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Emissões de carbono na Amazônia registram aumento em 2019 e 2020

Repro­dução: © Antônio Cruz/Agência Brasil

Crescimento foi de 89% em 2019 e de 122% em 2020, mostra estudo


Pub­li­ca­do em 23/08/2023 — 16:52 Por Sab­ri­na Craide — Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

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As emis­sões de dióx­i­do de car­bono (CO2) na Amazô­nia aumen­taram 89% em 2019 e 122% em 2020, na com­para­ção com a média reg­istra­da entre 2010 e 2018. Os dados são de estu­do pub­li­ca­do pela revista Nature nes­ta quar­ta-feira (23), que con­tou com a par­tic­i­pação de cien­tis­tas do Insti­tu­to Nacional de Pesquisas Espa­ci­ais (Inpe).

Segun­do o estu­do, a redução na apli­cação das leis de pro­teção ambi­en­tal e das políti­cas públi­cas de con­t­role do des­mata­men­to na Amazô­nia em 2019 e 2020 resul­tou no aumen­to das emis­sões de car­bono na região. Entre os prin­ci­pais fatores estão o des­mata­men­to, a queima de bio­mas­sa e a degradação flo­re­stal.

“A gente vê clara­mente a relação entre a subi­da dos des­mata­men­tos e a redução das mul­tas apli­cadas”, apon­ta a pesquisado­ra do Inpe Luciana Gat­ti, coor­de­nado­ra da pesquisa. As mul­tas emi­ti­das pelos órgãos de fis­cal­iza­ção dimin­uíram 30% em 2019 e 54% em 2020 e o paga­men­to das mul­tas caiu 74% e 89% respec­ti­va­mente.

“A pesquisa faz com que a nos­sa pos­tu­ra seja de ain­da mais com­pro­mis­sos e ini­cia­ti­vas que pos­sam mod­i­ficar essa tendên­cia”, disse a min­is­tra da Ciên­cia, Tec­nolo­gia e Ino­vação, Luciana San­tos, lem­bran­do que em jul­ho deste ano o des­mata­men­to na Amazô­nia teve redução de 66%.

A pesquisa apon­ta aumen­to de 80% no des­mata­men­to da região no perío­do anal­isa­do, além de 42% de aumen­to nas áreas queimadas, 693% na expor­tação de madeira bru­ta sain­do da região, 68% na área plan­ta­da de soja, 58% na área plan­ta­da de mil­ho e de 13% no reban­ho bovi­no den­tro da Amazô­nia.

O estu­do é assi­na­do por 30 cien­tis­tas, incluin­do profis­sion­ais espe­cial­iza­dos no mon­i­tora­men­to de des­mata­men­to e queimadas do Inpe, além de pesquisadores da Uni­ver­si­dade Fed­er­al de Minas Gerais e out­ras insti­tu­ições brasileiras e inter­na­cionais. Foram real­iza­dos 742 voos entre 2010 e 2020 para cole­ta de amostras.

Edição: Juliana Andrade

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