...
quarta-feira ,9 outubro 2024
Home / Saúde / Domingo é o Dia Nacional de Combate ao Aedes Aegypti

Domingo é o Dia Nacional de Combate ao Aedes Aegypti

Repro­dução: © Reuters/Paulo Whitaker/Direitos Reser­va­dos

Até agosto, houve pouco mais de 1,5 milhão de casos de dengue no país


Pub­li­ca­do em 19/11/2023 — 08:13 Por Pedro Peduzzi — Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

ouvir:

O próx­i­mo domin­go (19) será o Dia Nacional de Com­bate ao Aedes aegyp­ti, data sím­bo­lo para enfrenta­men­to ao mos­qui­to que, des­de 2000, é respon­sáv­el por cer­ca de 20 mil­hões de diag­nós­ti­cos de três doenças muito pre­sentes no Brasil: a dengue, a chikun­gun­ya e o Zika vírus. Esse poderoso vetor de doenças – o Aedes aegyp­ti – pode ser com­bat­i­do. Mas, pre­cisa da con­sci­en­ti­za­ção e da colab­o­ração de todos.

Segun­do o Min­istério da Saúde, as ações ado­tadas em parce­rias com sec­re­tarias estad­u­ais e munic­i­pais de Saúde resul­taram na “expres­si­va que­da” de 97% do número de casos noti­fi­ca­dos de dengue no Brasil, entre abril e setem­bro.

“Na 15ª sem­ana do ano, de 9 a 15 de abril, foram reg­istra­dos 114.255 casos sus­peitos da doença. Na 35ª sem­ana, de 27 de agos­to e 2 de setem­bro, hou­ve 3.254 casos de dengue”, infor­mou o min­istério à Agên­cia Brasil. Acres­cen­tou que é no perío­do de março a jun­ho que se cos­tu­ma reg­is­trar maior incidên­cia de arbovi­ros­es no país.

Em 2023, o total de “casos prováveis” da doença reg­istra­dos até final de agos­to esta­va em pouco mais de 1,5 mil­hão — número ligeira­mente maior do que o ano­ta­do durante todo o ano de 2022, quan­do hou­ve quase 1,4 mil­hão de reg­istros. Em 2021, foram pouco menos de 532 mil ocor­rên­cias.

Ações

O cli­ma quente colab­o­ra para a repro­dução do mos­qui­to e para um maior número de pes­soas con­t­a­m­i­nadas no país

A fim de evi­tar uma situ­ação ain­da pior, o gov­er­no tem ado­ta­do ini­cia­ti­vas como a mobi­liza­ção do Cen­tro de Oper­ações de Emergên­cias de Arbovi­ros­es (COE) que, além de ter imple­men­ta­do 11 ações de apoio aos esta­dos com maior número de casos e óbitos por dengue e chikun­gun­ya, dis­tribuiu até hoje cer­ca de 345 mil reações de sorolo­gia e via­bi­li­zou 131 mil exam­es.

Ain­da segun­do o min­istério, foram investi­dos R$ 84 mil­hões na com­pra de adul­ti­ci­da e lar­vi­ci­da para as ações de com­bate ao mos­qui­to no país.

Um proces­so de estrat­i­fi­cação de risco intra­mu­nic­i­pal foi ini­ci­a­do em áreas con­sid­er­adas pri­or­itárias para a imple­men­tação de novas tec­nolo­gias, como bor­ri­fação resid­ual intradomi­cil­iar, armadil­has dis­sem­i­nado­ras de lar­vi­ci­das e a adoção do méto­do Wol­bachia, que con­siste na lib­er­ação de mos­qui­tos con­tendo uma bac­téria que impede o desen­volvi­men­to das doenças nos próprios inse­tos.

Out­ras medi­das desta­cadas pelo gov­er­no foram o lança­men­to do painel públi­co de dados de arbovi­ros­es; a ante­ci­pação da cam­pan­ha nacional de mobi­liza­ção da pop­u­lação; a capac­i­tação de mais de 9,5 mil profis­sion­ais de saúde via Uni­ver­si­dade Aber­ta do Sis­tema Úni­co de Saúde (Una-SUS) e de 2.196 profis­sion­ais de saúde para mane­jo clíni­co, vig­ilân­cia e con­t­role de arbovi­ros­es com treina­men­to pres­en­cial.

O Min­istério da Saúde argu­men­ta que essas medi­das podem ser insu­fi­cientes sem que haja estí­mu­lo à par­tic­i­pação comu­nitária para elim­i­nação de focos dos mos­qui­tos. “Atual­mente, o com­bate ao vetor Aedes aegyp­ti é o prin­ci­pal méto­do para a pre­venção e con­t­role das arbovi­ros­es”, infor­mou.

Sintomas

Os sin­tomas de dengue, chikun­gun­ya ou zika são semel­hantes: febre de iní­cio abrup­to, acom­pan­ha­da de dor de cabeça, dores no cor­po e artic­u­lações, pros­tração, fraque­za, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele e man­chas ver­mel­has pelo cor­po, além de náuse­as, vômi­tos e dores abdom­i­nais.

A ori­en­tação é a de, apre­sen­tan­do ess­es sin­tomas, procu­rar a unidade ou serviço de saúde mais per­to da residên­cia assim que sur­girem os primeiros sin­tomas.

Algu­mas medi­das pre­ven­ti­vas aju­dam no com­bate à doença: evi­tar água para­da, esvaziar gar­rafas, não esto­car pneus em áreas descober­tas, não acu­mu­lar água em lajes ou cal­has, colo­car areia nos vasos de plan­ta e cobrir bem tonéis e caixas d’água são algu­mas ini­cia­ti­vas bási­cas para evi­tar a pro­lif­er­ação do mos­qui­to.

Todo local de água para­da deve ser elim­i­na­do, pois é lá que o mos­qui­to trans­mis­sor colo­ca os ovos.

Veja aqui algu­mas ori­en­tações do Min­istério da Saúde.

Mosquito Aedes aegypti
Repro­dução: Mos­qui­to Aedes aegyp­ti é respon­sáv­el pela trans­mis­são dos vírus da dengue — Arquivo/Agência Brasil

Como eliminar principais tipos de criadouro do mosquito

- Cer­ti­ficar que caixa d’água e out­ros reser­vatórios de água este­jam dev­i­da­mente tam­pa­dos;

- Reti­rar fol­has ou out­ro tipo de sujeira que pode ger­ar acú­mu­lo de água nas cal­has;

- Guardar pneus em locais cober­tos;

- Guardar gar­rafas com a boca vira­da para baixo;

- Realizar limpeza per­iódi­ca em ralos, canale­tas e out­ros tipos de escoa­men­tos de água;

- Limpar e reti­rar acú­mu­lo de água de ban­de­jas de ar-condi­ciona­do e de geladeiras;

- Lavar as bor­das dos recip­i­entes que acu­mu­lam água com sabão e escova/bucha;

- Jog­ar as lar­vas na ter­ra ou no chão seco;

- Para grandes depósi­tos de água e out­ros reser­vatórios de água para con­sumo humano é necessária a pre­sença de agente de saúde para apli­cação do lar­vi­ci­da;

- Uti­lizar areia nos pratos de vasos de plan­tas ou realizar limpeza sem­anal;

- Reti­rar água e faz­er limpeza per­iódi­ca em plan­tas e árvores que podem acu­mu­lar água, como bam­bu e bromélias;

- Guardar baldes com a boca vira­da para baixo;

- Esticar lonas usadas para cobrir obje­tos, como pneus e entul­hos;

- Man­ter limpas as pisci­nas;

- Guardar ou jog­ar no lixo os obje­tos que podem acu­mu­lar água: tam­pas de gar­rafa, fol­has secas, brin­que­dos;

- Em recip­i­entes com lar­vas onde não é pos­sív­el elim­i­nar ou dar a des­ti­nação ade­qua­da, colo­car pro­du­tos de limpeza (sabão em pó, deter­gente, desin­fe­tante e cloro de pisci­na) e inspe­cionar sem­anal­mente o recip­i­ente, des­de que a água não seja des­ti­na­da a con­sumo humano ou ani­mal. É impor­tante solic­i­tar a pre­sença de agente de saúde para realizar o trata­men­to com lar­vi­ci­da.

Como efetuar a limpeza

Tam­par e lavar reser­vatórios de água são ações impor­tantes para o com­bate ao Aedes aegyp­ti. A limpeza deve ser per­iódi­ca com água, bucha e sabão. Ao acabar a água do reser­vatório, é necessário faz­er uma nova lavagem nos recip­i­entes e guardá-los de cabeça para baixo. Esse cuida­do é essen­cial porque os ovos do mos­qui­to podem viv­er mais de um ano no ambi­ente seco.

Edição: Kle­ber Sam­paio

LOGO AG BRASIL

Você pode Gostar de:

Saiba o que é doença de Crohn, que afeta o jornalista Evaristo Costa

Síndrome não tem cura, mas o tratamento pode controlar os sintomas Éri­ca San­tana — Repórter …