo Splen­dor Sports.

Desabamento de centro esportivo mata uma pessoa e fere outras 60 no Rio Grande do Sul. Foto: Isabelisoardi/Instagram
Repro­dução: Prefeitu­ra decre­tou luto de três dias pela morte de Isabeli Soar­di — Isabelisoardi/Instagram

Cer­ca de 60 pes­soas estavam no local quan­do, por vol­ta das 21h10, a estru­tu­ra cedeu e o tel­ha­do de zin­co veio abaixo. Entre as pes­soas atingi­das pelos destroços esta­va a fisioter­apeu­ta Isabeli Soar­di, que não resis­tiu aos fer­i­men­tos.

A prefeitu­ra decre­tou luto ofi­cial de três dias em vir­tude da morte da giru­aense. Na man­hã des­ta quin­ta-feira (16), o prefeito Ruben Weimer tam­bém decre­tou situ­ação de emergên­cia munic­i­pal. Assi­na­do esta man­hã, o decre­to ain­da será pub­li­ca­do, for­mal­izan­do o recon­hec­i­men­to, pela prefeitu­ra, da neces­si­dade do municí­pio rece­ber aju­da estad­ual e fed­er­al para resta­b­ele­cer a nor­mal­i­dade.

Ain­da de acor­do com a asses­so­ria da prefeitu­ra, des­de out­ubro a cidade vem sendo atingi­da por um vol­ume atípi­co de chu­vas, o que difi­cul­ta a exe­cução de reparos na infraestru­tu­ra munic­i­pal atingi­da, fazen­do com que os estra­gos se avol­umem.

Não há reg­istros de munícipes desa­lo­ja­dos ou desabri­ga­dos, mas a Defe­sa Civ­il e o Cor­po de Bombeiros teve que prov­i­den­ciar lonas para as famílias cujas casas foram destel­hadas. Dev­i­do à que­da de postes, o fornec­i­men­to de ener­gia elétri­ca para parte da região norte da cidade foi inter­rompi­do. Os ven­tos tam­bém der­rubaram árvores que chegaram a inter­di­tar, par­cial ou inte­gral­mente, o trân­si­to de veícu­los.

“O momen­to está difí­cil para Giruá”, comen­tou o prefeito Ruben Weimer, em uma men­sagem de áudio. “A cidade foi atingi­da por este ven­daval; esta quadra esporti­va foi atingi­da [e este foi] o maior dano. Havia uma con­cen­tração de pes­soas lá, fazen­do suas práti­cas esporti­vas, com suas famílias, e várias delas foram atingi­das [pelos escom­bros]”, acres­cen­tou o prefeito, detal­han­do que duas víti­mas com fer­i­men­tos mais graves tiver­am que ser trans­portadas para hos­pi­tais de cidades viz­in­has. “O que mais lamen­ta­mos é a morte des­ta meni­na de 26 anos, queri­da por toda a comu­nidade.”

Em sua pági­na no X (anti­go Twit­ter), o min­istro da Sec­re­taria de Comu­ni­cação (Sec­om), Paulo Pimen­ta, lamen­tou a ocor­rên­cia des­ta quar­ta-feira. “Lamen­tavel­mente, tive­mos mais um even­to climáti­co no Rio Grande do Sul. Min­ha sol­i­dariedade às famílias do municí­pio de Giruá que foram atingi­das pelo tem­po­ral. Este é um ano difí­cil para nos­so esta­do, que exige de nós união e sen­si­bil­i­dade. O gov­er­no fed­er­al con­tin­ua no tra­bal­ho de apoio ao povo gaú­cho.”

Des­de jul­ho deste ano, quan­do choveu, na cap­i­tal gaúcha, Por­to Ale­gre, 32% aci­ma da média históri­ca para o mes­mo mês, todo o Rio Grande do Sul vem reg­is­tran­do a ocor­rên­cia de chu­vas per­sis­tentes e volu­mosas. A situ­ação se agravou a par­tir de setem­bro. Só entre os dias 21 e 28 de setem­bro, 51 cidades con­tabi­lizaram pre­juí­zos cau­sa­dos por ocor­rên­cias climáti­cas como tem­pes­tades, grani­zo, inun­dações e enx­ur­radas que, só no perío­do, forçaram 1.635 pes­soas a deixarem suas residên­cias e, tem­po­rari­a­mente, se alo­jarem nas casas de par­entes, ami­gos ou em hotéis e pou­sadas. Out­ras 624 pes­soas que não tin­ham para onde ir tiver­am que ir para abri­gos munic­i­pais ou de insti­tu­ições de cari­dade.

Na últi­ma terça-feira (14), o Fun­do Estad­ual de Defe­sa Civ­il aprovou a lib­er­ação de R$ 60 mil­hões para municí­pios gaú­chos atingi­dos por desas­tres nat­u­rais entre 4 de setem­bro e 1º de novem­bro. Do total, R$ 400 mil estão reser­va­dos para cidades em situ­ação de emergên­cia declar­a­da ou homolo­ga­da pelo gov­er­no estad­ual. Os out­ros R$ 600 mil, para municí­pios com esta­do de calami­dade públi­ca.

Edição: Valéria Aguiar

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