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Dia Nacional da Imunização: doses beneficiam até quem não se vacina

Repro­dução: © Tomaz Silva/Agência Brasil

Defesa de indivíduo imunizado ajuda a proteger outras pessoas


Publicado em 09/06/2024 — 09:29 Por Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil — Brasília

Além de per­mi­tir que o organ­is­mo se defen­da de infecções e evite quadros graves de diver­sas doenças trans­mis­síveis, a vaci­nação, quan­do real­iza­da em larga escala, reduz a cir­cu­lação ger­al de vírus e bac­térias. Con­heci­do pop­u­lar­mente como imu­nidade cole­ti­va ou imu­nidade de efeito reban­ho, o cenário ben­e­fi­cia, por­tan­to, até quem não rece­beu a dose.

No Dia Nacional da Imu­niza­ção, lem­bra­do neste domin­go (9), o Insti­tu­to Butan­tan desta­ca que a pro­pos­ta é reforçar não ape­nas o impacto indi­vid­ual das vaci­nas, mas tam­bém o cole­ti­vo. Diante de uma pop­u­lação ampla­mente imu­niza­da, vírus e bac­térias não encon­tram por­tas aber­tas para aden­trar no organ­is­mo e seguir se repli­can­do, dimin­uin­do seu poder de trans­mis­são.

“É por isso que a defe­sa invisív­el que cada indi­ví­duo imu­niza­do car­rega aju­da a pro­te­ger out­ras pes­soas de seu con­vívio que, por­ven­tu­ra, não pos­sam ser vaci­nadas – caso das grávi­das; dos por­ta­dores de aler­gia e de out­ras comor­bidades, como doenças neu­rológ­i­cas; e até dos recém-nasci­dos, a depen­der do tipo da vaci­na”, destal­hou o Insti­tu­to Butan­tan.

Dados da Orga­ni­za­ção Mundi­al da Saúde (OMS) indicam que que a vaci­nação con­tra 14 doenças trans­mis­síveis, incluin­do dif­te­ria, hepatite B, saram­po, coqueluche, poliomielite e febre amarela, salvou 154 mil­hões de vidas e reduz­iu em 40% o número de mortes infan­tis em todo o mun­do ao lon­go dos últi­mos 50 anos.

Caso de sucesso

O Butan­tan avalia como exem­p­lo de êxi­to o caso da varío­la, que se tornou a primeira doença trans­mis­sív­el errad­i­ca­da do plan­e­ta. “O esforço glob­al lid­er­a­do pela OMS, ini­ci­a­do no final dos anos 1960, esten­deu-se por mais de uma déca­da e con­tou com o empen­ho de mil­hares de profis­sion­ais de saúde, que foram respon­sáveis por admin­is­trar mais de meio bil­hão de vaci­nas no perío­do.”

Cau­sa­da pelo Poxvirus var­i­o­lae, a doença provo­ca um quadro infec­cioso severo que se car­ac­ter­i­za pela for­mação de erupções na pele. A enfer­mi­dade matou mais de 300 mil­hões de pes­soas ao lon­go dos 80 anos em que esteve ati­va.

Programa de imunizações

Atual­mente, o Pro­gra­ma Nacional de Imu­niza­ções (PNI) disponi­bi­liza, de for­ma gra­tui­ta, 48 imuno­bi­ológi­cos, sendo 31 vaci­nas, 13 soros e qua­tro imunoglob­u­li­nas.

De acor­do com o Min­istério da Saúde, há dos­es des­ti­nadas a todas as faixas etárias, além de cam­pan­has anu­ais para atu­al­iza­ção da cader­ne­ta de vaci­nação.

“As vaci­nas são seguras e estim­u­lam o sis­tema imunológi­co a pro­te­ger a pes­soa con­tra doenças pre­veníveis pela vaci­nação. Quan­do ado­tadas como estraté­gia de saúde públi­ca, elas são con­sid­er­adas um dos mel­hores inves­ti­men­tos em saúde con­sideran­do o cus­to-bene­fí­cio”, avaliou a pas­ta.

No Brasil, o Cal­endário Nacional de Vaci­nação con­tem­pla não ape­nas cri­anças, mas ado­les­centes, adul­tos, idosos, ges­tantes e povos indí­ge­nas. Ao todo, são disponi­bi­lizadas, na roti­na de imu­niza­ção, 19 vaci­nas. O cal­endário com­ple­to pode ser aces­sa­do aqui.

Edição: Nádia Fran­co

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