...
sexta-feira ,17 janeiro 2025
Home / Saúde / Dia D contra dengue: ministra alerta para prevenção antes do verão

Dia D contra dengue: ministra alerta para prevenção antes do verão

Maioria dos focos fica dentro ou no entorno das casas

Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 14/12/2024 — 12:08
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro (RJ), 14/12/2024 - Ministra da saúde participa de ação de prevenção à Dengue na comunidade Caju no Rio de Janeiro. Foto: Rafael Nascimento/MS
Repro­dução: © Rafael Nascimento/MS

A pre­venção con­tra a dengue deve ser uma respon­s­abil­i­dade de todos e quan­to maior for o esforço ago­ra, menos pes­soas adoe­cerão no próx­i­mo verão. A men­sagem é da min­is­tra da Saúde, Nísia Trindade, que par­ticipou, na man­hã deste sába­do (14), da mobi­liza­ção do Dia D con­tra a Dengue, no bair­ro  do Caju, no Rio de Janeiro.

“Cada um de nós tem respon­s­abil­i­dades, 75% dos focos se encon­tram nas nos­sas casas ou no entorno das nos­sas casas. [É pre­ciso] con­ver­sar com as comu­nidades, aler­tar sobre como se pro­te­ger em relação à dengue”, disse a min­is­tra, que agrade­ceu aos tra­bal­hadores do Sis­tema Úni­co de Saúde (SUS) pelo esforço diário con­tra a doença.

Nísia Trindade expli­cou, ain­da, que a pre­visão de como vai ser a incidên­cia da dengue no próx­i­mo verão está em con­stante estu­do pelas autori­dades san­itárias. “O que temos neste momen­to é a clareza de que quan­to mais fiz­er­mos ago­ra, mais reduzire­mos os casos. Que ter­e­mos muitos casos de dengue [no próx­i­mo verão], provavel­mente ter­e­mos por tem­per­at­uras altas e chu­vas. Mas o grande esforço ago­ra é reduzir ao máx­i­mo [os casos]”, afir­mou.

“Temos indica­tivos de uma prováv­el con­cen­tração maior de casos nas regiões Sud­este, Sul e Cen­tro-Oeste. Isso tem a ver com fal­ta de exposição [em anos ante­ri­ores] a alguns soroti­pos da dengue. Lem­bran­do que tam­bém esta­mos con­trolan­do a zika e chikun­gun­ha [trans­mi­ti­das pelo mes­mo mos­qui­to]”, acres­cen­tou

Origem da doença

A dengue é uma doença cau­sa­da por um vírus trans­porta­do por mos­qui­tos como o Aedes aegyp­ti, que se repro­duz deposi­tan­do ovos em água para­da. A mobi­liza­ção bus­ca con­sci­en­ti­zar a pop­u­lação e os agentes públi­cos a reduzirem os locais disponíveis para essa pro­cri­ação, por meio de medi­das sim­ples como tam­par caixas d’água, limpar cal­has e fechar bem sacos de lixo.

arte-dia-d-dengue
Repro­dução: Arte/Agência Brasil

 

A min­is­tra da Saúde desta­cou, tam­bém, que é necessário o empen­ho das admin­is­trações munic­i­pais na con­tinuidade das medi­das de pre­venção, prin­ci­pal­mente neste momen­to em que haverá tran­sição de poder após as eleições munic­i­pais de 2024.

“As prefeituras devem sem­pre seguir a lin­ha de não deixar o lixo urbano e a água acu­mu­lar”, lem­brou Nísia. “A dengue tem aumen­ta­do em todo o mun­do pela tem­per­atu­ra, inclu­sive em áreas que não havia dengue. Com a ele­vação das tem­per­at­uras, temos dengue hoje em 200 país­es. Pas­samos a ter dengue na Região Sul do Brasil, onde antes não havia. Então, vamos tra­bal­har jun­tos nesse enfrenta­men­to porque muito depende de nós”, frisou.

Além da pre­venção, a min­is­tra desta­cou que, quem apre­sen­tar sin­tomas de dengue, como febre, man­chas ver­mel­has no cor­po e, sobre­tu­do, dor atrás dos olhos, muito car­ac­terís­ti­ca da doença, deve procu­rar uma unidade de saúde para rece­ber as dev­i­das ori­en­tações. Para isso, tam­bém é necessário que esta­dos e municí­pios reforcem a preparação dos profis­sion­ais para esse atendi­men­to.

“A dengue é uma doença que não é para matar, porque com hidratação e com cuida­do ade­qua­do evi­ta­mos o pior”, acen­tu­ou.

Ao lon­go de 2024, as unidades fed­er­a­ti­vas com a maior incidên­cia da doença foram o Dis­tri­to Fed­er­al, Minas Gerais e Paraná, mas espe­cial­is­tas têm obser­va­do um lento e con­tín­uo cresci­men­to no número de casos nas regiões Sud­este e Sul. São Paulo foi o que teve a maior quan­ti­dade de casos graves e de mortes, segui­do por Minas Gerais.

Risco maior

A faixa etária com o maior número de ocor­rên­cias noti­fi­cadas é a que se situa dos 20 aos 29 anos de idade e 55% dos infec­ta­dos são mul­heres. Idosos, bebês, grávi­das e pes­soas com algu­ma condição de saúde têm maiores riscos de desen­volver com­pli­cações pela doença.

Os prin­ci­pais sin­tomas da dengue são febre alta repenti­na, dor de cabeça, pros­tração e dores nos mús­cu­los, artic­u­lações e atrás dos olhos. Mas, entre o ter­ceiro e o séti­mo dia após o iní­cio dos sin­tomas, podem ocor­rer vômi­tos, dor abdom­i­nal, sen­sação de des­maio e san­gra­men­to das mucosas, o que indi­ca um agrava­men­to do quadro.

A dengue pode causar extravasa­men­to de plas­ma e hemor­ra­gias, por isso, des­de os primeiros sin­tomas é pre­ciso procu­rar um serviço de saúde para o diag­nós­ti­co cor­re­to. Não há um trata­men­to especí­fi­co con­tra a doença, e os pacientes devem evi­tar a automed­icação, já que alguns remé­dios, incluin­do cer­tos tipos de anal­gési­cos e anti-infla­matórios, podem favore­cer hemor­ra­gias.

*Colaborou Mau­rí­cio Almei­da, da TV Brasil

LOGO AG BRASIL

Você pode Gostar de:

Entenda o que é o vírus respiratório responsável por surto na China

hMPV causa infecção do trato respiratório superior, o resfriado comum Paula Labois­sière – Repórter da …