...
segunda-feira ,9 dezembro 2024
Home / Educação / Enem: cursos populares são oportunidade para alunos de baixa renda

Enem: cursos populares são oportunidade para alunos de baixa renda

Grupo acredita que exame é chance de entrar na universidade

Lety­cia Bond — Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 01/11/2024 — 10:29
São Paulo
Brasília (DF), 24/10/2024 - Alunos do colégio Galois em sala de aula na preparação dos últimos dias antes da prova do Enem 2024. Foto: José Cruz/Agência Brasil
Repro­dução: © José Cruz/Agência Brasil

No próx­i­mo domin­go (3), o Insti­tu­to Nacional de Estu­dos e Pesquisas Edu­ca­cionais Aní­sio Teix­eira (Inep) apli­cará o Exame Nacional do Ensi­no Médio (Enem), em 1.753 municí­pios de todas as regiões do país. A edição deste ano teve mais de 4,3 mil­hões de inscritos, sendo 1,6 mil­hão deles con­cluintes do ensi­no médio.

Há can­didatos que enfrentam inúmeras difi­cul­dades para par­tic­i­par do exame, que é uma das prin­ci­pais por­tas para o ensi­no supe­ri­or, senão a úni­ca, como acon­tece em alguns casos. Este ano, por exem­p­lo, mais de 65 mil pes­soas solic­i­taram atendi­men­to espe­cial­iza­do para realizar o teste, das quais a maio­r­ia, cer­ca de 30 mil, têm déficit de atenção. Out­ras 8.622 têm baixa visão.

Estu­dantes de todo o Brasil aguardam com ansiedade a chega­da do Enem, e um grupo, em espe­cial, acred­i­ta que é a sua chance de ter aces­so à uni­ver­si­dade: os de família de baixa ren­da, que não têm condições de pagar por aulas preparatórias e encon­tram no cursin­ho pop­u­lar uma saí­da. A desigual­dade social impreg­na tam­bém a edu­cação, começan­do já no ensi­no bási­co, no qual alunos com maior ren­da podem estu­dar em esco­las pri­vadas e con­tar, muitas vezes, com um ensi­no de qual­i­dade muito supe­ri­or à encon­tra­da na rede públi­ca.

No esta­do de São Paulo, 302.392 dos estu­dantes que irão prestar a pro­va estão con­cluin­do o ensi­no médio na rede públi­ca. Eles rep­re­sen­tam quase 80% do total de can­didatos com esse per­fil.

Universidade pública como vetor

Os pro­fes­sores da Esco­la Preparatória da UFABC têm de aux­il­iar cer­ca de 600 estu­dantes a estarem pron­tos para o Enem, anual­mente. O cursin­ho surgiu há 15 anos, por ini­cia­ti­va de alunos da uni­ver­si­dade e pas­sou a ter o pro­fes­sor Leonar­do José Steil entre seus docentes quan­do ele o perce­beu como uma opor­tu­nidade de entrar no mun­do da edu­cação.

Quími­co de for­mação, fez car­reira acadêmi­ca, mas encer­ra­do em lab­o­ratórios, Steil foi aprova­do no con­cur­so para docente da UFABC e pre­cisou pen­sar sobre ativi­dades de exten­são. Foi quan­do alunos da grad­u­ação o con­tataram, per­gun­tan­do se toparia se jun­tar a eles para colo­car o pro­je­to em práti­ca. A intenção era, como toda ativi­dade dessa natureza, traz­er a comu­nidade do entorno da uni­ver­si­dade para den­tro dela, o que de fato acon­te­ceu, uma vez que as aulas são dadas den­tro da insti­tu­ição.

“Essa opor­tu­nidade acabou, inclu­sive, mudan­do toda min­ha história de vida, min­ha tra­jetória acadêmi­ca. Hoje em dia, eu faço pesquisa de ensi­no, na área de for­mação de pro­fes­sores. Estou fazen­do ped­a­gogia ago­ra, pela Uni­vesp [Uni­ver­si­dade Vir­tu­al do Esta­do de São Paulo], porque sen­ti neces­si­dade de ter uma base pedagóg­i­ca. Para mim, foi muito impor­tante ter esse encon­tro, esse con­vite”, afir­ma ele, que ini­ciou o cur­so de ped­a­gogia aos 44 anos de idade.

No iní­cio do pro­je­to, os orga­ni­zadores tiver­am que faz­er mais esforço para divul­gá-lo, vis­i­tan­do esco­las e ali­men­tan­do redes soci­ais. Com o tem­po, porém, a procu­ra começou a ser orgâni­ca, com inter­es­sa­dos chegan­do a ele, até a pan­demia de covid-19, perío­do em que o cursin­ho sofreu, como out­ros espaços de edu­cação, impactos e o impeli­ram a retomar os canais de divul­gação do serviço.

“A procu­ra por con­tin­uar os estu­dos, apro­fundá-los, faz­er uma edu­cação con­tin­u­a­da tem dimin­uí­do. Então, o número de can­didatos de vestibu­lares, que fazem o Enem foi dimin­uin­do. Em 2023, voltou a crescer. Ago­ra em 2024, tam­bém. E a gente espera que isso ten­ha sido um momen­to difí­cil para todo mun­do e que se recu­pere o inter­esse por estu­dar”, diz ele.

Con­forme ressalta o pro­fes­sor, o cursin­ho aca­ba ten­do diver­sos fins, poden­do até mel­ho­rar a autoes­ti­ma dos estu­dantes. “Todos os cursin­hos pop­u­lares tra­bal­ham no reforço esco­lar, mas tam­bém em out­ros aspec­tos, como pro­je­to de vida dos estu­dantes, autoim­agem. E tudo isso aca­ba sendo fun­da­men­tal não só para o aces­so à edu­cação, mas para a per­manên­cia do aluno, porque entrar em uma uni­ver­si­dade públi­ca, de qual­i­dade, é um proces­so difí­cil, mas con­seguir um diplo­ma nes­sa uni­ver­si­dade é mais difí­cil. Mais do que um pro­je­to de aces­so ao ensi­no supe­ri­or, é de per­manên­cia no ensi­no supe­ri­or”, expli­ca Steil.

Um dos fatores que mais con­tribuem para aumen­tar a con­fi­ança que os estu­dantes têm em si mes­mos é a origem dos pro­fes­sores que lecionam na Esco­la Preparatória da UFABC: grande parte deles já esteve “do out­ro lado do bal­cão”, ou seja, já foi aluno do cursin­ho e hoje estu­da, em cur­sos de grad­u­ação ou pós-grad­u­ação, em uni­ver­si­dades públi­cas. O coor­de­nador garante que, mes­mo diante de salas com 100 alunos, os alunos se sen­tem acol­hi­dos porque sem­pre acabam se iden­ti­f­i­can­do com o jeito e a história de algum pro­fes­sor em par­tic­u­lar, o que faz com que acred­item mais no seu próprio poten­cial. “Eles recon­hecem naque­le pro­fes­sor alguém que é como eles e con­seguiu super­ar essa eta­pa de entrar no ensi­no supe­ri­or”, comen­ta.

Sonhos moldados

Aspi­rante a econ­o­mista, a jovem negra Éri­ka Gon­za­ga, de 18 anos, reside no bair­ro da Pen­ha, zona leste, com dez pes­soas de sua família mater­na, sendo a metade de cri­anças, todas cri­adas por suas mães solo. Seus pais biológi­cos tra­bal­haram a vida toda sem carteira assi­na­da, isto é, na infor­mal­i­dade, e sem pis­ar em uma uni­ver­si­dade, mas uma dessas mul­heres com quem divide o teto rompeu o ciclo invisív­el de injustiça e opressão e con­quis­tou o diplo­ma uni­ver­sitário.

“Foi um movi­men­to na família, todo mun­do con­tribuía. Ela con­seguiu bol­sa de 50%, fazen­do uma pro­va da própria fac­ul­dade, e ess­es out­ros 50%, as out­ras mul­heres se jun­tavam para pagar. Na época, ela tra­bal­ha­va e con­seguia pagar uma parte e, quan­do não con­seguia, todo mun­do aju­da­va. A irmã dela tem ensi­no supe­ri­or [incom­ple­to], mas não con­seguiu man­ter, porque era par­tic­u­lar a fac­ul­dade e acabou largan­do, nun­ca mais voltou. Foi como um test dri­ve e acabou seguin­do. Hoje ela é empreende­do­ra”, com­par­til­ha.

Éri­ka fez prati­ca­mente todo o ensi­no bási­co — fun­da­men­tal e médio — em uma esco­la pri­va­da, onde tin­ha uma bol­sa de 80%, que durou até o últi­mo ano, quan­do teve que sair da insti­tu­ição, pela per­da do descon­to na men­sal­i­dade. No perío­do em que morou com sua mãe biológ­i­ca, que presta­va serviços de cof­fee break e dis­tribuição de brindes, a ded­i­cação aos estu­dos encol­heu, por ter tido que apoiá-la na área profis­sion­al, exercendo as funções de copeira e garçonete.

“Quan­do mar­cam [o serviço de cof­fee break], nor­mal­mente é para a man­hã. Então, ela não tin­ha ninguém e eu acaba­va fal­tan­do as aulas, porque min­ha bol­sa era para o perío­do da man­hã e eu não con­seguia estu­dar dire­ito. Quan­do pre­ci­sei sair da esco­la par­tic­u­lar, já esta­va em defasagem, por causa do tra­bal­ho”, obser­va.

Quan­do começou a pen­sar sobre o que que­ria para sua vida profis­sion­al, diver­sas opções, como História, sur­gi­ram na mente de Éri­ka. Ela, con­tu­do, acabou optan­do por con­cor­rer a uma vaga no cur­so de Econo­mia, pela maior prob­a­bil­i­dade de aprovação e de con­seguir um emprego.

A jovem, que tem for­t­ale­ci­do sua segu­rança para a pro­va com a aju­da do Cursin­ho Vito Gian­not­ti, na Praça da Árvore, comen­ta que diver­sas cole­gas, tam­bém negras, usaram o mes­mo critério para a escol­ha, sentin­do-se pres­sion­adas a igno­rar vocações. Out­ro aspec­to abor­da­do por Éri­ka diz respeito à prefer­ên­cia de muitos de seu cír­cu­lo social pelo ingres­so em insti­tu­ições de ensi­no par­tic­u­lares e, simul­tane­a­mente, a manutenção de um emprego que as per­mi­ta pagar a men­sal­i­dade.

“Não só a questão do mer­ca­do de tra­bal­ho, mas tam­bém por não se sen­tir capaz mes­mo. A maio­r­ia das pes­soas ao meu redor acabaram desistin­do ou mudan­do de opção”, afir­ma.

“Sem­pre falo que foi a maior sorte ter podi­do faz­er o cursin­ho, porque é jus­ta­mente esse lugar de crescer, se orga­ni­zar e ser acol­hi­do. Já estu­da­va, mas lá foi a grande base, min­ha grande vira­da. Ter um sen­so críti­co jun­to à edu­cação. Eles dizem que não dão aulas gra­tu­itas por filantropia, e sim pela con­sciên­cia de classe, para se ocu­par uni­ver­si­dades públi­cas. Orga­ni­zar um cole­ti­vo, dar esse suporte acadêmi­co, esse suporte críti­co, foi incrív­el, a grande vira­da. Não desisti da tra­jetória [do ingres­so na uni­ver­si­dade], que é lon­ga”, declara Éri­ka.

“O cursin­ho foi uma casa. Pre­tendo me for­mar e voltar para dar aula. É uma comu­nidade que quero levar para a vida”, acres­cen­ta.

Morador do bair­ro de Gua­ianas­es, zona leste de São Paulo, o estu­dante Gabriel Padil­ha, de 20 anos, com­ple­tou o ensi­no fun­da­men­tal na rede públi­ca, em uma esco­la mais per­to de casa, e fez o ensi­no médio em uma mais dis­tante, que fica­va a uma hora de ônibus de seu endereço, no Tat­u­apé. Tam­bém aluno do Cursin­ho Vito Gian­not­ti, ele teste­munha diari­a­mente a luta de sua irmã, de 22 anos, e sua tia, alu­nas de Dire­ito, para resi­s­tir à dupla jor­na­da. São a primeira ger­ação a ingres­sar ou ten­tar ingres­sar em uma insti­tu­ição de ensi­no supe­ri­or, pois os mais vel­hos da família pararam de estu­dar no ensi­no médio ou tiver­am que parar de fre­quen­tar a esco­la nes­sa fase.

O estu­dante rela­ta que a primeira, de 22 anos, já exerce a função de anal­ista fis­cal, que exige mui­ta atenção, e a segun­da pre­cisa se deslo­car, todos os dias, de Gua­ianas­es à região de Alphav­ille, mas ele mes­mo tem uma roti­na pux­a­da. “Tra­bal­ho o dia inteiro, das 8h às 18h, e depois eu ten­ho que sair cor­ren­do para o cursin­ho e chego em casa meia-noite. Aí, acor­do às 6h para tra­bal­har. É uma roti­na muito cansati­va”, diz ele, salien­tan­do que o dia a dia já abre desvan­ta­gens em relação a jovens que somente se dedicam a estu­dar para o Enem.

O jovem encon­trou na Físi­ca uma razão para seguir na lin­ha da pesquisa acadêmi­ca e con­fir­mou sua escol­ha, mais por com­bi­nar com seu dese­jo do que por ser uma área bas­tante deman­da­da por empre­gadores, segun­do ele. “Eu pen­so tam­bém na questão do mer­ca­do de tra­bal­ho, mas foi mais uma questão pes­soal mes­mo”, esclarece. “Antes, eu que­ria muito tra­bal­har com Físi­ca, Astrofísi­ca, prin­ci­pal­mente algu­ma agên­cia espa­cial, tipo a Nasa ou algu­ma chi­ne­sa que está crescen­do bas­tante. Come­cei a mudar um pouquin­ho e estou pen­san­do mais em tra­bal­har com acel­er­ador de partícu­las, de repente, na Uni­camp [Uni­ver­si­dade Estad­ual de Camp­inas].”

Um dos prin­ci­pais pon­tos da pro­va do Enem é o blo­co de questões sobre fatos da atu­al­i­dade, algo que requer que os estu­dantes se debrucem sobre os livros e apos­ti­las, mas tam­bém acom­pan­hem o que acon­tece no Brasil e no mun­do. Para Gabriel Padil­ha, os ali­a­dos, nesse caso, são o pod­cast e o noti­ciário tradi­cional. “É pod­cast e ler jor­nal, não assis­to muito à tele­visão”, resume.

Conteúdos da prova e política no cursinho

De acor­do com o coor­de­nador pedagógi­co do cursin­ho pop­u­lar da Asso­ci­ação Cul­tur­al de Edu­cadores e Pro­fes­sores das Uni­ver­si­dades de São Paulo (Ace­pusp), o pro­fes­sor Rena­to Mar­ques, na lista de per­gun­tas sobre História do Brasil, deve se destacar o perío­do do país enquan­to colô­nia. “E, quan­to a out­ras coisas gerais, idade mod­er­na e Idade Média. Do pon­to de Geografia, a parte que mais se desta­ca é a de geopolíti­ca, mas tam­bém entram espaço agrário e espaço urbano. Na Filosofia, a ênfase maior, tan­to no cam­po da filosofia anti­ga”, enu­mera ele, que atua na área de humanidades.

A tendên­cia é a de que haja, ain­da, questões sobre movi­men­tos soci­ais, o papel do Esta­do e o con­ceito de cidada­nia. Em menor número, dev­erão apare­cer per­gun­tas sobre o tema cul­tura e sociedade. Inda­ga­do sobre a pos­si­bil­i­dade de os estu­dantes terem que demon­strar mais con­hec­i­men­tos sobre o sul glob­al, o pro­fes­sor diz que sim. “A pre­sença de uma leitu­ra de mun­do menos eurocên­tri­ca, menos volta­da à visão do domínio do norte”, rela­ciona.

O coor­de­nador expli­ca que o cursin­ho entende que é sua obri­gação faz­er com que os alunos com­preen­dam que o con­tex­to socioe­conômi­co em que vivem é algo com­plexo e resul­ta­do de desigual­dades soci­ais que podem ser aten­u­adas por meio da luta cole­ti­va. “O cur­so aca­ba ten­do um papel políti­co, de faz­er um des­per­tar, uma toma­da de con­sciên­cia no sen­ti­do de que essa condição precária em que estão inseri­dos não acon­tece por aca­so, não pode nun­ca ser nat­u­ral­iza­da, que foi con­struí­da. E que o nos­so papel é ten­tar ofer­e­cer condições para que ten­ham fer­ra­men­tas para faz­er o enfrenta­men­to”, opina ele, que tam­bém atribui val­or à par­til­ha, com os alunos, de diver­sas dimen­sões da cul­tura.

Tami­ra Paixão, de 18 anos, fre­quen­ta o cursin­ho da Ace­pusp e ten­ta equi­li­brar os estu­dos, afaz­eres domés­ti­cos e os cuida­dos de seu irmão de 2 anos, assum­i­dos por ela quan­do a mãe tem que cumprir expe­di­ente pres­en­cial no Cen­tro Cul­tur­al de São Paulo (CCSP) e seu padras­to, pai da cri­ança, tam­bém está no tra­bal­ho. Ape­sar de jamais ter pas­sa­do neces­si­dade, ela sabe que a con­cor­rên­cia no Enem aca­ba se tor­nan­do uma com­petição desleal, com can­didatos prove­nientes de esco­las estru­tu­radas e out­ros com mais obstácu­los soci­ais a super­ar e egres­sos de esco­las com um ensi­no mais fra­co.

“Eu moro em um quin­tal em que moram min­ha avó, min­ha tia e eu. É um pouco barul­hen­to e é, às vezes, difí­cil de me con­cen­trar. Então, nesse perío­do próx­i­mo da pro­va, estou estu­dan­do no cursin­ho, fican­do para as aulas da tarde”, diz ela, morado­ra de Pir­i­tu­ba, zona norte da cap­i­tal, e que reduz­iu as aulas de dança de duas para uma vez por sem­ana e começou a focar mais na preparação para o Enem há um mês.

A mãe de Tami­ra já ergueu o canudo com o diplo­ma, após vencer a batal­ha e mãe solo que con­cil­ia o cotid­i­ano com um emprego, e seu pai se for­mou no ano pas­sa­do, em Logís­ti­ca, com 44 anos de idade. Para ele, o que impor­ta­va era ter um diplo­ma na área em que já tra­bal­ha, difer­ente­mente dela, que quer uma grad­u­ação que pro­por­cione real­iza­ção profis­sion­al e pes­soal. “O que eu que­ria real­mente faz­er é med­i­c­i­na vet­er­inária, mas a nota de corte é muito alta. Estou segu­ra de pas­sar, mas você fica naque­la de ‘há pes­soas mais preparadas, que estu­daram muito mais’. Então, optei por Biolo­gia, que tem uma nota de corte menor e tem a pos­si­bil­i­dade de mudar de cur­so. Pen­sei muito em ter um emprego no futuro e tam­bém numa nota de corte que me deixe mais segu­ra para pas­sar.”

LOGO AG BRASIL

Você pode Gostar de:

Alunos que sofrem bullying têm pior desempenho em prova internacional

Estudantes de 4º e 8º ano do fundamental responderam à questionários Mar­i­ana Tokar­nia – Repórter …