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Desfile das Campeãs do Rio: seis escolas voltam à Sapucaí neste sábado

Repro­dução: © Divul­gação Rio­tur

É esperado público de 100 mil pessoas. Ingressos estão esgotados.


Pub­li­ca­do em 25/02/2023 — 07:50 Por Cristi­na Indio do Brasil — Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

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Neste sába­do (25), apaixon­a­dos pelas esco­las de sam­ba vão ter a opor­tu­nidade de ver mais uma vez as seis primeiras colo­cadas do car­naval no Des­file das Campeãs. A expec­ta­ti­va é de Sam­bó­dro­mo lota­do, com pre­sença de mais de 100 mil pes­soas, segun­do a Liga Inde­pen­dente das Esco­las de Sam­ba do Rio de Janeiro (Liesa). Os ingres­sos para as arquiban­cadas, cadeiras, frisas e os camarotes da Pas­sarela do Sam­ba na Mar­quês de Sapu­caí, no cen­tro da cidade do Rio, se esgo­taram ain­da na quin­ta-feira (23).

Programação do desfile

O Des­file das Campeãs está mar­ca­do para ini­ciar às 21h30 e seguirá as nor­mas dos des­files ofi­ci­ais. Cada agremi­ação dev­erá se apre­sen­tar no tem­po mín­i­mo de 60 min­u­tos, e máx­i­mo, de 70 min­u­tos. Sem a pressão de não poder errar diante dos jura­dos, tor­na-se um momen­to de descon­tração e ale­gria para os com­po­nentes das esco­las de sam­ba.

A ordem de apre­sen­tação é inver­sa à clas­si­fi­cação da esco­la, ou seja, a primeira a des­fi­lar será a sex­ta colo­ca­da. O des­file é encer­ra­do com a grande campeã do car­naval de 2023.

Con­fi­ra abaixo a ordem de apre­sen­tação:

1) Grande Rio, com o enre­do que hom­e­na­geou o can­tor e com­pos­i­tor Zeca Pagod­in­ho;

2) Mangueira, com o enre­do As Áfric­as que a Bahia can­ta, que trouxe a ances­tral­i­dade negra na ter­ra em que nasceu o sam­ba;

3) Bei­ja-Flor, com o enre­do Bra­va Gente, o gri­to dos excluí­dos no bicen­tenário da Inde­pendên­cia e relem­brou o 2 de jul­ho de 1823, quan­do sol­da­dos brasileiros der­ro­taram tropas por­tugue­sas que ain­da estavam na Bahia, mes­mo após o gri­to de Dom Pedro I às mar­gens do Ipi­ran­ga;

4) Vila Isabel, com o enre­do Nes­sa fes­ta, eu levo fé!, que cele­brou as diver­sas crenças e fes­tas reli­giosas;

5) Viradouro, vice-campeã de 2023, com a história de Rosa Maria Egipcía­ca, a primeira mul­her pre­ta a escr­ev­er um livro no Brasil e que foi esque­ci­da pela história;

6) Imper­a­triz Leopoldinensegrande campeã do grupo espe­cial de 2023, traz o enre­do O aper­reio do cabra que o exco­munga­do tra­tou com má-querença e o san­tís­si­mo não deu guar­i­da, que imag­i­nou a vol­ta do can­ga­ceiro Vir­guli­no Fer­reira da Sil­va, con­heci­do como Lampião, à Ter­ra depois de não ter abri­go no infer­no e no céu.

A verde e bran­co de Ramos esta­va sem gan­har um títu­lo há 22 anos. O car­navale­sco Lean­dro Vieira se inspirou na lit­er­atu­ra de cordel para desen­volver o enre­do, que agradou a comu­nidade da esco­la e ani­mou o públi­co que assis­tia ao des­file ofi­cial.

Quem chegar cedo à Sapu­caí poderá ain­da assi­s­tir a uma exibição da Embaix­adores da Ale­gria, esco­la de sam­ba for­ma­da por pes­soas com defi­ciên­cia, entre elas um grupo de cadeirantes que inte­gram a equipe da Lei Seca, do Detran-RJ.

Como surgiu o desfile

O radi­al­ista Rubem Con­fete, apre­sen­ta­dor do pro­gra­ma Histórias do Con­fete, da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, con­ta que o Des­file das Campeãs teve iní­cio na déca­da de 80, depois da inau­gu­ração do Sam­bó­dro­mo no car­naval de 1984.

Naque­le ano, para cada dia de des­file, um no domin­go e out­ro na segun­da-feira, era escol­hi­da uma esco­la campeã. As escol­hi­das foram Portela e a Mangueira, respec­ti­va­mente. No sába­do seguinte, as duas dis­putaram com as mel­hores do grupo de aces­so. A verde e rosa gan­hou o títu­lo de Super­cam­peã, que aliás é o úni­co, pois no ano seguinte o títu­lo deixou de ser con­ce­di­do.

No lugar dessa dis­pu­ta, foi cri­a­do o Des­file das Campeãs, com as seis primeiras colo­cadas após a apu­ração das notas dos jura­dos.

“Foi aí [1984] que começou a história do Sába­do da Super­cam­peã. Foi [uma ideia] da Rio­tur [ Empre­sa de Tur­is­mo do Municí­pio do Rio de Janeiro], ali­a­da à direção da Asso­ci­ação das Esco­las de Sam­ba. Não havia a Liesa [Liga Inde­pen­dente das Esco­las de Sam­ba do Rio de Janeiro]”, expli­ca Con­fete, chama­do de griô ou gri­ot do sam­ba, que na cul­tura africana é a pes­soa que man­tém viva a memória do grupo, con­tan­do as histórias e mitos daque­le povo.

Edição: Car­oli­na Pimentel

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