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Digitalização do SUS deve integrar dados e garantir uso ético

Repro­dução: © Rove­na Rosa/Agência Brasil

Assunto foi discutido durante simpósio internacional em São Paulo


Pub­li­ca­do em 02/10/2023 — 18:03 Por Daniel Mel­lo — Repórter da Agên­cia Brasil — São Paulo

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Inte­gração e trata­men­to éti­co das infor­mações são pon­tos que devem ser pen­sa­dos durante a dig­i­tal­iza­ção dos proces­sos do Sis­tema Úni­co de Saúde (SUS). Ess­es foram alguns dos pon­tos lev­an­ta­dos durante o primeiro dia do 1º Sim­pó­sio Inter­na­cional de Trans­for­mação Dig­i­tal no SUS, nes­ta segun­da-feira (2).

“Como dizia a pres­i­dente Dil­ma, os nos­sos dados são imbat­íveis, não batem nada com nada”, disse o pres­i­dente da Empre­sa Brasileira de Serviços Hos­pi­ta­lares, Arthur Chioro, citan­do a ex-pres­i­dente Dil­ma Rouss­eff. À época Chioro era min­istro da Saúde. “Nós pre­cisamos super­ar essa desar­tic­u­lação da infor­mação, que é tão estratég­i­ca para a gestão. E ao mes­mo tem­po acabar de vez com essa frag­men­tação que faz com que nós não con­sig­amos pedir de fato uma trans­for­mação dig­i­tal”, acres­cen­tou.

Chioro disse que, durante o gov­er­no de tran­sição, o diag­nós­ti­co era de que as políti­cas do SUS tin­ham sido desar­tic­u­ladas ao lon­go dos anos ante­ri­ores, espe­cial­mente do pon­to de vista da dig­i­tal­iza­ção das infor­mações. “O proces­so de destru­ição ou a ten­ta­ti­va de destru­ição do SUS pas­sa­va, entre out­ras coisas, por prati­ca­mente uma sab­o­tagem, uma desar­tic­u­lação do nos­so sis­tema de infor­mação”, enfa­ti­zou ao dis­cur­sar.

Para ele, essa situ­ação, que tam­bém pas­sa por um “atra­so históri­co”, colo­ca a questão da dig­i­tal­iza­ção dos proces­sos com um tema cen­tral para o sis­tema de saúde públi­ca. “É impos­sív­el pen­sar no sis­tema nacional de saúde públi­co, uni­ver­sal, inte­gral, em uma estru­tu­ra interfed­er­a­ti­va, sem que a gente con­si­ga dar pas­sos muito lar­gos e muito con­sis­tentes do pon­to de vista da trans­for­mação dig­i­tal”, defend­eu.

O coor­de­nador de infor­mações dig­i­tais do NHS (Serviço Nacional de Saúde da Inglater­ra), Masood Ahmed, disse que SUS inspi­ra ações em seu país. Como exem­p­lo, ele citou as medi­das para  ampli­ar a cober­tu­ra vaci­nal em algu­mas regiões. “Nós enfrenta­mos isso com o que nós apren­demos do sis­tema brasileiro, baten­do na por­ta e enga­jan­do as comu­nidades”, disse em refer­ên­cia a pro­gra­mas como o Saúde da Família e as ações de bus­ca ati­va.

Ao comen­tar sobre o uso de dados, Ahmed desta­cou por diver­sas vezes a neces­si­dade de que haja transparên­cia e con­t­role social no uso dessas infor­mações. “O públi­co tem pre­ocu­pações éti­cas sobre os dados. Como nós vamos cole­tar os dados? Como vão armazená-los? E como vamos usar ess­es dados?”, ques­tio­nou.

Edição: Juliana Andrade

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