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Eclipse solar amanhã só poderá ser visto em regiões remotas

Repro­dução: © Divul­gação Min­istério da Ciên­cia, Tec­nolo­gia e Ino­vação

No Brasil, site do Observatório Nacional mostrará fenômeno


Pub­li­ca­do em 29/04/2022 — 06:32 Por Pedro Peduzzi — Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

Poucos verão com os próprios olhos, mas muitos poderão acom­pan­har – na pági­na do Obser­vatório Nacional no Youtube – o eclipse solar em regiões remo­tas do plan­e­ta. Será na tarde deste sába­do (30).O fenô­meno só poderá ser obser­va­do por quem estiv­er na parte sul da Améri­ca do Sul, espe­cial­mente no extremo do con­ti­nente, onde o eclipse será mais inten­so, abrangen­do entre 40% e 54% do dis­co do Sol.

Segun­do o Obser­vatório Nacional, o eclipse poderá ser vis­to tam­bém em partes da Antár­ti­ca e na parte sul dos oceanos Pací­fi­co e Atlân­ti­co.

Este é o primeiro dos dois eclipses solares pre­vis­tos para este ano – nen­hum observáv­el no Brasil. Ele terá iní­cio às 15h45 (horário de Brasília).

A retrans­mis­são ao vivo, do Obser­vatório Nacional, terá iní­cio um pouco mais cedo, às 15h. Nela, os amantes da astrono­mia terão muitas atrações, prom­ete a astrôno­ma Josi­na Nasci­men­to.

Além de explicar como ocor­rem os eclipses, ela disponi­bi­lizará ima­gens de out­ro fenô­meno solar, vis­to a par­tir de Marte. “São ima­gens obti­das do pon­to de vista mar­ciano, flagradas pelo rover Per­se­ver­ance, que está em Marte. O vídeo mostra o momen­to em que a lua Fobos pas­sou em frente ao Sol. É imperdív­el”, disse à Agên­cia Brasil a astrôno­ma.

Lua entre o Sol e a Terra

De acor­do com o Obser­vatório Nacional, eclipses solares ocor­rem quan­do a Lua fica entre o Sol e a Ter­ra, pro­je­tan­do uma som­bra sobre o plan­e­ta. A som­bra mais escu­ra, onde toda a luz solar é blo­quea­da, é chama­da umbra. Em torno da umbra se define a som­bra mais clara, a penum­bra, onde a luz solar é par­cial­mente blo­quea­da.

Se o obser­vador está na estre­i­ta faixa da Ter­ra atingi­da pela umbra, ele vai ver o eclipse total. Se está na área atingi­da pela penum­bra, verá como par­cial. “E nos casos em que não há definição da umbra, como os eclipses solares de 2022, temos somente eclipse par­cial”.

Em média, um eclipse total do Sol ocorre a cada 18 meses, mas por serem visíveis somente em estre­i­ta faixa sobre a Ter­ra, pare­cem muito raros.

Cuidados para a observação

A obser­vação de eclipses solares nun­ca deve ser fei­ta nem a olho nu, nem com ócu­los escuros, cha­pas de Raio X ou filmes fotográ­fi­cos, porque a clar­i­dade e o calor do Sol podem dan­i­ficar seri­amente a reti­na.

Uma sug­estão dada por espe­cial­is­tas é de que inter­es­sa­dos em faz­er esse tipo de obser­vação pro­curem, em lojas de fer­ra­gens ou de mate­ri­ais de con­strução, o chama­do vidro de sol­da. A tonal­i­dade desse vidro deve ser, no mín­i­mo, 14. O vidro deve ser colo­ca­do diante dos olhos para uma obser­vação segu­ra do Sol.

Outras retransmissões

Diante do grande inter­esse cau­sa­do pela astrono­mia, o Obser­vatório Nacional tem feito diver­sas lives, nas quais comen­ta even­tu­ais fenô­menos que este­jam ocor­ren­do.

A retrans­mis­são do eclipse solar não será a úni­ca deste sába­do. Mais cedo, às 4h, Josi­na fará out­ra trans­mis­são, na qual mostrará ima­gens e comen­tará a con­junção entre os dois plan­e­tas mais bril­hantes: Júpiter e Vênus.

Como o fenô­meno con­tin­uará pelos próx­i­mos dias, está pre­vista out­ra live, no mes­mo horário, domin­go (1º). “As lives sobre essa con­junção serão muito espe­ci­ais porque mostrarão algo que não é visív­el a olho nu: a par­tic­i­pação de Netuno nesse alin­hamen­to”, disse ela.

“Isso será pos­sív­el porque mostraremos ima­gens cap­tadas a par­tir dos telescó­pios de astrônomos profis­sion­ais e amadores, par­ceiros do Obser­vatório”, com­ple­tou.

Todas as lives serão trans­mi­ti­das pela pági­na do Obser­vatório Nacional no Youtube. Para acessá-la, clique aqui.

Edição: Graça Adju­to

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