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Élcio Queiroz diz que foi usado por Lessa no assassinato de Marielle

Repro­dução: © Arquivo/Guilherme Cunha/ Alerj

Ex-sargento da PM do Rio prestou depoimento ao STF


Publicado em 30/08/2024 — 20:10 Por André Richter — Repórter da Agência Brasil — Brasília

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O ex-sar­gen­to da Polí­cia Mil­i­tar do Rio de Janeiro Élcio Queiroz prestou depoi­men­to nes­ta sex­ta-feira (30) na ação penal aber­ta pelo Supre­mo Tri­bunal Fed­er­al (STF) para apu­rar se os irmãos Brazão e out­ros acu­sa­dos atu­aram como man­dantes do assas­si­na­to da vereado­ra Marielle Fran­co e do motorista Ander­son Gomes, em 2018.

Élcio dirigiu o car­ro uti­liza­do pelo ex-poli­cial Ron­nie Lessa, réu con­fes­so do assas­si­na­to, para matar a vereado­ra. Ele está pre­so e assi­nou acor­do de delação no qual assum­iu par­tic­i­pação no crime.

O ex-poli­cial disse que foi envolvi­do em uma “rede de men­ti­ras” e não sabia que iria par­tic­i­par do assas­si­na­to ao ser chama­do por Lessa para diri­gir o veícu­lo usa­do no crime. Élcio afir­mou que nun­ca tin­ha ouvi­do falar da vereado­ra.

“Acho que ele [Ron­nie] foi desleal comi­go e me enganou. Fui envolvi­do numa rede de men­ti­ra. Ele me usou”, afir­mou.

Ape­sar de falar que Lessa foi desleal, Élcio Queiroz disse que con­tin­u­ou a amizade com o ex-poli­cial após o crime.

“Eu con­tin­uei com min­ha amizade com Ron­nie, mas eu fiquei chatea­do por não ter fal­a­do que seria homicí­dio”, disse.

O ex-sar­gen­to tam­bém deu detal­h­es sobre os momen­tos que ante­ced­er­am o assas­si­na­to de Marielle.

Ele con­tou que aler­tou Lessa sobre a pre­sença de Ander­son e de Fer­nan­da Chaves, asses­so­ra da vereado­ra, no car­ro, e disse que ele pode­ria “matar inocentes”. No entan­to. Ron­nie acio­nou o “modo raja­da” da sub­me­tral­hado­ra HK uti­liza­da no crime. Fer­nan­da não foi atingi­da pelos tiros e sobre­viveu.

“Ouvi os dis­paros, foi rápi­do, mas fez muito barul­ho. Não vi nem a Marielle sendo exe­cu­ta­da”, com­ple­tou.

No proces­so, são réus o con­sel­heiro do Tri­bunal de Con­tas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domin­gos Brazão, o irmão dele, Chiquin­ho Brazão, dep­uta­do fed­er­al (sem Par­tido-RJ), o ex-chefe da Polí­cia Civ­il do Rio de Janeiro Rival­do Bar­bosa e o major da Poli­cia Mil­i­tar Ronald Paulo de Alves Pereira. Todos respon­dem pelos crimes de homicí­dio e orga­ni­za­ção crim­i­nosa e estão pre­sos.

Cer­ca de 70 teste­munhas devem depor na ação penal. Os depoi­men­tos dos réus serão real­iza­dos somente no fim do proces­so.

Nes­ta sem­ana, Ron­nie Lessa tam­bém prestou depoi­men­to e disse que ficou saben­do ante­ci­pada­mente da oper­ação da Poli­cia Civ­il do Rio de Janeiro que o pren­deu e que o assas­si­na­to da vereado­ra foi plane­ja­do para evi­tar a cono­tação de crime políti­co e a entra­da da Polí­cia Fed­er­al no caso.

Edição: Juliana Andrade

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