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Enem digital será presencial e candidato deve levar caneta preta

Estudantes chegam para o segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro(UERJ).
© Tomaz Silva/Agência Bra­sil (Repro­du­ção)

Provas de linguagens, ciências humanas e redação serão no domingo (31)


Publi­ca­do em 28/01/2021 — 06:20 Por Mari­a­na Tokar­nia — Repór­ter da Agên­cia Bra­sil — Rio de Janei­ro

A pri­mei­ra edi­ção do Exa­me Naci­o­nal do Ensi­no Médio (Enem) digi­tal come­ça nes­te domin­go (31). O exa­me será apli­ca­do de for­ma pilo­to para um núme­ro redu­zi­do de par­ti­ci­pan­tes, mas já pode­rá ser usa­do para con­cor­rer a vagas no ensi­no supe­ri­or. Embo­ra seja fei­to pelo com­pu­ta­dor, os can­di­da­tos deve­rão ir até os locais de pro­va e, assim como no Enem impres­so, levar cane­ta esfe­ro­grá­fi­ca de cor pre­ta.

“É inte­res­san­te lem­brar que os par­ti­ci­pan­tes se des­lo­cam até o local onde exis­te com­pu­ta­dor — a esco­la, uni­ver­si­da­de, facul­da­de, que se cadas­trou ante­ci­pa­da­men­te — e que devem levar cane­ta pre­ta por­que vão fazer reda­ção em papel ain­da este ano. Foi uma opção para não ter uma mudan­ça ain­da tão radi­cal”, expli­ca o dire­tor de Tec­no­lo­gia e Dis­se­mi­na­ção de Infor­ma­ções Edu­ca­ci­o­nais do Ins­ti­tu­to Naci­o­nal de Estu­dos e Pes­qui­sas Edu­ca­ci­o­nais Aní­sio Tei­xei­ra (Inep), Cami­lo Mus­si, em entre­vis­ta à Agên­cia Bra­sil.

Ao todo, 96.086 pes­so­as se ins­cre­ve­ram no exa­me, mas com o can­ce­la­men­to das pro­vas no Ama­zo­nas, por cau­sa do agra­va­men­to da pan­de­mia do novo coro­na­ví­rus, esse núme­ro caiu para 93.217 ins­cri­tos em 104 cida­des bra­si­lei­ras. Os ins­cri­tos no Ama­zo­nas farão o exa­me impres­so na data da rea­pli­ca­ção, dias 23 e 24 de feve­rei­ro.

Assim como no Enem impres­so, no pri­mei­ro dia, os par­ti­ci­pan­tes farão as pro­vas de lin­gua­gens, ciên­ci­as huma­nas e reda­ção. No segun­do dia, mate­má­ti­ca e ciên­ci­as da natu­re­za. O tem­po de pro­va e os horá­ri­os de apli­ca­ção tam­bém serão os mes­mos, cin­co horas e meia no pri­mei­ro dia e cin­co horas no segun­do. Os por­tões abrem tam­bém às 11h30 e fecham às 13h, no horá­rio de Bra­sí­lia.

A dife­ren­ça é que a pro­va será fei­ta pelo com­pu­ta­dor. As ques­tões obje­ti­vas serão todas mar­ca­das na tela, e os par­ti­ci­pan­tes não pre­ci­sa­rão pre­en­cher o car­tão-res­pos­ta à mão. A reda­ção, no entan­to, será escri­ta à mão, por isso a cane­ta esfe­ro­grá­fi­ca de tin­ta pre­ta, fabri­ca­da em mate­ri­al trans­pa­ren­te, é obri­ga­tó­ria. O tema e os tex­tos moti­va­do­res esta­rão na tela.

No segun­do dia de exa­me, a cane­ta tam­bém pode­rá ser usa­da. Os par­ti­ci­pan­tes rece­be­rão uma folha de ras­cu­nho para fazer os cál­cu­los das pro­vas de exa­tas à mão, caso dese­jem.

Vídeo explicativo

Os locais de pro­va estão dis­po­ní­veis no car­tão de con­fir­ma­ção de ins­cri­ção, na Pági­na do Par­ti­ci­pan­te. Tam­bém está dis­po­ní­vel um vídeo que expli­ca em deta­lhes como será o exa­me. Para garan­tir a segu­ran­ça, os par­ti­ci­pan­tes rece­be­rão, no dia da pro­va, um códi­go que pre­ci­sa­rão digi­tar na tela antes de come­çar o exa­me e tam­bém quan­do fina­li­za­rem as pro­vas.

Os com­pu­ta­do­res só terão aces­so às pro­vas. Os can­di­da­tos não terão aces­so, por exem­plo, à inter­net ou à cal­cu­la­do­ra. Na tela, quan­do a pro­va come­çar, apa­re­ce­rão todas as ques­tões. Será pos­sí­vel cli­car em qual dese­ja aces­sar. O sis­te­ma tam­bém per­mi­te que o can­di­da­to escre­va na tela com o mou­se e que mar­que as ques­tões para depois poder vol­tar nelas, por exem­plo.

“É impor­tan­te que todos vejam esse vídeo com cal­ma, mais de uma vez, para que che­guem na pro­va com tran­qui­li­da­de. O sis­te­ma é mui­to inte­ra­ti­vo e mui­to ami­gá­vel, mas se tiver vis­to o vídeo antes, vai ser mui­to melhor”, reco­men­da, Mus­si.

Che­gar cedo no Enem digi­tal tam­bém pode fazer dife­ren­ça. Antes de come­çar o exa­me, os par­ti­ci­pan­tes terão que ler uma série de ins­tru­ções na tela. “O par­ti­ci­pan­te, che­gan­do com ante­ce­dên­cia, sen­tan­do no com­pu­ta­dor, terá a opção de ler as ins­tru­ções da pro­va já. Não pode­rá aces­sar a pro­va, mas pode­rá, com cal­ma, ler as ins­tru­ções”, diz.

Medidas de segurança

As medi­das de segu­ran­ça para evi­tar o con­tá­gio pelo novo coro­na­ví­rus no Enem digi­tal são as mes­mas do Enem impres­so. Por cau­sa da pan­de­mia, tam­bém será obri­ga­tó­rio o uso de más­ca­ra cobrin­do o nariz e a boca duran­te todo o tem­po de pro­va e have­rá álco­ol em gel dis­po­ní­vel nos locais de apli­ca­ção. Os par­ti­ci­pan­tes pode­rão levar más­ca­ras extras para tro­car duran­te o exa­me e o pró­prio álco­ol em gel, caso quei­ram. Can­di­da­tos com sin­to­mas de covid-19 ou outra doen­ça infec­to­con­ta­gi­o­sa não devem com­pa­re­cer aos locais de pro­va. Eles terão direi­to a fazer o exa­me na rea­pli­ca­ção, em feve­rei­ro.

Mus­si expli­ca que nos labo­ra­tó­ri­os de infor­má­ti­ca tam­bém serão cum­pri­das regras de dis­tan­ci­a­men­to. “O com­pu­ta­dor pode até estar um ao lado do outro, mas, seguin­do medi­das sani­tá­ri­as, have­rá sepa­ra­ção entre cada com­pu­ta­dor, uti­li­zan­do uma cabi­ne como se fos­se cabi­ne de vota­ção. Tere­mos sepa­ra­ção físi­ca entre os par­ti­ci­pan­tes, mes­mo que os com­pu­ta­do­res este­jam um ao lado do outro”.

Dificuldade

As notas do Enem digi­tal pode­rão ser usa­das para con­cor­rer a vagas no ensi­no supe­ri­or por meio de pro­gra­mas como o Sis­te­ma de Sele­ção Uni­fi­ca­da (Sisu), Pro­gra­ma Uni­ver­si­da­de para Todos (ProU­ni) e Fun­do de Finan­ci­a­men­to Estu­dan­til (Fies).

Esses par­ti­ci­pan­tes vão con­cor­rer jun­to com os cer­ca de 2,5 milhões de can­di­da­tos que fize­ram a ver­são impres­sa do Enem nos dois últi­mos domin­gos, dias 17 e 24, e com aque­les que fize­rem o exa­me na data da rea­pli­ca­ção. Segun­do Mus­si, o nível de difi­cul­da­de das pro­vas é o mes­mo. As ques­tões do Enem são esco­lhi­das em um ban­co de itens. Todas elas foram pré-tes­ta­das e clas­si­fi­ca­das con­for­me a difi­cul­da­de. O sis­te­ma de cor­re­ção, que uti­li­za a cha­ma­da teo­ria de res­pos­ta ao item (TRI), tam­bém aju­da a garan­tir a iso­no­mia dos can­di­da­tos.

Mus­si diz que os par­ti­ci­pan­tes podem fazer as pro­vas do Enem impres­so para se pre­pa­rar, mas que as ques­tões do exa­me que come­çam nes­te domin­go (31) não abor­da­rão neces­sa­ri­a­men­te os mes­mos assun­tos. As pro­vas e os gaba­ri­tos estão dis­po­ní­veis na pági­na do Inep. “Não quer dizer que pos­sa uti­li­zar as pro­vas ante­ri­o­res e achar que vão cair ques­tões pare­ci­das com aque­las. O que sig­ni­fi­ca é que as ques­tões que vão cair serão do mes­mo nível de difi­cul­da­de”, escla­re­ce.

Divulgação das provas

Segun­do Mus­si, o Inep vai divul­gar os cader­nos de pro­vas do Enem digi­tal logo após o fim das apli­ca­ções, no dia 31 e no dia 7 de feve­rei­ro. Eles esta­rão dis­po­ní­veis no site do Inep. Ao con­trá­rio do Enem impres­so, já que a pro­va será no com­pu­ta­dor, os par­ti­ci­pan­tes não pode­rão levar os cader­nos de pro­va. Os can­di­da­tos podem, no entan­to, ano­tar as res­pos­tas na folha de ras­cu­nho. Os gaba­ri­tos ofi­ci­ais serão divul­ga­dos até 10 de feve­rei­ro.

A apli­ca­ção pilo­to deve­rá ser o iní­cio das mudan­ças no Enem. A inten­ção é que o exa­me seja total­men­te digi­tal até 2026.

Edi­ção: Gra­ça Adju­to

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