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Empresas não protegem crianças na internet, dizem 9 em cada 10 pessoas

Repro­dução: © Val­ter Campanato/Agência Brasil

Pesquisa do Instituto Alana foi divulgada nessa quinta-feira (12)


Publicado em 13/09/2024 — 08:02 Por Bruno Bocchini — Repórter da Agência Brasil — São Paulo

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Pesquisa do Insti­tu­to Alana mostra que nove em dez brasileiros acred­i­tam que as empre­sas de redes soci­ais estão fazen­do menos do que o sufi­ciente para pro­te­ger cri­anças e ado­les­centes na inter­net. Para o lev­an­ta­men­to foram entre­vis­tadas 2.009 pes­soas pelo Datafol­ha, com 16 anos ou mais, de todas as class­es soci­ais, entre os dias 12 e 18 de jul­ho.

De acor­do com a pesquisa, divul­ga­da nes­sa quin­ta-feira (12), 97% dos entre­vis­ta­dos apon­taram que as empre­sas dev­e­ri­am tomar uma das seguintes medi­das para pro­te­ger as cri­anças e ado­les­centes na inter­net: solic­i­tar a com­pro­vação de iden­ti­dade dos usuários; mel­ho­rar o atendi­men­to e apoio ao con­sum­i­dor para denún­cias; proibir a pub­li­ci­dade e ven­da para cri­anças; acabar com a repro­dução automáti­ca e rolagem infini­ta de vídeos, como reels ou shorts; ou lim­i­tar o tem­po de uso dos serviços.

“A pesquisa e seus resul­ta­dos expres­sivos mostram que é real­mente difun­di­da a per­cepção de que a fal­ta de ação das empre­sas, no sen­ti­do cumprir com seu dev­er con­sti­tu­cional de pro­te­ger as cri­anças e os ado­les­centes no ambi­ente dig­i­tal, está impactan­do neg­a­ti­va­mente o desen­volvi­men­to inte­gral”, desta­cou a co-líder do Eixo Dig­i­tal e coor­de­nado­ra do pro­gra­ma Cri­ança e Con­sumo, do Insti­tu­to Alana, Maria Mel­lo.

O lev­an­ta­men­to mostra ain­da que oito em cada dez brasileiros acred­i­tam que a lei brasileira pro­tege menos as cri­anças e ado­les­centes do que a de out­ros país­es. Quan­do a questão recai sobre a Lei Ger­al de Pro­teção de Dados (LGPD), sete em cada dez brasileiros acred­i­tam que ela não tem sido efi­caz no com­bate à pub­li­ci­dade infan­til.

A pesquisa con­sta­ta tam­bém que há uma per­cepção ger­al na sociedade brasileira de que as redes soci­ais têm impacto sobre a segu­rança, saúde e o desen­volvi­men­to das cri­anças e ado­les­centes: 93% con­cor­dam que as cri­anças e ado­les­centes estão fican­do vici­adas em redes soci­ais; 92% con­cor­dam que é muito difí­cil para cri­anças e ado­les­centes se defend­erem soz­in­has de vio­lên­cias e de con­teú­dos inad­e­quad para sua idade; 87% con­cor­dam que a exibição de pro­pa­gan­das e com­er­ci­ais para cri­anças e ado­les­centes nas redes soci­ais incen­ti­va o con­sumo em exces­so; e 86% con­cor­dam que os con­teú­dos mais aces­sa­dos atual­mente por cri­anças e ado­les­centes não são ade­qua­dos para a idade deles.

Edição: Graça Adju­to

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