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Eclipse do Sol acontece hoje à tarde; veja horário e como observar

Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste terão a chance de ver o fenômeno

Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­da em 02/10/2024 — 12:09
Rio de Janeiro
Eclipse solar
Repro­dução: © Divul­gação Min­istério da Ciên­cia, Tec­nolo­gia e Ino­vação

Nes­ta quar­ta-feira (2), moradores das regiões Sul, Sud­este e Cen­tro-Oeste terão a chance de obser­var um eclipse solar que ocor­rerá no fim da tarde, próx­i­mo ao pôr do sol.  O fenô­meno ocorre quan­do a Lua se alin­ha entre a Ter­ra e o Sol, o que faz com que a som­bra da Lua não cubra total­mente o Sol, mes­mo o satélite estando muito mais próx­i­mo da Ter­ra do que o Sol, o que faz apare­cer o chama­do “anel de fogo” no céu.

O eclipse será vis­to como anu­lar em uma estre­i­ta faixa que pas­sa pelo Oceano Pací­fi­co, Oceano Atlân­ti­co e no extremo sul da Améri­ca do Sul, incluin­do Chile e Argenti­na.

De acor­do com a astrôno­ma do Obser­vatório Nacional, Josi­na Nasci­men­to “quan­to mais ao sul maior será a área eclip­sa­da [cober­ta pela Lua]”, expli­cou.

Fenômeno

Tan­to no eclipse total quan­to no anu­lar, a Lua se alin­ha entre a Ter­ra e o Sol, blo­que­an­do toda ou a maior parte da luz do sol em uma parte da super­fí­cie da Ter­ra. A som­bra mais escu­ra, onde toda a luz solar é blo­quea­da, é chama­da umbra. Em torno da umbra se define a som­bra mais clara, a penum­bra, onde a luz solar é par­cial­mente blo­quea­da e o eclipse é vis­to como par­cial.

“Esse tipo de eclipse ocorre quan­do a Lua está em seu apogeu, o pon­to mais dis­tante de sua órbi­ta da Ter­ra, ou próx­i­ma deste pon­to, fazen­do com que pareça menor do que o Sol no céu. A fre­quên­cia com que os eclipses do Sol ocor­rem é, em média, duas vezes por ano, poden­do ser somente par­ci­ais, anu­lares ou totais. O últi­mo eclipse anu­lar do Sol ocor­reu em 14 de out­ubro de 2023 e foi vis­to em uma parte do Brasil”, esclare­ceu Josi­na.

No eclipse de out­ubro de 2023, o Obser­vatório Nacional coor­de­nou uma grande ação integra­da inter­na­cional para obser­vação e trans­mis­são do even­to astronômi­co. A trans­mis­são super­ou 2,2 mil­hões de visu­al­iza­ções, com retrans­mis­são das ima­gens brasileiras pela Nasa (agên­cia espa­cial norte-amer­i­cana)  e o Time and Date (orga­ni­za­ção inter­na­cional que fornece serviços rela­ciona­dos ao tem­po, cli­ma, fenô­menos astronômi­cos e fusos horários).

De acor­do com a astrôno­ma, eclipses da Lua e do Sol cos­tu­mam ocor­rer em sequên­cia. Isso se deve à incli­nação da órbi­ta da Lua em relação à Ter­ra. No caso deste eclipse anu­lar, ele faz par com o eclipse par­cial da Lua ocor­ri­do na noite de 17 para 18 de setem­bro.

Observação do Brasil

Para aque­les que pre­ten­dem obser­var o eclipse, é impor­tante estar em um local com vista des­im­pe­di­da para o oeste, uma vez que o even­to ocor­rerá próx­i­mo ao pôr do sol.

No Rio de Janeiro, por exem­p­lo, o eclipse par­cial começará às 17h01, atin­girá seu máx­i­mo às 17h42, e o Sol irá se pôr às 17h52.

Josi­na Nasci­men­to aler­ta para os cuida­dos necessários para obser­var o fenô­meno.

“Em hipótese algu­ma olhe dire­ta­mente para o Sol sem pro­teção ade­qua­da. Ócu­los escuros, cha­pas de raio‑X ou out­ros fil­tros caseiros não pro­tegem con­tra os danos. É essen­cial uti­lizar fil­tros cer­ti­fi­ca­dos, como os ócu­los espe­ci­ais para obser­vação solar ou vidros de sol­dador 14”, infor­mou.

Transmissão ao vivo

O Obser­vatório Nacional fará trans­mis­são ao vivo do eclipse anu­lar no YouTube, em parce­ria com astrônomos do Pro­je­to Céu em sua Casa: obser­vação remo­ta e com o Time And Date.

LOGO AG BRASIL

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